Chihuahuas nascem com duas patas cada, mas mostram toda sua felicidade

Dos irmãos chihuahuas nasceram com apenas duas patas, mas isto não impede a agitação.

Esta é a emocionante história de Roo e Kanga, dois chihuahuas que nasceram sem as duas patas dianteiras, provavelmente em função de cruzamentos entre parentes (outra explicação possível é que a mãe tenha tido um número excessivo de crias, fato que comprometeu a gestação). Os nomes foram retirados das histórias do ursinho Puff.

A dona original de Roo e Kanga tentou cuidar dos dois pets por um ano, mas sentiu-se sobrecarregada e não obteve resultados positivos. Cães com deficiências físicas exigem cuidados intensivos, o que pode ser estressante para os criadores.

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Finalmente, os cães foram encaminhados para o centro de resgate Angels Among Us, uma ONG da Geórgia (Atlanta, EUA) que trabalha resgatando animais em situação de risco. A entidade abriga mais de 1.000 animais, entre cachorros e gatos.

Os dois pets receberam tratamento intensivo na ONG por diversos meses e participaram de diversos eventos de adoção, mas não houve interessados em levar os cãezinhos para casa, até encontrarem um casal de bons samaritanos.

A adoção

Depois de muitas tentativas frustradas, Roo e Kanga finalmente encontraram um lar. O casal Therese Vu e Duc Tran decidiu responsabilizar-se pelos pets. Depois de encontrar um post sobre os chihuahuas especiais, Therese soube, em seu íntimo, que eles estavam destinados a integrar a família e imediatamente começou a pesquisar sobre os melhores cuidados para os pets.

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Antes da adoção, o casal conviveu com dos cachorrinhos inseparáveis. Quando um deles morreu de falência renal, aos 16 anos, o companheiro não resistiu à falta e à tristeza e também morreu menos de um mês depois. Therese conta que “sinceramente, eu não sabia se poderia abrir o coração e a casa para outros cachorros”. O casal não sabia se estava pronto para acolher outro pet – até que conheceu os dois chihuahuas.

Tudo mudou, no entanto, quando Therese e Duc conheceram os chihuahuas. Os dois cãezinhos foram adotados em junho de 2013. O casal percorreu longas distâncias, em busca de veterinários e tratamentos, apenas para se certificar de que os chihuahuas ficariam confortáveis na casa nova.

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Therese e Duc instalaram colchões, almofadas e cobertores em todos os cantos da casa, para garantir que Roo e Kanga não se machucariam nem sofreriam escorregadelas. Todos os lugares da casa em que eles circulam são macios e acolchoados.

Therese completa: “nos primeiros segundos de interação com os pets, nossos corações foram tomados, a casa foi preenchida e o nosso mundo, transformado”. Kanga e Roo se adaptaram rapidamente ao novo lar. Os pets criaram estratégias para se locomover: andam aos saltos e correm com facilidade. Aparentemente, eles preferem caminhar assim.

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Um amigo da família, especialista em próteses, criou blusões especiais para Roo e Kanga, feito com o mesmo material empregado em cirurgias, para proteger a pele dos pacientes de possíveis irritações de pele na barriga e nas espáduas. A família passou a fornecer gratuitamente os blusões para diversos centros de proteção a animais amputados em todo o mundo.

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Atualmente, os chihuahuas estão com cinco anos, têm uma família perfeita e uma vida cheia de brincadeiras, graças ao bom coração de uma mulher. Therese e Duc providenciaram cadeiras de rodas para os pets, para facilitar a sua locomoção. Estas cadeiras são utilizadas basicamente nos passeios diários de Kanga e Roo.

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Kanga e Roo são dóceis, amorosos e parecem não ter nenhuma noção a respeito das suas deficiências. Eles são muito unidos e não apresentam dificuldades para caminhar. O casal posta fotos e vídeos dos dois bagunceiros nas redes sociais, em uma tentativa de mudar a opinião de muitos pessoas que acreditam ser a eutanásia o melhor caminho para animais nestas condições.

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