16 raças de cães que não existem mais

Animais domésticos também podem ser extintos. Confira raças de cães que não existem mais.

No ciclo da vida, as espécies vegetais e animais são sempre confrontadas com desafios: é preciso adaptar as condições da natureza. Os animais domésticos também podem ser extintos, mas isto só ocorre quando eles perdem as funções que exerciam. É o caso de algumas raças de cães que não existem mais.

Os cães foram domesticados há milhares de anos e, por serem extremamente inteligentes e adaptáveis, adaptaram-se a diversas atividades humanas: caça, proteção, guarda, guia, companhia, etc. Algumas raças, no entanto, “perderam a utilidade”.

raças de cães que não existem mais

Algumas raças de cães não existem mais por causa disso: com o crescimento das cidades e o desenvolvimento das armas de fogo, os especialistas em caça deixaram de ser úteis. Outros peludos tornaram-se muito agressivos – eles eram usados em guerras, por exemplo – e passaram a ser um perigo para os humanos.

Algumas raças de cães foram extintas até mesmo por “saírem de moda”. Confira a seguir os cachorros que já fizeram sucesso nas comunidades humanas, foram muito valorizados – e paparicados – mas, não existem mais.

01. Mastife alpino

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Ele foi um dos ancestrais do mastim inglês e do São Bernardo. Em 1829, numa das primeiras exposições caninas do Ocidente, um mastife alpino foi apresentado em Londres e Liverpool como “o maior cachorro da Inglaterra”.

A raça foi desenvolvida nos arredores do desfiladeiro de Saint Bernard, nos Alpes suíços. Durante o século 19, estes cães eram indistintamente chamados de mastins alpinos e São Bernardos – os atuais, no entanto, foram cruzados com terras novas e dogues alemães.

O mastife alpino era gigantesco: atingia mais de um metro de altura na cernelha. Juntamente com o mastim tibetano, ele detinha o posto de maior raça canina e uma das mais antigas da Europa. A população foi declinando, até ser declarada extinta nos anos 1970.

Atualmente, existem alguns esforços de trazer o mastife alpino de volta, através de cruzamentos entre São Bernardos, dogues alemães, cães monteses dos Pireneus e boiadeiros de Berna, mas os criadores ainda não conseguiram fixar a raça.

02. Braco Poitou

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É um antigo cão de caça francês, cujas referências desapareceram por volta de 1800. Ele é o ancestral do braco Dupuy, que, de acordo com a lenda, foi desenvolvido por um camponês (de nome Dupuy), a partir de cruzamentos com uma raça africana não identificada.

Poitou é uma antiga província francesa, localizada no oeste do país, às margens do oceano Atlântico. Provavelmente, o braco Dupuy atual é um melhoramento genético dos antigos cães de Poitou, mas alguns cães da antiga raça, extinta no fim do século 18, foram levados para o sudeste do Canadá), onde deram origem ao retriever da Nova Escócia.

03. Water spaniel inglês

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O último indivíduo da raça morreu na década de 1930. O water spaniel inglês era conhecido pelas suas habilidades aquáticas – as lendas diziam que ele era capaz de mergulhar como um pato. A raça pode ter se originado a partir de cruzamentos seletivos entre poodles e springer spaniels, apesar de ilustrações da época lembrarem cães da raça rough collie.

“Springer” é um tipo de cão de caça, especializado em “levantar” (desalojar) as presas. Ele foi empregado desde a época da falcoaria (quando falcões treinados eram usados para caça de outras aves). No final da Idade Média europeia, alguns animais foram levados da Espanha para as Ilhas Britânicas.

Acredita-se que o water spaniel inglês esteja presente nos atuais curly coated retrievers, field spaniels e water spaniels americanos. Ele já era conhecido no século 16: pelo menos, há uma citação de Shakespeare, em “Macbeth”.

A raça não chegou a ser classificada pelo The Kennel Club (a associação cinológica britânica, a mais antiga do mundo), mas há uma seção reservada para “outros water spaniels, além do irlandês” – o irish water spaniel é criado ainda hoje.

