Cachorrinho vai à igreja receber a bênção de São Francisco de Assis

No dia do protetor dos animais, este chihuahua recebeu uma bênção especial na igreja.

Canelito é um chihuahua que mora com a sua tutora Jenny Valles Aral em San Nicolás de Los Garza, cidade de 500 mil habitantes em Nuevo León, no norte do México. E, no dia do protetor dos animais, este cachorrinho foi à igreja para receber uma bênção especial.

Depois do Brasil, o México reúne a maior comunidade católica do mundo, com mais de 90 milhões de fiéis. No país norte-americano, no entanto, a imensa maioria da população professa essa religião: ao todo, são 83% de todos os mexicanos (no Brasil, de acordo com o último censo do IBGE, em 2010, os católicos são 65%).

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O chihuahua

Fotos de Canelito recebendo a bênção de São Francisco de Assis (e “orando fervorosamente” junto à imagem do santo) foram postadas no Facebook por uma amiga de Jenny e foram curtidas e compartilhadas por centenas de pessoas.

Nas imagens publicadas, pode-se perceber que o chihuahua é bem estiloso. Canelito posou para as fotos com camisa florida, um chapéu marrom, óculos escuros e um colar metálico, com o registro de identificação animal – Jenny gosta de enfeitar o cãozinho, mas não se esquece das medidas de segurança.

O padre da Paróquia de San Nicolás de Tolentino, cumprindo o rito litúrgico, abençoou Canelito e centenas de outros animais que foram à igreja no dia 4 de outubro. O religioso fez questão de tirar fotos com o chihuahua, um dos pets que mais chamou a atenção dos fiéis durante a celebração.

São Francisco e a bênção

Giovani di Bernardone viveu em Assis, na atual Itália, entre os séculos 12 e 13. Ele se tornou sacerdote católico e fundou a Ordem Mendicante dos Frades Menores, conhecida como ordem dos franciscanos, presente no mundo inteiro nos dias de hoje.

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Giovani, que ficou conhecido como São Francisco de Assis, adotou uma vida religiosa de extrema pobreza, fundando a ordem que renovou a Igreja Católica. Ele morreu em 04.10.1226 e foi canonizado apenas dois anos depois.

O poeta florentino Dante Alighieri escreveu “A Divina Comédia” que, em seu terceiro canto, descreve o Paraíso Celeste. Ele situou São Francisco no quarto círculo do Céu – a esfera do Sol – e descreveu-o como “uma luz que brilhou no mundo”.

Autor do “Cântico do Irmão Sol”, São Francisco de Assis é considerado padroeiro do meio ambiente e dos animais, em celebrações que extrapolam o âmbito da igreja católica. De acordo com a Arquidiocese de São Paulo, na bênção de São Francisco, a igreja reconhece que os animais participam da vida dos humanos, por vontade de Deus.

O dia dos animais

A data foi criada pelo cinologista alemão Heinrich Zimmermann, que organizou o primeiro evento em 1925, no dia 24 de março. A programação original deveria coincidir com o Dia de São Francisco, mas o Palácio dos Esportes de Berlim, local escolhido para a festividade, não estava disponível.

A primeira comemoração reuniu cinco mil pessoas em Berlim. Quatro anos depois, a festa foi transferida para 4 de outubro, mas obteve repercussão apenas na Alemanha, Áustria, Tchecoslováquia e Suíça.

Em 1931, em um congresso de proteção dos animais realizado em Florença (Itália), a proposta de Zimmermann foi acolhida e o Dia dos Animais passou a ser celebrado em todo o planeta. O congresso de ecologistas tinha como objetivo chamar a atenção para as espécies em extinção, mas em pouco tempo a data passou a comemorar também os animais domésticos e de estimação.

Na Argentina, o Dia dos Animais é celebrado desde 1908, por iniciativa do diretor do Jardim Zoológico de Buenos Aires e da Associação de Proteção Animal da capital do país.

Na Holanda e nos países escandinavos, o Dia dos Animais é comemorado na mesma data reservada para o Dia das Mães e o Dia dos Namorados. Desde 2002, a data faz parte do calendário escolar, com distribuição de material didático e eventos nas escolas.

No Brasil, além do dia de São Francisco de Assis, os animais também são celebrados em uma festa nacional, realizada em 14 de março. O calendário brasileiro ainda é marcado pelo dia da adoção animal (17 de agosto) e da libertação animal (18 de outubro).

Além das festas dedicadas ao santo católico, que reúnem quermesses e bênçãos para os pets, diversas cidades brasileiras promovem campanhas de castração e vacinação (especialmente contra a raiva canina).

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