Dermatite canina: causas, sintomas e tratamento

É o nome comum de diversas doenças da pele. Saiba tudo sobre a dermatite canina.

A dermatite canina atualmente é uma das doenças mais recorrentes, um dos principais motivo que levam os peludos aos consultórios veterinários. A condição causa bastante desconforto e, por isso, ela é rapidamente identificada pelos tutores.

O atendimento veterinário precoce, vale lembrar, evita maiores transtornos, garantindo a saúde e o bem-estar dos cachorros. Os tutores precisam ficar atentos aos sinais indicativos de dermatite canina. O mais comum é a coceira persistente.

Trata-se de uma doença bastante comum, considerando a alta sensibilidade da pele dos cachorros. Praticamente todos os cães, em alguma etapa da vida, terão de enfrentar algum tipo de dermatite. Os tutores, de qualquer forma, devem se manter atentos, para identificar os sinais logo no início e, desta forma, facilitar o tratamento.

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Além dos pruridos, os cães também podem apresentar mau cheiro, feridas e mesmo sinais visíveis de infecção. O tratamento requer alguns cuidados específicos, mas pode ser feito em casa e o prognóstico é positivo na imensa maioria dos casos.

A pele

Assim como entre os humanos, a pele é o maior órgão e tecido dos cachorros. O revestimento é responsável por proteger o organismo e regular a temperatura corporal, além de funcionar como barreira contra parasitas.

A pele é também o órgão do tato canino: os cães percebem o mundo, suas superfícies, texturas, asperezas, densidades e temperaturas graças a este revestimento, desenvolvido em milhões de anos de evolução.

A pele também trabalha em conjunto com vários órgãos e tecidos internos. Por isso, através dela, podemos identificar alguns distúrbios orgânicos. Manchas avermelhadas, por exemplo, podem indicar uma doença na corrente sanguínea.

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Os pelos, que nascem nos folículos pilosos implantados nas camadas internas da pele, graças à sua textura volumosa e fibrosa, ajudam a proteger contra traumatismos, cortes, abrasões por substâncias químicas e danos térmicos, além de servir como filtros para sujidades e parasitas.

O comprimento e a textura dos fios da pelagem estão relacionados aos motivos por que as raças foram desenvolvidas. Em regiões de clima frio, é comum encontrar pelagens longas e espessas, enquanto os animais de clima quente apresentam pelos curtos e assentados.

Os pelos dos cachorros devem ser objeto de cuidados por parte dos tutores, por todas as funções que desempenham. Entre elas, está a defesa da pele: pelos mal cuidados podem ocasionar dermatites mais ou menos severas.

Os cães de pelo curto não dão muito trabalho: basta escová-los uma vez por semana, com uma escova macia. Diversas raças de pelo curto, como doberman, pitbull e boxer, trocam a pelagem a primavera e no outono.

Os cães de pelos longos tendem a perder fios durante o ano inteiro, com menor frequência nos meses mais frios. É o caso, por exemplo, do yorkshire terrier, dos collies (border, smooth e rough) e do maltês. A escovação diária, para retirar sujidades, desembaraçar nós e inspecionar a pele, deve ser diária.

Os cães de pelos encaracolados, como o poodle, geralmente requerem tosas frequentes. Os cachos tendem a acumular mais sujeira, por isso é mais prático mantê-los com os pelos sempre aparados. A escovação diária e o uso de xampus e loções específicos estão entre os cuidados requeridos aos tutores.

Já os cães de pelos longos e ondulados, quase sempre de porte grande, podem ser escovados com menor frequência, a cada semana ou de dez em dez dias. animais como retrievers do Labrador, golden retrievers e setters (irlandês e escocês) gostam muito de brincadeiras na água, mas é preciso ficar atento à secagem, uma vez que a umidade pode prejudicar a pelagem e a pele.

A pelagem dura requer escovação diária, para possibilitar a retirada dos fios mortos (que, de outra forma, ficariam presos junto ao corpo). Os schnauzers, entre outras raças menos comuns no Brasil, apresentam duas camadas de pelo, e apenas o subpelo é “de arame”: a pelagem de cobertura é brilhante e sedosa.

Os cães de pelagem dupla são os que vieram do frio. Entre eles, samoiedas, huskies siberianos, São Bernardos e spitz. O subpelo é denso e rente, exigindo escovas com cerdas duras. Estes cães são os que mais tendem a acumular umidade na pelagem, o que pode, no médio prazo, debilitar a saúde.

