Sinais de que o seu cachorro adora você

Fique atento(a): estes sinais indicam que o seu cão adora você.

Os cães amam os tutores incondicionalmente. A parceria entre humanos e caninos, que já perdura milhares de anos (ou centenas de milhares, como indicam alguns indícios arqueológicos), é prova de que o relacionamento deu muito, muito certo. Trata-se de uma história com final feliz, no estilo “foram felizes para sempre”.

Nossos pets, no entanto, não possuem o dom de falar. Por isto, o seu cão expressa que adora você através de muitos sinais – as atitudes do dia a dia – que são responsáveis pelas expressões de carinho, cuidado e vigilância que ele nutre em relação aos tutores.

Os cachorros fazem parte da família e merecem atenção, cuidado, educação e saúde, que devem ser proporcionados pelos tutores. Eles demonstram o amor que sentem de maneiras diferentes. Relacionamos algumas delas aqui, mas é possível que o seu cachorro revele o quanto adora você de formas muito especiais. Fique atento a eles; afinal, cada cachorro é único.

Sinais de que o seu cachorro adora você

Rabo abanando

Este é talvez o sinal mais clássico de que os nossos cães nos amam. A alegria de nos ver de volta para casa, depois de um longo dia de ausência, é demonstrada pela cauda movendo-se freneticamente, seguida de saltos, lambidas nas mãos e no rosto, numa demonstração incondicional de afeto.

O motivo do rabo abanando é bastante simples. Ao agitar a cauda, os cães liberam feromônios, hormônios aromáticos (exalados pelo ânus) com que os animais se comunicam. No caso do contato com os tutores, o feromônio empregado é o de aproximação, indicando que a presença do recém-chegado é prazerosa e bem-vinda.

Fique atento, porém: existe um abanar de cauda que não se relaciona à alegria. Quando o rabo está bem erguido, com movimentos curtos e rápidos e dobrado sobre o dorso, isto pode significar tensão e ameaça. Esta atitude em geral é empregada por cães dominantes e não deve ser encorajada; afinal, em casa, o “macho alfa” é o próprio tutor.

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Já o movimento tímido, com a cauda rente às pernas traseiras, é quase sempre atribuído a um pet amedrontado. O famoso “rabo entre as pernas” é uma forma de inibir a liberação do feromônios. Nestas ocasiões, é muito provável que o cão tenha feito alguma arte – é uma espécie de pedido antecipado de desculpas.

Um grude só

Muitos cães passam o tempo inteiro seguindo os seus tutores. Até mesmo nos deslocamentos dentro de casa, eles não “desgrudam” de nós. Existe um motivo ancestral para isto: os cães são animais gregários e bastante hierarquizados.

Seguir o dono é uma forma de o cão demonstrar que aceita a liderança – e, ao contrário do que muitos podem pensar, ele está satisfeito com isto. Afinal, fazer parte da matilha é uma garantia de alimento e também de segurança.

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Os cães também podem simplesmente decidir seguir o membro da família que seja mais afetuoso ou que ofereça mais petiscos, especialmente fora das refeições. Este comportamento precisa ser desencorajado, porque, para garantir o perfeito equilíbrio físico e emocional, os pets precisam aprender os horários e a rotina da família.

Lambidas em profusão

Mais um gesto de amor e afeto dos cães em relação aos seus tutores. Em quase todas as ocasiões, é exatamente isto que acontece. Os cachorros demonstram carinho lambendo as mãos e o rosto dos demais membros da família (inclusive outros animais da casa).

Nas alcateias, os lobos lambem os animais de que mais gostam. Ao serem trazidos para o convívio humano, os cães trouxeram este hábito instintivo. A atitude, no entanto, também pode revelar certa dose de oportunismo. Os filhotes lambem a boca das mães para estimular que elas regurgitem alimento e é possível que, em muitas ocasiões, elas tentem repetir isto conosco.

Campeões em salto

Mais um hábito que revela a satisfação que os nossos cães fazem para demonstrar contentamento nos reencontros. Os pulos são utilizados pelos pets porque eles percebem o mundo principalmente pelo olfato (os cachorros conseguem perceber o aroma de uma gota caindo de um galho de árvore).

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Eles apenas querem se aproximar das mãos e do tronco dos tutores para sentir o cheiro que estes trazem da rua (ou seja lá de onde os donos vieram). O hábito de pular é mais comum nos animais de pequeno porte, até porque cães maiores devem ser desestimulados, uma vez que podem derrubar pessoas (especialmente crianças e idosos) e provocar acidentes sem perceber o que estão fazendo.