Seja como for, a raça extinta era diferente dos cães irlandeses atuais. Ele é descrito com pelos encaracolados, magro, de pernas longas, com orelhas e cauda compridas, barriga branca e dorso marrom, com 51 cm de altura.

04. Cão d’água de St. John

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Foi uma raça de cães de companhia bastante comuns na Terra Nova, província do Canadá (no leste do país). Pouco se sabe sobre a sua composição genética, mas provavelmente ele resultava de cruzamentos entre cães de trabalho ingleses, portugueses e irlandeses.

O cão d’água de St. John era um dos preferidos dos pescadores da nova colônia, entre os séculos 16 e 17, graças à capacidade de mergulhar e nadar, bom temperamento, docilidade, inteligência e obediência.

No século 19, estes cães fizeram o caminho inverso, sendo levados da Terra Nova para a Inglaterra, onde foram utilizados no desenvolvimento de diversas raças de retrievers, como o Labrador, o Chesapeake Bay, o golden, o flat coated e o curly coated.

O cão d’água de St. John também pode ter sido levado de volta para Portugal ainda no início do movimento das Grandes Navegações. Estudos genéticos apontam que ele também é ancestral do imenso terra nova, provavelmente em cruzamentos com o rafeiro do Alentejo.

A população dos indivíduos da raça começou a declinar no início do século 20, com a redução da pesca artesanal na costa leste canadense. Estima-se que o último cão d’água de St. John morreu na década de 1980.

05. Tweed water spaniel

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Este ancestral do retriever do Labrador e do curly coated retriever está extinto desde o início do século 20. Eram cães de pelagem marrom, muito atléticos, com aptidão para o pastoreio e a caça. A raça foi desenvolvida em Berwick upon Tweed (Northumberland, Inglaterra).

O tweed surgiu provavelmente do cruzamento do cão d’água de St. John com animais do norte da Inglaterra, a partir do início do século 19. A raça nunca foi muito conhecida fora de Northumberland e não consta da relação oficial do The Kennel Club.

Mesmo assim, os cães da raça chamaram atenção pela capacidade de mergulho nos rochedos de Berwick, no ponto em que o rio Tweed se lança no mar. Eles se especializaram na pesca do salmão, que sobe o rio para acasalar e desovar.

O tweed water spaniel era especialmente bonito. Com a pelagem encaracolada cor de fígado, tinha o focinho mais pesado que o water spaniel irlandês, além de um crânio pontudo. As orelhas eram grossas e levemente emplumadas, assim como as patas dianteiras. Os lábios eram soltos.

06. Paisley terrier

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É uma das primeiras raças caninas desenvolvida para atuar apenas como companhia. O paisley terrier, no entanto, é um ancestral do yorkshire terrier, que, originalmente, exercia funções de caçador: ele era um rateiro, incumbido de exterminar os roedores que infestavam as galerias das minas de carvão, extremamente necessárias na Revolução Industrial.

O paisley era muito semelhante ao Skye terrier, mas em versão miniatura. Os exemplares pesavam apenas 7 kg (a metade do Skye, que está quase extinto). Ele era descrito com uma pelagem prateada e macia, com tons entre azul e bege. Os pelos das orelhas eram compridos e sedosos – justamente para diferenciá-lo do Skye, ele passou a ser chamado de “silkie” (sedoso).

A beleza da raça foi responsável pela conquista de inúmeros prêmios nas exposições caninas, que se tornaram muito populares na Inglaterra do século 19. Em 1894, o paisley foi descrito como “um excelente cão caseiro, apropriado para uma mulher que deseja algo mais substancial do que um brinquedo”.

A beleza do paisley terrier, assim como a sua pelagem longa e sedosa, inadequada para o trabalho, foram provavelmente os motivos que levaram a raça à extinção. Eles foram cruzados com cães Skye e dandie dimmont, mas o interesse dos criadores decaiu.

Em 1918, um livro americano afirma que o paisley é tão incomum que “é impossível que você já tenha visto um exemplar nos EUA”. Na época, os cães começaram a desaparecer. A raça provavelmente também é ancestral do silky terrier australiano e do biewer terrier.