Todos os filhotes, independentemente do tamanho, são muito propensos a desenvolver dermatites, especialmente as causadas por fungos. Depois de desmamados, eles não contam mais com a proteção dos anticorpos da mãe e, ao mesmo tempo, o sistema imunológico ainda não está completamente desenvolvido.

As causas da dermatite canina

A dermatite é uma infecção ou inflamação das camadas superficiais da pele, que causa coceira, vermelhidão, inchaço, descamação e, muitas vezes, feridas mais ou menos graves, exsudação, bolhas e mau cheiro.

Independentemente da causa, as dermatites são uma resposta orgânica a um ressecamento grave da pele, que pode ser provocado acidentalmente (um arranhão em um graveto, por exemplo), ou apresentar componentes mais sérios, como alergias.

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A doença pode ser desencadeada como reação a uma substância qualquer, que aja como alergênico. Alguns cães apresentam reações alérgicas a algumas formulações das rações, a alguns tipos de vegetais, ao pólen, à poeira, etc.

As manifestações alérgicas costumam surgir ainda nos filhotes. Os tutores precisam ficar atentos para não oferecer alimentos que provoquem as reações, nem expor os animais desnecessariamente aos alérgenos. Um dos primeiros sintomas das alergias costuma ser a dermatite, uma vez que a pele fica exposta às condições do ambiente.

Entre os mais suscetíveis a dermatites, estão os cães que apresentam pelagem espessa e mais longa, como os cocker spaniels e os golden retrievers, e os que têm muitas dobras na pele, como o chow-chow e o shar-pei.

O ambiente úmido e quente é ideal para a proliferação de fungos e bactérias, mas as dermatites caninas também podem ser desencadeadas pela presença de parasitas (insetos e micro-organismos), distúrbios hormonais, lesões por traumas ou pela exposição a produtos químicos (como artigos de higiene e limpeza) e doenças autoimunes, além das alergias já citadas.

Os sintomas da dermatite canina

As dermatites caninas podem se manifestar das mais diversas maneiras. Os cães podem apresentar fístulas, escamações, ulcerações e nódulos. Os casos mais leves são tipificados por manchas vermelhas ou amarronzadas, sem rompimento da pele.

As afecções causadas por agentes externos podem se espalhar por todo o corpo, uma vez que os cães tendem a lamber, morder e coçar as áreas lesionadas, transferindo os agentes da dermatite para outras regiões.

A dermatite canina também pode ser um sintoma de doenças mais graves, como transtornos gastrointestinais, insuficiência respiratória, renal ou hepática, disfunções hormonais e desenvolvimento de tumores malignos.

Por isso, qualquer alteração na pele que permaneça durante mais de três dias deve ser investigada pelo veterinário. Com a avaliação clínica, as conversas com os tutores e alguns exames de laboratório, os profissionais podem diagnosticar corretamente a doença e sugerir o tratamento mais adequado, que garantirá a saúde e bem-estar e prolongará a expectativa de vida dos animais afetados.

Tipos mais comuns de dermatite em cães

A dermatite canina pode surgir de situações corriqueiras. Um cachorro mantido isolado e sem companhia por períodos prolongados pode adquirir condutas indesejadas, como coçar-se excessivamente, morder as patas ou a cauda.

O pet também pode ter problemas emocionais se ficar muito tempo sozinho. A ansiedade e a depressão também podem disparar irritações na pele. Estes transtornos são superados apenas como a disponibilidade e a paciência dos tutores.

Caso a dermatite seja causada por um problema fortuito, como um arranhão ou uma pancada leve, ela pode ser tratada em casa. Soluções de vinagre de maçã e água (uma parte de vinagre para nove de água) podem ser aplicadas com uma mecha de algodão ou borrifadas no pelo. Se os sintomas não cederem por três dias ou mais, o veterinário deve ser acionado.