Se os pulos são excessivos, no entanto, os cães devem ser ensinados a reprimir estes movimentos – ou pelo menos a amenizá-los. Se for este caso, ao chegar a casa, não dê atenção imediata aos pets: guarde as compras, troque de roupa e só depois volte-se para cumprimentá-lo. No início da manhã, também não dê muita atenção: em poucos dias, os cães conseguirão entender o que se espera deles.

Mais motivos

O amor não é um sentimento que pode ser mensurado. Ele não pode ser colocado na balança, nem medido com uma trena. As manifestações de afeto ocorrem das mais diversas maneiras. Por isto, os cachorros também demonstram que nos adoram por outras razões:

lealdade – cães equilibrados são extremamente leais aos donos. Eles cumprem fielmente as suas tarefas, mesmo em situações de risco à integridade deles. É muito provável que os cães sejam os animais mais leais do planeta;

busca de apoio – os cachorros gostam de se encostar em nós. Basta que estejamos parados ou sentados e eles já se apoiam em nossas pernas e braços, fazendo sentir a sua presença próxima. O apoio é uma forma de pedir carinho. O contato físico transmite segurança e sensação de bem-estar;

todo sorrisos – baforadas, boca semiaberta, respiração ofegante e relaxamento da musculatura. Estas são as características dos sorrisos caninos. Sim, assim como nós, eles demonstram alegria e cumplicidade com estas atitudes, geralmente acompanhadas pelo abanar do rabo. Pode ter certeza: eles estão demonstrando a felicidade com a companhia dos tutores;

cheiradas inconvenientes – apesar de muitos tutores não gostarem e reprovarem, os cães gostam de cheirar os fundilhos. Como já foi dito, nossos pets exalam feromônios pelo ânus e, ao aspirar nosso traseiro, eles estão apenas tentando identificar se nós estamos tão felizes quanto eles;

dormir junto – assim como os lobos, os cães gostam de se aninhar na hora de dormir. É uma forma de garantir a segurança e o calor. Alguns tutores não permitem que os cães subam à cama, enquanto outros até mesmo os estimulam. Seja como for, se você não gosta que o seu pet tenha tanta intimidade, estimule-o a deitar-se aos seus pés. O contato físico é importante para eles;

xixi na nossa frente – não é uma forma de expressar desrespeito. Alguns cachorros ficam tão excitados no momento das festas que relaxam o esfíncter e molham o chão. Isto acontece especialmente entre os filhotes, em momentos de grande excitação;

olhar fixo – em muitos momentos, observamos os nossos cães com os olhos “grudados” em nós. E, quando dispensamos alguns momentos para corresponder a este olhar, eles parecem se extasiar com a nossa atitude. E eles realmente estão extasiados. O simples contato visual entre cachorros e tutores é responsável por liberar endorfinas (neurotransmissores relacionados à felicidade, prazer e bem-estar). Esta é uma via de mão dupla: nós também nos beneficiamos com a troca;

bocejos – é uma continuidade do olhar fixo. Entre os humanos, os bocejos são contagiantes. Entre outros animais, não é uma reação automática. A relação entre humanos e caninos faz com que, quando eles nos observam longamente, podem bocejar quando veem que nós estamos bocejando: é mais uma prova de afeto e de proximidade;

“enfermagem” – esta é uma atitude comum inclusive a cães desequilibrados, que exibem comportamentos agressivos ou destrutivos. Ao perceber que um membro da família está doente (e pode ser um simples resfriado), nossos peludos imediatamente se postam no quarto (ou ao pé da cama). É difícil inclusive convencê-los a deixar o posto para se alimentar ou fazer as suas necessidades.

Conclusão

A personalidade de cada pet é única. Cada cachorro possui um temperamento diferente. Alguns são efusivos, outros são mais tímidos e contidos. As reações também tendem a se modificar com o avanço da idade, especialmente a partir dos oito anos de vida.

Não é necessário que o seu cão exiba todos os comportamentos aqui relacionados para que você tenha a prova de que ele o adora. Uma única conduta é suficiente para demonstrar os laços que unem você e sua família – inclusive os membros caninos.

Quem convive com um cão, no entanto, especialmente quando esta relação ultrapassa as dificuldades dos primeiros meses, em que é preciso ter muita disciplina para garantir um aprendizado eficaz, sabe que ele nos ama – e o amor não precisa ser provado, ele é demonstrado nos pequenos gestos do dia a dia.

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