07. White terrier inglês

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A cor branca provavelmente é a responsável pela extinção da raça. O white terrier inglês foi criado por James Hinks, um criador inglês que mantinha um plantel em Birmingham. Ele também foi responsável pelo desenvolvimento do bull terrier inglês, na década de 1860.

No caso do white terrier inglês, a pelagem branca estava ligada a uma série de disfunções genéticas, especialmente dermatites e quadros articulares degenerativos. Com a identificação dos problemas, os cães da raça rapidamente deixaram de ser empregados em cruzamentos.

Ele foi um cachorro relativamente popular, tendo sido empregado nas primeiras atividades dos chamados “esportes sangrentos” – lutas entre cães e outros animais. O white terrier inglês deu origem ao old english buldogg e, levado para os EUA, provavelmente ao boston terrier e ao pitbull.

08. Rastreador russo

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Ele era usado para proteger rebanhos de ovelhas e provavelmente descendia de raças caninas nativas do planalto central asiático. Pesando 45 kg em média, era atlético e suficientemente ágil para afugentar lobos e outras ameaças ao gado.

Algumas lendas dão conta de que o cão rastreador russo era tão inteligente que podia ser deixado durante meses sozinho com as ovelhas, cuidando do gado sem necessidade de ajuda dos humanos.

Isto, no entanto, contribuiu para desenvolver um temperamento independente e teimoso. Os cães da raça acabaram sendo substituídos gradualmente, quando os primeiros golden retrievers, desenvolvidos na Inglaterra, chegaram à Rússia e assumiram as funções de pastoreio.

Mais dóceis, os cães ingleses – um presente da rainha Victoria ao czar Alexandre I – se tornaram uma excelente alternativa, em uma época na qual os cachorros desenvolviam não apenas funções específicas, mas também acompanhavam os tutores, inclusive protegendo carruagens nas vias urbanas. O rastreador russo, cada vez mais impopular, desapareceu no final do século 19.

09. Buldogue toy

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Hoje em dia, alguns mestiços de buldogues franceses e pugs recebem o adjetivo toy, apesar de nenhuma associação cinológica reconhecê-los como raça independente ou mesmo como variedade. No século 18, no entanto, houve tentativas na Inglaterra para criar o buldogue toy.

O primeiro método, sem sucesso, consistiu em selecionar os menores cães das ninhadas para tentar aprimorar uma variedade miniatura. Os filhotes obtidos apresentaram problemas de saúde e fertilidade. Mesmo os descendentes de buldogues anões naturais nasciam com as características comuns da raça.

A segunda tentativa envolveu o cruzamento de buldogues franceses e ingleses, já em meados do século 19. Os novos cães foram apresentados ao The Kennel Club como candidatos à raça “french toy bulldog of England”. Os responsáveis pela entidade, no entanto, consideraram os filhotes apenas como mestiços. Criadores ingleses também não admitiram a nova raça.

Atualmente, o termo “buldogue toy” é usado para o cruzamento de buldogues franceses e pugs. Os filhotes não formam uma raça pura, mas os híbridos têm chamado atenção pelas cores diferentes, que englobam amarelo pálido, fulvo e vermelho sólido.

Os cães modernos, no entanto, são difíceis de adestrar. Eles são descritos como muito teimosos e independentes, não socializam e não é indicado que convivam com outros cachorros. Apesar de serem resistentes, não se pode dizer que a raça esteja definitivamente fixada.

10. Cão de manivela

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O turnspit dog é talvez a demonstração cabal do utilitarismo que determina as relações entre humanos e cachorros. O tipo canino está extinto, mas foi descrito em uma publicação inglesa, datada de 1576.

O cão de manivela era um animal de pernas curtas, cuja principal função era como auxiliar de cozinha. A tarefa principal era girar sem parar, movimentando uma roda que virava as carnes, para garantir um cozimento uniforme.