A sarna é um problema relativamente comum entre os cães e é uma das principais responsáveis pelas dermatites em cachorros. Há duas formas principais da doença:

sarna sarcóptica – é uma doença infectocontagiosa, transmissível inclusive para humanos (e vice-versa). O contágio ocorre pelo contato direto entre animais e pelo uso compartilhado de brinquedos e outros objetos. A sarna sarcóptica, também conhecida como escabiose, causa vermelhidão na pele, lesões e muita coceira, que, aliás, é o primeiro e principal sintoma;

sarna demodécica – é causada por um descontrole da população de alguns ácaros microscópicos que vivem naturalmente na pele dos cães, mas é determinada por fatores genéticos. A sarna demodécica (ou negra) não é uma doença contagiosa. Os sinais iniciam são manchas avermelhadas, que se tornam cada vez mais escuras. Ao contrário da sarna sarcóptica, a sarna demodécica não causa coceira muito intensa.

A seguir, estão relacionadas as dermatites mais comuns entre os cães.

Dermatite atópica – é causada por três agentes alergênicos: pólen, fungos e ácaros. A doença acomete principalmente os cães mais jovens, antes dos três anos completos. Não há incidência maior em um ou outro sexo. Muitos cães enfrentam a dermatite atópica de forma sazonal: a doença surge no final do inverno, com a elevação da temperatura, e perdura durante os meses mais quentes.

O diagnóstico só pode ser feito pelo veterinário, depois de descartadas outras possibilidades, como infestação por pulgas e carrapatos, infecções de pele e alergias alimentares. Em geral, são necessários exames de laboratório.

Os sinais da dermatite atópica variam de intensidade. Os cachorros podem apenas apresentar uma pequena redução na pelagem ou perda de vivacidade e brilho, mas alguns sofrem com alopecia generalizada, vermelhidão no abdômen, região anal, axilas, orelhas, focinho e patas.

As recidivas da dermatite atópica são relativamente comuns, porque a doença causa lesões na pele e, ao lambê-las, o cão transporta os agentes para outras áreas do corpo.

O engrossamento da pele, as otites frequentes e a perda da cor dos pelos também estão relacionados à doença. O tratamento consiste em evitar a exposição ao agente alergênico, aplicar produtos específicos no banho e à aplicação de medicamentos tópicos. Os casos mais graves podem requerer medicação oral.

Dermatite seborreica – trata-se de uma doença secundária, desenvolvida em função de alterações na produção das glândulas sebáceas, que geram a queratinização da pele, tornando-a mais seca, espessa e inelástica. A seborreia é fácil de tratar (com xampus e loções) e não apresenta sintomas graves.

No entanto, a dermatite seborreica pode ser a porta de entrada para outras infecções. Isto ocorre especialmente na presença de bactérias e fungos, doenças endócrinas e metabólicas.

A seborreia causa descamação intensa da pele, e isto aumenta a oleosidade natural, causando inclusive maus odores. O cachorro também apresenta a pele ressecada, queda de pelos, perda do brilho e coceiras que podem ser intensas a ponto de causar ferimentos.

A dermatite seborreica é um problema genético e quase sempre se manifesta ainda nos filhotes. Para neutralizar a doença, é necessário usar xampus específicos, aumentar a frequência dos banhos e das escovações da pelagem.

As manifestações primárias da descamação ainda não têm cura, mas podem ser controladas facilmente com sabonetes de ácido salicílico e enxofre (em alguns casos, o médico pode receitar medicamentos retinoides). A seborreia secundária, caracterizada principalmente pela oleosidade nos pelos, é corrigida com xampus e medicamentos tópicos indicados pelo veterinário.

Dermatite alérgica a picadas de pulgas – pulgas são insetos hematófagos (sugadores de sangue) muito comuns em regiões de clima quente, como o Brasil. A maioria dos cachorros sofre com infestações, mas, em geral, além do desconforto, não são identificados problemas de maior porte.

É difícil controlar as infestações, uma vez que um único inseto é capaz de botar até cem ovos por dia e, em poucos dias, muitas pulgas adultas já estão prontas para a “refeição”. Seja como for, os tutores devem usar produtos antipulgas com regularidade. Eles estão disponíveis na forma de coleiras, xampus, loções e flaconetes tópicos.

A dermatite alérgica a picadas de pulgas se instala quando os cachorro desenvolvem hipersensibilidade aos ataques dos insetos, em função de alergia a algum componente presente na saliva (os animais hematófagos tendem a excretar substâncias analgésicas quando picam as vítimas).

