Quantas horas os cachorros dormem por dia?

Eles são dorminhocos. Confira quantas horas os cachorros dormem por dia e entenda por quê.

Quantas horas os cachorros dormem por dia? O sono dos cães é um aspecto que impressiona os tutores, especialmente os de primeira viagem. Uma pergunta comum nos consultórios veterinários é: “Por que o meu cachorro dorme tanto? É normal? Ele pode estar doente?”. Para responder a estas questões, é preciso entender o que é o sono e para que ele serve.

Os cachorros adultos dormem de 12 a 14 horas por dia: de 50% a 60% do total de horas disponíveis. Os filhotes consomem ainda mais tempo com o sono: 18 horas diárias, ou 75% do tempo.

Isto não significa, no entanto, que haja um exagero nas sonecas, uma vez que o sono é uma atividade fundamental para os animais superiores, dos peixes aos mamíferos. As dúvidas surgem porque os cachorros dormem muito mais do que nós; por outro lado, um recém-nascido humano passa mais tempo no sono do que um filhote canino: 20 horas dos nossos bebês, contra 18 dos peludinhos.

Para que serve o sono?

Ao lado dos exercícios físicos e de uma dieta alimentar balanceada, o sono é parte essencial de uma vida saudável. Ainda não são conhecidos totalmente os mecanismos que garantem os benefícios, mas dormir é importante para a saúde e o bem-estar geral.

O sono atua diretamente nas atividades cognitivas e metabólicas. Ele reduz o estresse e a ansiedade, ao controlar a produção de hormônios como o cortisol e a adrenalina. Quando estão dormindo, os cachorros elaboram melhor as informações e aprendizados obtidos durante o estado de vigília.

Quantas horas os cachorros dormem por dia?

As sonecas também contribuem para o controle do peso. Enquanto os cachorros (e nós também) estão dormindo, o organismo produz mais leptina (o hormônio que regula a saciedade) e menos grelina (o hormônio da fome). Uma vigília muito prolongada leva ao aumento do apetite.

O sistema imunológico é igualmente beneficiado. Durante o sono, o corpo produz proteínas que ajudam a combater infecções e inflamações. Os cachorros (e todas as demais espécies) dormem também para permanecer menos propensos às doenças.

Dormir é importante para restaurar as forças físicas e proporcionar disposição para as tarefas do dia a dia, mas, para os cientistas, ainda não está claro quais são os mecanismos responsáveis por esta “recarga de baterias”.

De volta aos cachorros

Não existe um “tempo certo” para os cachorros dormirem a cada dia. As necessidades de repouso são individuais. Os peludos mais agitados tendem a alternar períodos de atividade intensa com sonecas e cochilos rápidos.

Os mais sedentários, por seu lado, permanecem mais tempo em vigília e isto pode mudar de acordo com eventuais alterações na rotina. Mudanças no trânsito na vizinhança, por exemplo, levam os peludos a ficarem mais ou menos tempo acordados, atentos aos ruídos – ou à falta deles.

O sono dos cachorros

Um cachorro adulto passa dormindo metade do dia ou um pouco mais (em média). Além disso, um animal de companhia ainda consome 30% do tempo descansando. Com isso, pode-se perceber que os peludos permanecem realmente ativos apenas 20% do dia.

Isto não significa que os peludos dediquem um período ininterrupto de 16 horas por dia (ou mais) apenas para dormir. Os cachorros atingem o sono pesado rapidamente (em poucos minutos) e também retomam a vigília quase instantaneamente.

Quantas horas os cachorros dormem por dia?

Eles não são tão rápidos quanto os gatos – que passam, em segundos, do sono profundo para a agilidade de um salto em caso de emergência (um perigo iminente, por exemplo) – mas conseguem relaxar muito rapidamente, assim como retomam a prontidão de ossos, músculos e tendões sem necessidade de períodos prolongados nas fases da sonolência e do sono leve, características do repouso noturno dos humanos.

O sono dos cachorros é intermitente. Os sentidos apurados (especialmente a audição e o olfato) fazem os peludos saírem de uma soneca, em que parecem “ferrados no sono”, para o estado de vigília completa.

Por isso, boa parte das sonecas passa despercebida pelos tutores. Além disso, eles não precisam de grandes preparativos para os cochilos: apenas deitam-se e dormem em quaisquer condições de luminosidade e intensidade de outros estímulos, como odores e sons, desde que as mudanças sejam sutis.

Assim como os filhotes, os cachorros idosos também passam mais tempo dormindo. Gradualmente, eles reduzem o tempo empregado nas brincadeiras e interações com os tutores e outros pets. Um peludo de 15 anos pode dormir até 20 horas por dia.

O sono canino é semelhante ao humano: ele também passa pelas fases de sonolência, sono leve, sono REM, em que ocorrem os sonhos (sim, os cães também sonham!), e sono pesado. A diferença está na duração de cada fase.

