Assim como os humanos, os cães podem ficar doentes. As enfermidades mais comuns – e que mais amedrontam os donos – são determinadas por microrganismos (raiva, cinomose, parvovirose, etc.). Outras doenças caninas estão relacionadas à raça, idade e alguns fatores ambientais.
As viroses são prevenidas com a vacinação correta e as infestações por ácaros e vermes, com uma boa higiene do animal e do ambiente e nenhuma negligência na vermifugação. Em geral, os vermes costumam ser subestimados quando se trata da conservação da saúde.
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Mesmo com estes cuidados, nossos cachorros podem ser afetados por alergias alimentares, otites, depressão (principalmente quando passam longos períodos sozinhos), insuficiência renal (especialmente entre os idosos) e obesidade, além de infestações por pulgas e carrapatos. Os donos responsáveis precisam ficar atentos.
As viroses
Os cachorros precisam ser vacinados, a partir da sexta semana de vida, com a aplicação regular de várias doses. É importante que os animais recebam as seguintes imunizações:
- V8 – protege contra cinomose, hepatite infecciosa canina, adenovirose, coronavirose, parainfluenza canina, parvovirose e leptospirose canina. As vacinas V10, V11 e V12 oferecem a mesma proteção, ampliando a imunização contra outros subtipos de vetores da parvovirose;
- contra gripe canina e giardíase – com 12 semanas de vida (o reforço da V8 também é aplicado com esta idade);
- contra raiva ou hidrofobia (antirrábica) – com 16 semanas de vida (também são aplicados: a última dose de reforço da V8, o reforço contra giardíase e contra gripe canina).
Cinomose – A cinomose, não transmissível ao homem, é altamente contagiosa entre cães de todas as idades. O período de incubação atinge dez dias, mas a doença pode ser assintomática até que se torne letal na maioria dos casos.
O cachorro infectado apresenta apatia, febre, perda de apetite, vômitos, secreção nasal e ocular intensa. Os distúrbios neurológicos (falta de coordenação, por exemplo), que são irreversíveis, surgem em estágios mais avançados.
Parvovirose – a doença é comum, responsável pela morte de 80% dos filhotes infectados (transmissão vertical, de mãe para a ninhada), mas atinge animais de todas as idades (transmissão horizontal). Também não é uma doença transmissível aos humanos.
Os principais sintomas da parvovirose são febre, apatia, perda de apetite, vômitos e diarreia em jatos (em muitos casos, de odor fétido e coma presença de sangue). O cão se desidrata rapidamente e requer cuidados urgentes.
O período de incubação pode atingir duas semanas. O animal infectado que consegue se recuperar adquire imunidade temporária. A parvovirose geralmente não deixa sequelas. Os animais que conseguem superar a doença ganham peso rapidamente.
Coronavirose – é uma doença semelhante à parvovirose, com sintomas idênticos. O diagnóstico diferencial é obtido apenas com exames de laboratório. O tratamento é igualmente semelhante, combatendo os sinais à medida que eles se manifestam.
Hepatite viral canina – causada pelo adenovírus tipo I, é inofensiva ao homem. A prevalência é menor, relativamente à parvovirose e à coronavirose, mas, mesmo assim, é bastante infecciosa, seja pelo contato com cães infectados, seja pela exposição às secreções destes animais doentes.
A hepatite viral canina (HVC) afeta diversos sistemas e tecidos dos cachorros, inclusive o sistema nervoso central (SNC). É mais uma doença tratada apenas com a manifestação dos sintomas. Os casos agudos apresentam sinais característicos, semelhantes aos da cinomose, acrescidos da sede intensa.
Nos casos superagudos, porém, pode não haver tempo hábil para o surgimento dos sinais. O quadro surge com violência e os animais em pouco tempo demonstram depressão, desorientação, crises convulsivas e, finalmente, o coma, dificilmente reversível.
Raiva Canina – a hidrofobia, transmitida pelo Rabies virus, surge em relatos ao menos desde a Grécia antiga. É uma das doenças mais comuns (ao menos entre a população leiga) e recebeu o nome de raiva porque os cachorros, em estágios avançados, expelem secreções em forma de espuma pela boca, parecendo estar muito irados.
A hidrofobia causa rigidez muscular e perda da coordenação motora, impedindo o cachorro infectado de beber água (o nome da doença vem do grego -hidro – água, e -fobia, pavor). A rigidez compromete a capacidade de deglutição e determina o aumento da saliva expelida. Até hoje, a cura só foi obtida em raros ensaios laboratoriais. No Brasil, a vacinação anual contra a raiva é obrigatória por lei e alguns órgãos públicos desenvolvem campanhas gratuitas de imunização.
Leptospirose – é uma doença comum a diversas espécies de mamíferos, inclusive o homem. Os transmissores são bactérias do gênero Leptospira, que penetra pelas mucosas ou por lesões cutâneas e o principal vetor é o rato de esgoto: as bactérias são expelidas juntamente com a urina. Especialmente em casos de inundações, a possibilidade de infecção é muito grande.
Nos cachorros, os principais sintomas são febre, perda de apetite, aparecimento de lesões na boca e na língua, urina com sangue, vômitos e diarreia. Uma vez que a leptospirose é uma zoonose (enfermidade suscetível de ser transmitida a humanos, inclusive os mais próximos, como o dono do animal).
Os vermes
Na maioria dos casos, especialmente no início da infestação, é difícil identificar a presença de vermes. As lombrigas (ascarídeos) medem vários centímetros de comprimento e não é incomum identificá-las nas fezes ou no vômito dos cachorros. No início do desenvolvimento, porém, elas são praticamente invisíveis para um leigo.
Os ancilóstomos e tricurídeos são muito pequenos, de identificação praticamente impossível. As tênias podem deixar segmentos retangulares e esbranquiçados em volta do ânus do animal. Portanto, a melhor maneira de identificar vermes é através de um exame de fezes (que deve ser feito regularmente, realizado na clínica veterinária).
É importante salientar que os vermífugos não previnem contra vermes, apenas eliminam os parasitas já instalados.
Os filhotes devem receber a primeira dose com 15 dias de vida e três reforços com intervalos de duas semanas. Os cães adultos (com exceção das cadelas lactantes, que devem receber o mesmo tratamento dos filhotes) podem ser examinados uma ou duas vezes por semana. Fatores como residências em ambiente rural ou suburbano e a presença de muitos animais no mesmo espaço podem determinar a redução deste prazo.
A dilofilariose, mais conhecida como verme do coração, é uma doença extremamente perigosa. Os vermes ocupam espaço no músculo cardíaco e nos principais vasos sanguíneos da região torácica. A obstrução provocada obriga o coração a um esforço cada vez maior para bombear o sangue para todo o corpo. Sem tratamento, o cachorro pode morrer.
A dilofilariose é transmitida por mosquitos que anteriormente tenham picado um animal infectado. Estima-se que 8% dos cães brasileiros sejam portadores do verme do coração. Este percentual aumenta em regiões litorâneas e próximas a rios e lagos. O verme do coração quase sempre é identificado tardiamente, o que dificulta o tratamento.
e a epilepsia? 0 meu cão é epiletico, e esta a ser uma tortura….já não sei o que fazer, para além de já estar medicado.