Quantas vezes o cachorro deve passear?

O número de vezes que o cachorro deve passear e a duração dos passeios varia bastante.

O porte, a idade, as condições de saúde e o nível de resistência são alguns dos fatores que precisam ser avaliados antes de se responder quantas vezes o cachorro deve passear. O que não está em discussão, por outro lado, é a necessidade dos passeios.

Quem está pensando em adotar um filho de quatro patas precisa ter em mente que cachorro dá trabalho: ele precisa de alimento, carinho, educação, cuidados médicos, brincadeiras e caminhadas, que devem ser diárias.

Quantas vezes o cachorro deve passear?

Passear com seu cachorro

Trazer um cachorro para casa significa uma séria reflexão. Alguns tutores podem ter inclusive de mudar alguns hábitos – não é possível, por exemplo, viajar no fim de semana se não houver alguém disponível para cuidar do peludo.

O orçamento também precisa ser refeito, porque as despesas domésticas sofrerão um impacto que pode ser considerável, de acordo com as condições financeiras. É preciso comprar rações, petiscos, brinquedos, roupas, coleiras e acessórios, além dos custos com o veterinário, vacinas, vermífugos, medicamentos, etc.

Na hora de caminhar pelas ruas com o cachorro – uma tarefa diária e inadiável –, é sempre possível contratar um passeador. Existem profissionais excelentes e muitos deles se incumbem também de desenvolver parte do adestramento.

Neste caso, porém, perde-se uma boa oportunidade para conquistar o que de melhor um cachorro pode oferecer: a companhia. É principalmente nas caminhadas que a dupla estreita os vínculos e solidifica a amizade, sem falar nos benefícios para a saúde e a forma física, tanto do tutor, quanto do peludo.

Tamanho não faz muita diferença

É importante escolher um cachorro moldado para o comportamento médio da família. Para os mais sedentários, os buldogues são excelentes companheiros, enquanto quem gosta de trilhas precisa escolher um caçador, como boxer, border collie, weimaraner ou dogue alemão.

Quantas vezes o cachorro deve passear?

Não se pode esquecer, no entanto, que alguns cães pequenos também foram desenvolvidos para a caça e se revelaram excelentes predadores. É o caso do yorkshire terrier, responsável pelo extermínio de roedores em minas de carvão da Inglaterra, e do dachshund, uma espécie de “zelador” em jardins e hortas alemãs.

Todo cachorro precisa passear diariamente, é preciso repetir. Mas os tutores que não estão muito acostumados a atividades físicas podem observar os filhotes ainda no ninho: é muito provável que os mais quietinhos, que ficam muito tempo aconchegados à mãe, se tornem adultos mais tranquilos e sossegados.

Quantas vezes passear com o cachorro?

Todos os cachorros precisam passear diariamente, independentemente da raça, porte e idade. As exceções são raras condições de saúde diagnosticadas pelo veterinário. Alguns peludos podem ter de caminhar mais de uma vez por dia.

Os filhotes e os cães de pequeno porte naturalmente devem ser envolvidos em atividades mais amenas e de curta duração: uma volta de 20 minutos é o suficiente para mantê-los em forma. Vale lembrar que os filhotes de raças grandes se desenvolvem mais rapidamente e, com seis meses de vida, já podem ser submetidos a exercícios mais intensos.

Com relação aos menores, como um lhasa apso ou um shih tzu, eles devem passear uma vez por dia, durante no máximo meia hora. É muito provável que, em várias ocasiões, os tutores tenham de carregá-los no colo na volta do passeio.

Quantas vezes o cachorro deve passear?

Os idosos também precisam ser preservados, assim como os convalescentes de traumas e doenças (neste caso, o ideal é obter recomendações com o veterinário que está tratando o peludo). Os exercícios, em qualquer caso, são fundamentais.

Cachorros de médio e grande porte podem exigir dois ou três passeios diários, de até 30 minutos cada um. As caminhadas são bons momentos para reforçar a assimilação do aprendizado e todos os cachorros podem ser estimulados a obedecer aos comandos básicos, por exemplo.

Além disso, dependendo das condições gerais dos cachorros, eles podem ser incentivados a trotar, marchar e correr, saltar obstáculos, escalar muros, resgatar objetos lançados à distância, etc. A respiração ofegante é um indicativo da capacidade física de cada animal.

Qualquer peludo pode se exercitar, mas o tutor precisa ter em mente o porte de cada um. Para um chihuahua, subir em um banco de praça é uma proeza, enquanto um pitbull consegue escalar uma parede de três metros com grande facilidade.