A maioria dos cães tolera algumas dezenas de picadas a cada dia, mas os portadores desta dermatite podem demonstrar sintomas com uma única picada. O surgimento é mais comum na primavera e verão, mas as reações podem surgir em qualquer época do ano.

O diagnóstico é feito com base na observação das lesões provocadas pelas picadas na pele, complementado por exames de sangue e testes de alergia. O tratamento visa ao alívio dos sintomas, mas a cura só pode ocorrer com a exterminação dos parasitas. Por isso, não se deve descuidar da higiene dos cães e dos ambientes em que eles vivem.

Piodermite – é a dermatite resultante de infecções bacterianas. Além de diversos transtornos orgânicos, alguns outros fatores também facilitam a instalação de infecções por bactérias, que são mais comuns entre os animais que sofreram algum traumatismo, são portadores de doenças autoimunes e imunossupressoras.

A piodermite também pode ser causada por deficiências na higienização do cachorro e dos ambientes, que facultam a proliferação das bactérias, algumas das quais colonizam naturalmente o organismo canino: estas vivem no intestino e na pele de todos os cães.

Os sintomas da piodermite variam de acordo com o grau de proliferação e a profundidade das lesões. Os cães afetados apresentam pústulas, coceira leve a moderada, perda de pelos e lesões mais ou menos espalhadas pelo corpo, com a presença de secreções purulentas ou sanguinolentas. Em casos mais severos, os animais têm febre, perda de apetite e a consequente perda de peso.

O diagnóstico da piodermite é feito com base no histórico clínico do animal, depois de descartadas outras hipóteses, e em exames laboratoriais. Na maioria dos casos, são ministrados antibióticos de largo espectro. O tratamento dura de um a três meses.

Dermatite solar nasal – é uma afecção típica dos animais com focinho despigmentado e desprovido de pelos. A doença tem início com vermelhidão, surgindo a descamação da face na sequência. Em casos mais severos, podem surgir úlceras espalhadas por todo o focinho.

A dermatite solar nasal não tratada de maneira adequada pode facilitar o desenvolvimento de tumores na pele – em especial, os carcinomas, mais agressivos e de prognóstico bem mais complicado. A doença, que também atinge gatos, é mais frequente entre os cães de pelagem clara, como husky siberiano, poodle, maltês e qualquer cão dudley nose (com a trufa sem pigmentos).

A prevenção, no entanto, é bastante simples. É aconselhável aplicar protetor solar nos cães mais suscetíveis sempre que eles forem expostos ao Sol, especialmente entre 10h e 16h, horário de maior incidência dos raios ultravioleta.

O protetor deve ser aplicado no focinho, ponta das orelhas (e no pavilhão interno, nos cães que tem esta estrutura exposta) e em outras áreas desprovidas de pelos. Os cães tosados devem receber borrifadas do protetor solar. De qualquer forma, os cachorros não devem permanecer por muito tempo expostos ao sol.

Dermatite infecciosa – é causada pela proliferação excessiva de fungos e bactérias na pele. Algumas bactérias são especializadas em se alimentar de células mortas da pele, garantindo com isso a saúde da epiderme. Algumas condições, no entanto, causam descontrole da população.

Quando estas manifestações ocorrem, diversos sintomas podem surgir. Cães de pele mais espessa e resistente podem apenas apresentar coceira, sem nenhum sinal aparente. A maioria, no entanto, desenvolve manchas na pele e, se nenhuma providência for tomada, as coceiras e mordidas causarão dilacerações na pele, formando lesões.

Felizmente, os fungos e bactérias de superfície não conseguem invadir tecidos e órgãos mais profundos. Mesmo assim, as feridas precisam ser tratadas (preferencialmente, eliminando a causa), para impedir que outros micro-organismo nocivos consigam atingir a corrente sanguínea, por exemplo.

Quando o cachorro se coça demais e não há sinais de alergias nem de infestações de insetos, ele deve ser submetido a uma avaliação médica. As dermatites infecciosas raramente causam problemas mais graves em animais saudáveis, mas devem ser combatidas para garantir a qualidade de vida dos pets.

Os filhotes, idosos, doentes e convalescentes, no entanto, podem ter o estado geral de saúde comprometido por uma mera dermatite localizada. Todos eles apresentam deficiências no sistema imunológico e o organismo fica acessível à ação de germes mais perigosos.

