Este cachorro resgatado está convencido que é um gato

Vivendo com irmãos felinos, o cachorro pensa que também é gato e até tenta pular como um.

A estudante Bethany Castiller e sua família sempre quiseram ter um cachorro, mas a casa em que moravam era compartilhada com muitos gatos. A solução seria encontrar um peludo que gostasse de felinos – uma tarefa difícil, até encontrarem Mako, um cachorro que pensa ser um gato.

O imaginário popular afirma que cães e gatos são inimigos (ou, pelo menos, adversários). Isto é apenas meia verdade: são espécies diferentes e, portanto, não convivem naturalmente. Reunidos em uma família amorosa e responsável, no entanto, eles podem se tornar “os melhores amigos de infância”.

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Mako e os gatos

A família Castiller resolveu visitar um abrigo de cães na Carolina do Sul (sudeste dos EUA), para tentar encontrar um cachorro que “preenchesse os requisitos” necessários. Eles estavam procurando um cachorrinho de pequeno porte, manso e tranquilo – afinal, ele iria conviver com gatos.

Mas Mako, desde o primeiro instante, deixou bem claro que ele era o candidato ideal. O cachorro era totalmente diferente do que Bethany havia imaginado: trata-se de um pitbull preto e branco, com manchas no rosto que reforçam a “cara de mau”.

Por motivos quase sempre sem fundamento, mas fortemente calcados nos conceitos humanos, os pitbulls são considerados cães agressivos e violentos, com hábitos dominantes e territorialistas. Um animal com estas características certamente iria apenas estressar os felinos da família Castiller.

Mas a atitude de Mako parecia provar o contrário. Ele estava preso em uma gaiola, com as costas voltadas para a grade. Bethany começou a acariciá-lo, o pitbull olhou por cima do ombro e estabeleceu contato visual direto – um fato raro entre animais violentos.

“Nós olhamos para ele e nos apaixonamos no mesmo instante”, contou Bethany ao The Dodo. Restava saber se o pitbull teria um bom relacionamento com Gizmo e Pecan, os gatos da família.

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A equipe do abrigo garantiu que Mako se dava muito bem com os felinos. Os Castiller rapidamente descobriram o motivo: o pitbull realmente pensa que é um gato. A história do cachorro não é conhecida, mas aparentemente ele cresceu em uma casa convivendo com gatos – até ser entregue para adoção.

Seja como for, Mako tem características interessantes. Ele quase não late, adora petiscos para gatos (especialmente com peixe e frango) e gosta muito de pular em muros, balcões e móveis altos. Ele reage como um gato faria, tanto para se defender, como para ganhar atenção e carinho.

Mako foi levado para casa com muita expectativa sobre como seria a relação com Pecan e Gizmo. Os peludos se deram bem desde o primeiro instante, como se fossem velhos conhecidos. Cães e gatos tendem a reconhecer gestos e intenções – e não necessariamente as estruturas anatômicas.

É por isso que, em diversas casas, um cachorrinho como um chihuahua é o líder da matilha, enquanto um canzarrão imenso, como um dogue alemão, acata as “ordens” do nanico. Ele espera a sua vez de comer e beber, por exemplo, um sinal de respeito à hierarquia.

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Quando os Castiller pegaram Mako subindo na mesa da cozinha, eles acharam o comportamento um pouco estranho. O pitbull ainda não era adulto, mas certamente era bem maior que os gatos. Mas ele sempre conseguiu se equilibrar em locais estreitos e altos.

Rapidamente, a família aceitou o fato consumado: Mako realmente pensa que é um gato e se comporta como um. Apesar de alguns pequenos incidentes, Gizmo e Pecan adoraram o novo companheiro de brincadeiras.

Compreensivelmente, o brinquedo preferido de Mako é um gato de pelúcia. Ele também gosta de ficar deitado sobre as mesas do jardim, com os irmãos, e sempre oferece a barriga para um carinho, quando percebe que um humano da família está se aproximando.

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Este é um fato curioso: os gatos oferecem a barriga apenas quando confiam totalmente nos humanos. Fora isso, tentar acariciar o abdômen ou o peito de um felino é comprar uma briga. Mako incorporou a atitude e mostra a barriga apenas quando não há estranhos por perto.

A família Castiller já está se acostumando com a sua “gangue de peludos”. Mesmo assim, é difícil manter a seriedade quando um deles entra em um cômodo da casa e encontra o pitbull em cima de um armário ou gabinete.

Mako descansa tranquilamente sobre os móveis, como se fosse apenas mais um membro do bando (de gatos). Ele também gosta de ficar na janela da sala de estar, observando os passarinhos que vêm se alimentar no jardim. Claro, ele aprendeu isso com os irmãos Gizmo e Pecan.

O pitbull é realmente um pouco diferente, ele é um cachorro com hábitos de gato, que prefere a companhia dos gatos – além dos carinhos dos tutores: Mako é um gatorro. Mas a família Castiller não aceitaria que fosse de outro modo. Está tudo bem na casa “mista”.

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