Nos primeiros dez minutos de repouso, o cachorro permanece sonolento e ainda suscetível a estímulos do ambiente. Em seguida, ele entra no sono REM (caracterizado por movimentos do corpo – incluindo os globos oculares), que dura poucos minutos. Na fase seguinte, do sono profundo, a pressão sanguínea se reduz consideravelmente, mas também dura apenas poucos instantes.

Os cachorros de maior porte geralmente passam mais tempo dormindo. A impressão de que os peludos pequenos são mais ativos e agitados é real. Mesmo assim, os grandões quase sempre se envolvem em mais atividades e, desta forma, os tutores podem não perceber as diferenças.

Problemas no sono

Os cachorros também podem ter problemas relacionados ao sono. Quando eles estão enfrentando algum problema de saúde, a redução das atividades é uma consequência natural: dormir evita alguns incômodos e desconfortos.

Dormir demais, no entanto, é uma questão subjetiva. Dois cães da mesma raça, nascidos da mesma ninhada e sem problemas específicos de saúde podem ter necessidades de sono diferentes. Por isso, os tutores precisam ficar atentos a outros sinais.

Já foi dito que, com o avanço da idade, os cachorros dormem mais, mas quando a mudança é muito brusca, o excesso de cochilos pode estar associado a alguma coisa mais grave. Um cachorro que não esteja bem de saúde pode evitar atividades físicas e dedicar mais tempo ao sono.

Quantas horas os cachorros dormem por dia?

Alguns fatores importantes precisam ser avaliados. Se o cachorro está dormindo demais, é fundamental verificar se ele também está passando por outras alterações, como desinteresse pelas atividades preferidas, apatia, cansaço excessivo ou desmotivado, dificuldades na locomoção, etc.

Os animais jovens e saudáveis raramente dormem de forma exagerada. Quando isto ocorre e não há nenhum problema de saúde envolvido, os tutores precisam verificar a rotina dos peludos. É possível que o ambiente esteja empobrecido, não fornecendo os estímulos necessários.

Cachorros entediados tendem a ganhar peso, com todas as complicações inerentes ao sobrepeso e à obesidade. Alguns chegam a engordar mesmo demonstrando perda de apetite, porque podem estar ingerindo mais calorias do que consomem na rotina doméstica.

Para regular o sono dos cachorros e impedir tanto o excesso de sonecas quanto a carência de descanso, os tutores podem tomar algumas atitudes úteis para a saúde e o bem-estar dos peludos:

  • criar uma rotina para os cães, com horários de exercícios, alimentação, descanso, etc.;
  • evitar que eles passem muito tempo sozinhos;
  • enriquecer o ambiente com novos brinquedos, especialmente aqueles que despertam a curiosidade;
  • aumentar a duração e a intensidade das caminhadas diárias;
  • eliminar estímulos excessivos durante a noite;
  • manter consultas regulares com o veterinário.

Causas mais sérias

Qualquer doença pode levar o cachorro a dormir mais: ele quer evitar o incômodo e as dores, fica desinteressado das atividades e entra em um círculo vicioso: a inatividade provoca sono e o sono provoca inatividade.

Outra situação que pode causar sono excessivo nos cachorros é o hipotireoidismo: entre as doenças que afetam a tireoide, esta é a mais comum, quase sempre causada pela atrofia da glândula, que pode ser congênita.

Além do sono excessivo, os cães afetados também manifestam alopecia (perda de pelos), letargia, obesidade e alterações no ritmo cardíaco. Os sintomas neurológicos se manifestam em apenas 5% dos casos; apatia, debilidade e intolerância aos exercícios são os mais comuns.

Alguns transtornos específicos mais raros também podem aumentar o tempo que os cachorros dormem por dia. Por exemplo: apesar de não serem frequentes, os peludos mais velhos podem desenvolver demências que alteram significativamente tanto o repouso quanto a vigília.

Um pouco mais comum, a narcolepsia pode afetar os peludos. Trata-se de uma doença neurológica caracterizada por sonolência excessiva, falta de disposição e/ou perdas de consciência.

A cataplexia é um distúrbio semelhante, caracterizado por paralisia muscular súbita, mas, neste caso, o cachorro não perde a consciência: ele permanece atento e pode acompanhar o movimento ao redor com os olhos.

As duas condições, relativamente frequentes entre retrievers do labrador, dobermans, dachshunds e poodles, podem se manifestar simultaneamente e, nestes casos, apresentam os seguintes sintomas:

  • perda súbita de consciência;
  • paralisia nos membros, pescoço ou tronco;
  • espasmos musculares;
  • cansaço ao final das crises, que pode ser extremo.

Os episódios geralmente duram poucos segundos e parecem chegar ao fim quando os tutores interagem com os cachorros, através de carinhos, exposição a ruídos altos, etc. É preciso levar o animal ao veterinário e, confirmado o diagnóstico, seguir o tratamento à risca.

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