Os tutores devem escolher horários adequados para os passeios. Nos dias frios, o momento ideal é próximo ao meio-dia, nas horas mais quentes. No calor (a maior parte do tempo no Brasil), deve-se dar preferência às primeiras horas do dia ou ao entardecer.

Os cachorros não se incomodam de caminhar na chuva – e, a menos que esteja chovendo canivetes, isto não é justificativa para cancelar o passeio. Os tutores podem providenciar capas impermeáveis para os peludos, mas o mais importante é enxugá-los imediatamente ao voltar para casa.

Cães atléticos

Para os tutores esportistas, algumas raças são ideais para acompanhar o pique. O labrador retriever e o retriever do labrador topam qualquer programa e são incansáveis. Eles também gostam de esportes aquáticos, como natação e mergulho.

O dálmata está sempre disposto a andar e correr. Ele pode caminhar quilômetros sem se cansar nem alterar o ritmo das passadas. A raça, surgida na costa da Croácia, foi desenvolvida como “cão de carruagem”: no século 19, em algumas cortes europeias, era considerado elegante trafegar pelas ruas com um cachorro ao lado dos cavalos, às vezes “abrindo alas”.

O boxer também gosta de caminhar e pode fazê-lo durante horas sem se cansar. A raça também é indicada para treinamentos de tração. Os tutores precisam levar os cachorros para uma avaliação médica, porque se trata de uma raça braquicefálica, com mais facilidade para desenvolver problemas respiratórios e cardíacos.

O husky siberiano é outro campeão de tração – a raça foi desenvolvida para puxar trenós. Extremamente resistentes, estes cachorros podem caminhar por uma hora ou mais três ou quatro vezes por dia. Evidentemente, eles preferem os dias frios.

Menos conhecido pelos tutores brasileiros, o boiadeiro australiano (também conhecido como red ou blue heeler, de acordo com o tom da pelagem) é um cão ágil, muito atlético, versátil, resistente e rústico. Ele já foi reconhecido como um “iron dog”.

O poodle é outro grande nadador: ele ajudava a recuperar aves abatidas em lagoas frias na França. A raça desenvolveu algumas variedades de tamanho: toy, miniatura, padrão (standard) e gigante (menos conhecida no Brasil). Adaptando os exercícios, pode-se fazer uma corrida na praça com um toy, ou uma trilha de algumas horas com um standard.

Durante muito tempo, no Brasil, o pastor alemão era praticamente sinônimo de “cão de raça”. Extremamente versátil, a raça se adaptou às mais diversas tarefas, do pastoreio (como o nome diz) à localização de vítimas em deslizamentos. Rápido e inteligente, é o companheiro ideal para grandes atletas.

O jack russel terrier é outro baixinho que não poderia deixar de fazer parte da lista. Pequeno e de pernas curtas, ele consegue percorrer longas distâncias sem dar mostras de cansaço. Se estiver seguindo um rastro, ele pode caminhar um dia inteiro.

Todos os cães podem se adaptar a uma rotina de exercícios intensos, apesar de também serem bons parceiros para tutores menos atléticos. O ranking de inteligência mais empregado no mundo (“A Inteligência dos Cães”, de Stanley Coren) relaciona o border collie e o doberman entre as cinco raças caninas mais fáceis de treinar. As demais já foram citadas aqui: poodle, pastor alemão e golden retriever.

Melhorando a disposição dos cães

Vários cachorros podem ser considerados preguiçosos: eles gostam muito de um “dolce far niente”. Os animais braquicefálicos (de focinho achatado), em função das dificuldades respiratórias, são os menos propensos aos passeios.

O São Bernardo, o basset hound e o chow-chow também entram na lista dos que preferem sombra e água fresca. Qualquer cachorro, no entanto, pode ser um pouco mais folgado, é possível, apesar de raro, encontrar um beagle ou um cocker spaniel sonolento.

Mas, mesmo com pouca disponibilidade, os peludos precisam ser estimulados a passear diariamente. O ritmo e a duração da caminhada são ditados pela resistência física, assim como os obstáculos a serem superados (degraus, rampas íngremes, saltos em cercas, etc.).

Passeios e brincadeiras previnem diversas doenças, como a obesidade, que prejudica ossos e articulações e está relacionada a diversos transtornos. Além disso, em ritmo e intensidade adequados, eles evitam ou adiam alguns problemas sérios, como a displasia coxofemoral (comum entre cães grandes) e a displasia de cotovelo (mais frequente nos pequenos).

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