Carl von Linnaeus chegou a classificar o turnspit dog em uma categoria separada (Canis vertigus, a mesma que incluía o teckel ou dachshund), mas especialistas afirmam que o cão era aparentado do corgi galês e o glen of Imaal terrier, um dos quatro tipos de terriers irlandeses.

O turnspit dog foi descrito como “um cachorro comprido, de pernas curtas, tortas e feias, com olhar desconfiado e infeliz”. No século 19, ele foi incluído entre os spaniels. Nas ilustrações, ele é apresentado com uma faixa branca que nasce no alto da cabeça e se estende até a ponta do focinho.

11. Cão de briga de Córdoba

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Este é um dos poucos cães originários da América do Sul.  O cão de briga de Córdoba foi criado na Argentina, no início do século 20, para ser utilizado em rinhas de animais. Anos mais tarde, a raça foi aperfeiçoada, dando origem ao dogo argentino.

A raça extinta foi obtida com o cruzamento de mastim espanhol, bull-and-terrier, boxer e antigo buldogue inglês. O cão de briga de Córdoba (também chamado de cão lutador) era conhecido por lutar até a morte e pela alta resistência à dor.

Os cães da raça eram tão agressivos que até mesmo a reprodução era dificultada: machos e fêmeas preferiam lutar a acasalar. A dificuldade em obter filhotes, aliada à alta taxa de mortalidade nas rinhas, foi a principal responsável pela extinção.

Os irmãos Antonio e Augustin Nores Martinez usaram o cão de briga de Córdoba no desenvolvimento do dogo argentino, um cão de caça que conta também, entre os ancestrais, dogue alemão, mastim dos Pireneus, pointer inglês, lébrel irlandês, dogue de Bordéus e mastim espanhol.

12. Hare

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Cão índio que vivia no Canadá, foi encontrado pelos colonizadores europeus quando chegaram à região dos Grandes Lagos. O hare pode ter sido tanto um cachorro como um coiote domesticado, ou mesmo um híbrido das duas espécies.

O hare era um cão de pequeno porte, de constituição esbelta, cabeça pequena e focinho estreito. As pernas eram delgadas e longas. A cauda, espessa e grossa. A cor de fundo da pelagem era branca, com grandes faixas pretas ou marrons ao longo do dorso.

De acordo com algumas raras descrições do século 18, o hare era um cachorro brincalhão, que fazia amizade com estranhos facilmente, mas não gostava de ser confinado. Era um cão carinhoso, que se esfregava nas pessoas como fazem os gatos.

Alguns estudiosos dão conta de que o hare é resultado de cruzamentos entre cães americanos e animais trazidos pelos exploradores vikings, no século 11, dada a semelhança anatômica com cachorros islandeses.

A raça entrou em declínio a partir do século 17, com a introdução na região central da América do Norte de cães de caça ingleses e franceses, que já acompanhavam atiradores. O uso das armas de fogo tornou os hare totalmente desnecessários.

13. Bullenbeisser

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Famoso pela força e a coragem, o bullenbeisser é um animal tradicional da Alemanha, cuja raça foi extinta devido aos sucessivos cruzamentos com outros cães. Também conhecido como mastife alemão, animais semelhantes aparecem em ilustrações desde o século 9º.

Inicialmente empregado na caça como cão de agarre, o bullenbeisser era especialista na caça a javalis, apesar de também predar ursos e lobos. Extremamente popular no Sacro Império Romano-Germânico (século 9º a 19), ele também foi usado em rinhas de animais e acompanhando exércitos.

Havia duas variedades: o de Brabante e o de Danzig (na Polônia). Este último era maior, conhecido como barenbeisser (mordedor de ursos). A raça provavelmente descendia dos alaunts, cães também extintos que acompanhavam os alanos, povo de origem iraniana que dominou o nordeste do mar Cáspio.

Bullenbeisser significa literalmente “mordedor de touros”. Os últimos mastifes alemães viveram no século 19 e provavelmente já eram bem menores do que os seus ancestrais, atingindo de 40 cm a 70 cm de altura na cernelha. Os registros derradeiros da raça datam de 1850.

