Pedras nos rins em cachorros: causas, sintomas e tratamento

Este é um problema mais comum do que se imagina. Saiba quais são as causas das pedras nos rins em cachorros.

O cálculo renal, popularmente conhecido como pedras nos rins, é uma massa sólida constituída por pequenos cristais, que podem se alojar em qualquer órgão do aparelho excretor: rins, ureteres, bexiga ou uretra. As pedras nos rins são relativamente comuns em cães. Conheça as causas e sintomas, além das formas de tratamento que podem ser adotadas.

As pedras nos rins podem ser formadas por urolitíase (o acúmulo patológico de sais minerais não expelidos pela urina). Podem ser constituídos principalmente por cálcio (mais comum nos cães jovens), cistina (que possui um componente genético), estruvita (que forma os maiores cálculos, mais difíceis de expelir) e ácido úrico (mais frequente nos machos).

As dores das pedras nos rins podem ser muito intensas (entre os humanos, alguns pacientes as comparam às dores do parto). Mas, afinal, quais são as causas das pedras nos rins em cachorros? Normalmente, os cristais eventualmente formados pelos minerais (cálcio, sódio, potássio, magnésio, fósforo, etc.) são expelidos com a urina, mas há situações em que isto não ocorre de forma satisfatória.

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As causas das pedras nos rins

Os cães, assim como os gatos, são mamíferos, e o organismo dos nossos pets é muito parecido com o nosso. Por isto, não é motivo de surpresa que os nossos peludos também desenvolvam pedras nos rins, da mesma forma como acontece om alguns de nós.

As pedras nos rins são mais frequentes nos cães considerados idosos (acima dos oito anos de idade): mais da metade dos nossos velhinhos tende a desenvolver cálculos renais. Mesmo assim, os cálculos podem afetar cães de todas as idades.

Algumas raças de cães são mais suscetíveis ao transtorno (especialmente as pedras formadas por cistina), como é o caso dos dálmatas, buldogues ingleses, poodles (principalmente os toys), shih tzus, yorkshires e lhasa apsos. Os menos suscetíveis, claro, são os vira-latas (cães sem raça definida).

Os pets de pequeno porte, no entanto, podem ter problemas com pedras nos rins, porque os canais do aparelho excretor são naturalmente menores e mais estreitos.

Você deve ficar atento a duas situações:

• o sobrepeso e a obesidade favorecem o desenvolvimento das pedras nos rins. Mantenha o peso adequado dos seus pets;

• a recusa em beber água também é um fator predisponente. Mantenha sempre água limpa e fresca à disposição dos cães e certifique-se de que ele esteja bebendo.

A desidratação, seja qual for o motivo que a provoque, é uma condição que propicia o surgimento de pedras nos rins. Da mesma forma, cães com histórico de inflamações urinárias e genitais também estão mais propensos à doença.

Os sintomas das pedras nos rins em cachorros

As pedras nos rins são assintomáticas até que alcancem é que alcancem um tamanho equivalente a um milímetro de diâmetro (isto pode levar anos). Uma vez instalada a doença, o principal sintoma é a dor nas laterais do dorso, perceptível nos carinhos.

Cães com pedras nos rins também podem apresentar:

  • desconforto ou dor ao urinar;
  • mudanças na cor da urina (que pode se apresentar escura, avermelhada ou amarronzada);
  • alterações no odor da urina, que fica mais forte;
  • demora em urinar (o animal doente leva mais tempo para esvaziar a bexiga).

É difícil constatar que um cão está sentindo dor e, principalmente, descobrir onde a dor é localizada. Experimente massagear as laterais da parte posterior do dorso, um pouco acima do quadril (perto dos rins). Fique atento às possíveis reações.

Eventualmente, os cães podem apresentar febre, vômitos, perda de apetite (com a consequente perda de peso), redução do desenvolvimento físico (no caso dos filhotes), perda de pelos e letargia. Os animais que sofrem com pedras nos rins estão mais propensos a desenvolver infecções urinárias.

