Depende dos complementos. Confira a seguir se cachorro pode comer macarrão.
Cachorro pode comer macarrão? Feito com farinha refinada ou integral, o macarrão não contém nada tóxico para os pets e, desta forma, o cachorro pode comer macarrão como uma brincadeira, uma distração. O prato, um dos preferidos dos brasileiros, é rico em carboidratos e, por isso, pode levar cães e humanos ao sobrepeso e à obesidade.
De qualquer maneira, uma vez ou outra, o cachorro pode comer macarrão sem temperos se não houver nenhuma contraindicação. Na dúvida, o ideal é conversar com o veterinário. Alguns animais apresentam tendência para engordar e, nesses casos, o alimento se torna prejudicial.
Aqui, estamos falando de macarrão cozido apenas sem água, sem sal nem óleo vegetal (ou apenas com um fio, em casos especiais). Os cachorros não devem receber nenhum tipo de macarrão instantâneo, que apresenta excesso de sódio, mesmo sem o chamado tempero pronto, que é rico em conservantes, estabilizantes, etc. A maioria destas substâncias pode ser tóxica.
O macarrão cru nunca deve ser oferecido para os cachorros. O motivo principal é evidente: trata-se de um alimento produzido para ser consumido depois do cozimento. O produto in natura pode causar irritações gástricas e na pele. Se o cachorro já tem histórico destes problemas, eles certamente serão potencializados.
O sobrepeso não é apenas um problema estético. Os cães acima do peso sentem dificuldade para se locomover, fato que gera ainda mais sedentarismo. Os ossos e articulações são sobrecarregados e isto agrava ou favorece o desenvolvimento de displasias, por exemplo.
Além disso, a obesidade, causada pela oferta excessiva de alimentos (especialmente os carboidratos), está associada a problemas circulatórios, respiratórios, renais e hepáticos. No longo prazo, ela também facilita a ocorrência de distúrbios metabólicos.
Quando oferecer o macarrão para o cachorro?
Em primeiro lugar, é preciso dizer que, se o cachorro recebe diariamente a porção adequada de uma ração balanceada e de qualidade, não é necessário fornecer nenhum suplemento à alimentação. A ração oferece todos os nutrientes e pode ser escolhida de acordo com o porte, idade, etc.
Mesmo os petiscos – biscoitos, bifinhos, ossinhos, etc. – precisam ser encarados com alguma desconfiança e oferecidos com muita moderação, para evitar que o peludo ganhe quilos extras ou acabe ingerindo substâncias tóxicas para eles.
Qualquer alimento humano precisa ser avaliado com cuidado. Os cães não podem comer alho, cebola, sal, açúcar refinado, chocolate, doces, uvas, frutas com sementes, etc. Mesmo algumas frutas ricas em açúcares, como a melancia e a laranja, devem ser dadas com muita parcimônia e nunca para animais com problemas metabólicos, como diabetes, por exemplo.
No caso do macarrão, ele deve ser encarado como uma brincadeira. Um fio de espaguete não causa nenhum problema imediato, desde que o cachorro não tenha problemas específicos de saúde. Por outro lado, não contribui em nada para a nutrição canina. É apenas uma distração de alguns segundos.
Caso o cachorro precise de algum suplementos de carboidratos – é o caso de cães atléticos, que desenvolvem atividades físicas – o ideal é fornecer (sempre com moderação) alimentos como aveia integral ou batata-doce, que são boas fontes de energia e contribuem para reduzir o índice de glicemia.
Mesmo assim, há rações específicas para os animais que gostam de malhar, formuladas com as quantidades exatas, de acordo com o treinamento a que os cães estão se submetendo. No caso dos peludos que preferem sombra e água fresca, é melhor reduzir os carboidratos, e não incluir novas fontes.
Alguns cães podem ser alérgicos aos ingredientes do macarrão, como ovo ou trigo. Nestes casos, as reações serão equivalentes à quantidade de alimento ingerida e também ao nível de intolerância que os animais apresentam.
Os molhos
Pode ser bastante divertido ver um cachorro saboreando uma bela macarronada – e lambuzando a cara com molho de tomate. A fruta não está na lista dos proibidos, desde que seja madura e oferecida sem as sementes.
Os tomates verdes apresentam uma concentração elevada de tomatina, que pode irritar a mucosa gástrica dos cachorros. Em geral, molhos industrializados não têm a substância, mas é melhor evitar.
Além disso, os molhos são preparados com condimentos que podem prejudicar a saúde canina. A alicina, presente no alho e na cebola, é bastante tóxica: ela pode inclusive causar vertigens e convulsões em cachorros de pequeno porte.
Outros temperos podem irritar a boca, a garganta e as narinas. É o caso da ingestão de pimentas, por exemplo, que não é prejudicial, mas a maioria dos peludos prefere manter distância. O sal – que os cães nunca devem ingerir – é outro motivo para não oferecer molho de tomate.
Os molhos brancos, feitos à base de creme de leite ou de queijos, não podem ser dados aos cachorros. Em ambos os casos, o cachorro está ingerindo lactose, uma enzima presente no leite que pode causar desconforto intestinal, dores abdominais, diarreia e vômitos.
Muitos cachorros se deliciam com iogurte natural, que pode inclusive ser misturado na ração seca, tornando-a mais palatável: este é um sinal de que eles não são sensíveis à lactose. Mesmo assim, os molhos brancos podem ser gordurosos demais, provocando alergias, irritações, coceiras, etc. O consumo frequente pode levar a problemas sérios na pele e na pelagem.
Além do tomate e do leite, os molhos de macarrão podem ser preparados com carnes gordurosas de aves, boi ou porco, que são igualmente prejudiciais à saúde e à boa forma canina. Os peixes não são danosos, mas não se deve dar conservas para os cachorros (portanto, atum e sardinha em lata estão proibidos).
Além dos problemas gastrointestinais, a gordura em excesso é um dos fatores que leva à hipertensão arterial, podendo gerar problemas cardíacos e vasculares. O consumo também contribui para danos nos rins e no fígado.