Cachorro chora ao receber videochamada. Mas afinal, cachorros entendem vídeos e fotos?

Um cachorro da raça chow-chow ficou muito excitado ao ver a tutora em videochamada.

Uma simples videochamada foi suficiente para um cachorro sul-africano recuperar a alegria. A tutora havia saído de férias e deixado o peludo aos cuidados da filha, mas ele ficou deprimido com a ausência da amiga. Através de uma ligação através do Face Time, no entanto, ele se emocionou, chorou ao ver a mãe e finalmente ficou um pouco mais aliviado.

Este chow-chow vive na Cidade do Cabo. A tutora saiu de casa para viajar e ele não gostou nem um pouco da solidão. Apesar de ter ficado aos cuidados da “irmã”, ele manifestou todos os sinais clássicos da ansiedade de depressão: apatia, desinteresse, perda de apetite, etc.

Tudo mudou, no entanto, três semanas depois da partida da tutora. Ela ligou para a filha para contar as novidades e acabou “conversando” um pouco com o peludo. O vídeo mostra o pet identificando a voz, procurando a melhor amiga e finalmente interagindo com as imagens no Face Time.

Cachorro chora ao receber videochamada

Inicialmente, o chow-chow ficou confuso – afinal, a voz estava presente, mas não havia sinal da tutora. Ele chorou um pouco de saudade, procurando mais pistas sobre o paradeiro da amiga. Por fim, ele identificou o rosto conhecido ficou excitado e muito satisfeito por encontrar a mãe, mesmo através de uma pequena tela do smartphone.

As imagens das reações do chow-chow foram gravadas e postadas no Viral Hog, uma empresa virtual para troca de vídeos e fotos. Naturalmente, as manifestações de carinho e saudade do cachorro viralizaram rapidamente.

Cachorro-chora-ao-receber-videochamada

No canal do Youtube da Viral Hog, as imagens emocionaram mais de 650 mil internautas, que se uniram ao cachorro para chorar as saudades e comprovar, mais uma vez, que os cachorros são extremamente leais e parceiros: bastaram alguns segundos de interação com a tutora para o chow-chow revelar a amizade e o amor que sente.

Os cachorros entendem vídeos e fotos?

Muitos vídeos circulam nas redes sociais mostrando cães reagindo a imagens na TV, em computadores e smartphones. Os cachorros realmente conseguem observar o vídeo, mas não sabem exatamente o que está acontecendo.

O etólogo Daniel Ferreiro, diretor do Centro de Etologia Clínica, de Sevilha, na Espanha, explica: “Não podemos pensar que os cachorros veem ou entendem o mesmo que nós, muito menos que se emocionem com as imagens. É muito bonito pensar assim, mas não há provas científicas sobre isto”.

Alguns estudos indicam que os cachorros reagem aos vídeos (mesmo a programas de TV), mas as reações parecem ser difusas: alguns se tornam agressivos, outros ficam em alerta máximo enquanto outros, por fim, simplesmente choram.

Aparentemente, os cães repetem os hábitos dos humanos. Uma pesquisa realizada pelo Hospital Veterinário de Guadiamar, de Sevilha, envolvendo 320 cachorros de raças diferentes, mostrou que, entre os cães terapeutas, a atenção às imagens atinge mais de 60%, enquanto entre os animais não treinados o percentual não atinge 20%.

A raça também pode estar relacionada ao grau de atenção: mais da metade dos poodles estudados envolveu-se com as imagens, contra menos de 11% dos dachshunds. O estudo revelou, no entanto, que a maioria dos cães se interessa por imagens de animais (inclusive humanos) e se envolve com mais atenção quando as pessoas apresentadas são conhecidas, principalmente quando o vídeo é sonorizado – como é o caso de uma videochamada.

A ansiedade de separação canina

O chow-chow é um cão bastante equilibrado. A pelagem densa faz os cães da raça se parecerem com ursos de pelúcia e quase todo mundo que se depara com um espécime quer abraçar e acariciar.

Mas os cães da raça não são muito chegados a carinhos exagerados. Eles apreciam um afago, mas não se interessam por manifestações muito efusivas, especialmente quando elas partem de pessoas estranhas.

Naturalmente, no entanto, os chow-chows são apegados aos tutores e sentem falta. Não é comum que eles desenvolvam a ansiedade de separação, mas ela pode surgir, porque as reações emocionais variam de indivíduo para indivíduo.

Os cachorros que sofrem com o transtorno podem desenvolver hábitos destrutivos, demonstrar inquietação (andando sem parar de um lado para outro ou ficando imóveis), acompanhar os tutores em todos os deslocamentos pela casa, não se alimentar direito, recusar brincadeiras, ficar ofegante e babar.

A correção do problema, felizmente, é bastante simples. Os filhotes precisam entender desde a adoção que os tutores têm outras atividades e devem ser desencorajados a ficar o tempo todo procurando companhia.

Nas ausências dos tutores, é importante enriquecer o ambiente, para o cachorro ter o que fazer e se distrair. Os tutores podem providenciar brinquedos, um “cheirinho” (uma peça de roupa com o odor do humano preferido), uma janela entreaberta para que os peludos possam observar o movimento na rua, etc.

Naturalmente, é preciso dedicar tempo aos pets. Os cachorros precisam passear diariamente, além de envolver-se em algumas sessões de brincadeiras, que variam de acordo com o temperamento. O adestramento é muito útil para prevenir e corrigir a ansiedade de separação e é importante lembrar: assim como nós, eles também precisam de carinho e companhia, por mais independentes que pareçam ser.

Veja o vídeo e emocione-se:

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