Em casos leves e moderados, o tratamento é feito com banhos e cremes tópicos, além de escovações mais frequentes. Os casos graves podem demandar o uso de antibióticos orais, para combater os micro-organismos.

Dermatite acral – é a manifestação dos sintomas nas extremidades (acrais): pés, mãos e orelhas, no caso de cachorros com orelhas grandes, como basset hounds e cocker spaniels. A dermatite acral também é conhecida como psicogênica.

Portanto, há um forte componente psicossomático na origem da doença. A pele assume um aspecto grosseiro e espesso, de tonalidade escura; não são incomuns as ulcerações. Geralmente, as feridas se acumulam nos punhos, tornozelos e entre os dedos, apesar de poder afetar outras áreas.

A doença é relativamente comum entre os cães de grande porte e algumas raças são particularmente suscetíveis: São Bernardo, kuvasz (pastor húngaro), rottweiler, mastim napolitano, golden retriever e pastor alemão. Pode ocorrer em qualquer idade e acomete machos e fêmeas em igual proporção.

A dermatite acral é disparada principalmente quando os cães enfrentam altos níveis de estresse. Sabe-se que o ato de lamber as patas libera endorfinas na corrente sanguínea – estes neurotransmissores estão associados a sensações de conforto e bem-estar.

Estressados ou ansiosos, os cães repetem o movimento compulsivamente e as lambidas contínuas favorecem o surgimento da dermatite. As feridas podem levar a infecções oportunistas e, nestes casos, os animais precisarão receber antibióticos.

Confirmado o diagnóstico, o tratamento consiste em tratar eventuais lesões mais profundas com medicamentos antissépticos, mas principalmente em alterar a rotina dos cachorros acometidos, introduzindo atividades prazerosas e intensas. Durante o tratamento, é indicado o uso do colar elisabetano, que dificulta as lambidas frequentes. Alguns veterinários receitam antidepressivos ou ansiolíticos, pelo menos na fase inicial do tratamento.

A predisposição

Algumas raças caninas são mais predispostas à dermatite, mas todos os cachorros – inclusive os sem raça definida – são suscetíveis a desenvolver a doença em uma ou mais formas. Algumas condições anatômicas, no entanto, favorecem as irritações da pele. As raças mais propensas a desenvolver o problema são as seguintes:

cocker spaniel – a pelagem longa e ondulada favorece o desenvolvimento de fungos e bactérias, além de facilitar o depósito de alérgenos, como poeira e pólen. Os cães são suscetíveis a todas as formas de dermatite, que podem vir acompanhadas por otites, uma vez que as orelhas longas estão sempre “envolvidas” em investigações pela casa ou o quintal;

golden retriever – os cães da raça desenvolvem piodermite com facilidade. Esta forma de dermatite pode ser agravada por outro problema comum da raça: deficiências dos hormônios produzidos pela tireoide e fácil reação a agentes alergênicos;

husky siberiano – boa parte destes cães do frio apresenta deficiência de zinco – muitos precisam de suplementos para manter a boa saúde. A carência de zinco pode provocar a perda de pelos (alopecia) e a despigmentação do focinho, facilitando a instalação da dermatite solar nasal;

pitbull – cães da raça apresentam predisposição para a dermatite atópica, em função de problemas no sistema imunológico. Pitbulls com dermatite atópica apresentam os sintomas com rapidez, ficando em poucos dias com a pele avermelhada e também com falhas na pelagem;

poodle – em qualquer tamanho (toy, micro, standard ou gigante), os poodles são muito suscetíveis a infecções por fungos. Além disso, eles também são propensos a alergias e a inflamações nas glândulas sebáceas;

retriever do Labrador – os cães da raça estão entre os pacientes regulares dos dermatologistas veterinários: eles apresentam alta propensão à dermatite atópica. Como os retrievers do Labrador são excelentes mergulhadores, os tutores precisam ficar duplamente atentos;

shar-pei – os cães da raça são famosos pelas rugas espalhadas por todo o corpo. As dobras da pele, no entanto, são excelentes locais para proliferação de fungos e bactérias. Para complicar a situação, o shar-pei gosta muito de brincar na água, acumulando umidade no corpo.

Aviso importante: O nosso conteúdo tem caráter apenas informativo e nunca deve ser usado para definir diagnósticos ou substituir a consulta com um veterinário. Recomendamos que você consulte um profissional de confiança.

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