14. Kuri

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No Ocidente, ele ficou conhecido apenas como “cão polinésio”. O kuri é um cachorro encontrado por marinheiros ingleses, franceses e holandeses na Oceania, ainda no início do século 19. Ela já habitava diversas ilhas, tendo sido introduzido na Nova Zelândia pelos maoris, no século 13.

De acordo com a religião Maori, o deus Maui transformou o próprio cunhado, Irawaru, no primeiro cachorro da Terra. O kuri, este cachorro primitivo. De pelagem branca, amarelada ou preta, tinha pernas curtas, cauda espessa e espáduas poderosas: um caçador de praia, provavelmente habilidoso na natação e no mergulho. Ele não latia, apenas uivava.

Apesar da ascendência nobre, o kuri era usado na culinária polinésia. Em seu diário de bordo, o conquistador inglês James Cook conta que provou a iguaria e gostou muito, comparando o sabor à carne de cordeiro.

O kuri era usado também na caça a aves. Para os maoris, ele era o perfeito animal doméstico: caçava, pescava, era usado na culinária e fornecia couro e ossos, para a confecção de mantos, cinturões e decorações das armas. Um exemplar foi embalsamado e está exposto no Museu Britânico.

15. Poi havaiano

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Este era um cão de vida livre que viveu no arquipélago americano na Oceania antes da chegada dos ocidentais. Alguns povos polinésios, ao atingirem o Havaí, levaram seus cachorros para colonizar as ilhas.

Acredita-se que o poi havaiano, assim como o kuri neozelandês, tiveram origem na Indonésia, migrando para as ilhas com contingentes humanos há milhares de anos. “Poi”, na verdade, era o alimento servido para os cães, que eram engordados para abate pelos habitantes locais.

Ao que se sabe, o poi nunca foi domesticado, nunca serviu como animal de estimação. Depois de chegar à ilha, os primeiros indivíduos se espalharam e passaram a compartilhar espaço com os humanos.

Quando James Cook atingiu a Oceania, o poi foi considerado, pelos marinheiros da esquadra, “um cachorro estúpido e lento”. Eram animais de pernas curtas, vagarosos e, alimentados para corte, também eram barrigudos.

A partir de 1967, cinófilos havaianos vêm tentando resgatar o poi, um símbolo do continente. O projeto estudou descrições e ilustrações dos séculos 18 e 19 (antes de 1825) e também fósseis encontrados no arquipélago.

Na terceira geração, no zoológico de Honolulu, nasceu uma fêmea com as características do poi. Infelizmente, o projeto foi abandonado em 1976. Atualmente, o termo “poi” é usado para designar os cães SRD do Havaí.

16. Molossus

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Este tipo canino atualmente extinto surgiu na Grécia ou talvez na Mesopotâmia. O molossus se tornou popular na Roma antiga. Era um cão de guerra e também guardião de rebanhos. Acredita-se que, junto com o alaunt, o molosso seja ancestral de todos os cães do tipo mastim e de outras raças caninas modernas.

O molossus, portanto, pode ser considerado o avô de raças como o dogue alemão, rottweiler, mastim inglês, mastim dos Pireneus, São Bernardo, grande boiadeiro suíço, boiadeiro de Berna, mastim napolitano e até do terra nova, que tem raízes também na América.

Descrições antigas dão conta de que o molossus tinham focinho grande e curto, barbelas pesadas, corpo pesado e musculoso, membros poderosos e aspecto intimidador. Além das batalhas, eles também tiveram  outras atividades.

O molossus foi assistido em combates nos anfiteatros da Antiguidade, lutando com girafas, tigres, leões e elefantes. A maioria destes cães, no entanto, vivia na zona rural, vigiando rebanhos e cuidando de residências.

A raça desapareceu naturalmente, através dos sucessivos cruzamentos com outros cães, à medida que os romanos avançavam no norte da Europa e na bacia do Mediterrâneo. Algumas esculturas antigas dão uma ideia de como teriam sido os cães que ajudaram os romanos a dominar o mundo conhecido.

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