O escurecimento da urina é gradual e geralmente decorrente da demora em urinar (eles sabem que irão sentir dor e, por isto, ficam adiando o momento do xixi). No entanto, caso você perceba traços de sangue ou de tecidos na urina, trata-se de uma emergência: leve o seu pet para o veterinário assim que possível.

Cães com problemas cardiovasculares podem desenvolver pedras nos rins com mais facilidade. Por isto, os tutores de pets cardiopatas precisam redobrar a atenção e submetê-los regularmente a consultas e exames laboratoriais. Com o tratamento adequado, eles podem viver por longos anos e gozar de uma vida com muita qualidade.

Prevenção e tratamento

Água fresca e alimentação de qualidade são as melhores maneiras de prevenir as pedras nos rins. Os cães obtêm boa parte da água necessária para a hidratação celular da ração. Por isto, acostume-os a comer ração úmida pelo menos uma vez por semana.

Quando sentem dor ou desconforto para urinar, é natural que os cães adiem ao máximo o momento do xixi. Repare os hábitos e, se for este o caso, estimule o seu pet a fazer exercícios físicos (as corridas e caminhadas são as melhores opções). Isto propicia a liberação da urina.

Caso você não tenha o costume de levar o seu cão para fazer check-ups regulares, consulte um veterinário assim que surgirem os primeiros sintomas. As pedras nos rins continuam se desenvolvendo até que sejam expelidas (naturalmente ou por via cirúrgica); desta forma, quanto antes o problema for diagnosticado, mais rápido e simples será o tratamento.

As terapias

O tratamento de pedras nos rins em cães depende de uma série de fatores, como: tamanho dos cálculos, tipo, localização no sistema excretor e riscos envolvidos. Felizmente, na maioria dos casos, os cálculos não geram grandes preocupações e podem ser dissolvidos com medicamentos e alterações na dieta.

Uma vez que o diagnóstico tenha sido estabelecido, o veterinário poderá optar por um tratamento medicamentoso para dissolver os cálculos (o que ocorre na maior parte dos casos) ou cirúrgico. Siga as prescrições médicas à risca e não negligencie os medicamentos, mesmo quando as primeiras melhoras surgirem.

Os medicamentos podem estimular a sede (para aumentar a quantidade de líquidos no organismo e facilitar a dissolução dos cálculos). Há fármacos específicos para equilibrar a acidez da urina. É provável que o médico também receite analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos (neste último caso, apenas se forem constatadas infecções paralelas).

A litotripsia também é um procedimento bastante utilizado. O cão afetado recebe ondas de choque que quebram as pedras, facilitando a sua expulsão. A principal vantagem é que esta não é uma técnica invasiva, uma vez que não há cortes, e a convalescença é bem mais rápida. O nome completo deste tratamento é litotripsia extracorpórea para ondas de choque.

No caso da cirurgia, tudo depende das condições do paciente. Cães saudáveis podem ser submetidos tranquilamente, apenas com os riscos inerentes a qualquer procedimento cirúrgico. Na maioria dos casos, é introduzido um cateter na uretra e injetada uma solução salina, para que os cálculos possam se movimentar. Esta técnica também elimina o risco de obstrução.

Os cães doentes e idosos, no entanto, podem não ser elegíveis para a cirurgia; neste caso, eles serão tratados com medicamentos para aliviar a dor e também para se sentirem confortáveis.

É possível que o mal se torne crônico, isto é, mesmo expelidas ou dissolvidas, as pedras nos rins podem voltar a afligir os cães recuperados. É necessário redobrar a atenção para observar os sintomas. Provavelmente, os cães nesta condição precisarão de tratamento clínico por todo o restante da vida.

Aviso importante: O nosso conteúdo tem caráter apenas informativo e nunca deve ser usado para definir diagnósticos ou substituir a consulta com um veterinário. Recomendamos que você consulte um profissional de confiança.

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