A chihuahua de 9 centímetros entrou para o Guinness. Conheça Pearl, a cachorra mais baixinha do mundo.
Ela tem pouco mais de dois anos, vive na Flórida (sudeste dos EUA) e é, desde abril de 2023, oficialmente a cachorra mais baixinha do mundo. Pearl é uma chihuahua que mede 9,14 centímetros – em altura, ela é mais baixinha do que um palito de picolé.
Conheça a Pearl
A cachorrinha mede exatos 9,14 cm de altura, do chão à cernelha (região entre os ossos dos ombros e o pescoço, onde é avaliada a altura da maioria das raças caninas). Da trufa (a ponta do focinho) à extremidade da cauda, Pearl mede 12,7 cm – apenas para comparação, uma nota de R$ 2 tem 12,1cm de comprimento. Esta simpática chihuahua pesa incríveis 553 gramas – um abacaxi descascado é mais pesado.
De acordo com o American Kennel Club (AKC), uma das principais associações de cinofilia dos EUA, os chihuahuas devem ter de 5 a 8 polegadas de altura: de 12,7 cm a 20,32 cm, mais do que o dobro da altura de Pearl.
A chihuahua foi reconhecida oficialmente como a cachorra mais baixinha do mundo em 09.04.23, pelo Guinness Book of Records. As medidas oficiais foram tomadas no Crystal Creek Animal Hospital, em Orlando, mesmo local em que Pearl nasceu, em setembro de 2020.
Desde que ela veio ao mundo, aliás, todos se impressionaram com o tamanho diminuto. Pearl nasceu com vocação para ser pequena: ela nasceu com cerca de 28 gramas, fato que atraiu a atenção e os cuidados da equipe veterinária. Desde então, ela vem sendo acompanhada por médicos e enfermeiros.
Apresentação oficial
Pearl foi apresentada oficialmente como a cachorra mais baixinha do mundo em um programa de TV italiano: um show de talentos chamado “Il Show Dei Recordi”, transmitido a partir de Milão na noite do feriado católico. A chihuahua foi levada ao palco dentro de uma almofada em formato de ovo de
Páscoa. De acordo com Gerry Scotti, apresentador da atração, Pearl “é um pouco diva”.
A tutora concordou com o apresentador: “Ela gosta de comida de qualidade, com frango e salmão, e adora andar muito bem vestida”. De acordo com Vanessa, elas aproveitaram a viagem para comprar roupas em Milão.
A tutora explicou que a cachorrinha não exibe o comportamento característico dos chihuahuas, raça que Vanessa cria há mais de duas décadas. Ela é um animal tranquilo, bem comportado e quase nunca exibe sinais de medo e ansiedade. De fato, Pearl circulou tranquilamente pelo palco, como se estivesse no quintal de casa.
A família
Pearl é sobrinha de outra chihuahua que ficou conhecida como Miracle Milly e, até então, detinha o posto de “cachorro mais baixinho do mundo”, com 9,65 cm de altura na cernelha. Milly e a mãe de Pearl nasceram na mesma ninhada.
Vanessa Semler é a tutora de Pearl e também criou a ninhada anterior, em que Milly se destacou como o menor cachorro do mundo por quase uma década. Pearl, por sua vez, vem atraindo a atenção dos amantes de cães americanos desde o nascimento.
Tudo porque ela nasceu muito abaixo do peso: os chihuahuas costumam nascer com 130 a 145 gramas e as fêmeas adultas têm entre 1,5 kg e 1,8 kg. Pearl era muito mais leve e atualmente pesa pouco mais de um terço do peso esperado para o sexo e raça.
Mas Pearl não precisou de cuidados especiais quando nasceu. Ela foi acompanhada pela tutora e pelos veterinários, mas não recebeu fórmulas especiais e foi amamentada juntamente com os irmãos de ninhada.
Ela brincava normalmente com os cãezinhos da ninhada e desenvolveu-se normalmente, exibindo o comportamento curioso – e um pouco desajeitado – dos filhotes. Pearl precisava apenas de supervisão quando decidia se “aventurar pelo mundo”, fato que continua ocorrendo até hoje.
Vanessa explica que ela é do tamanho de uma xícara de chá, mas tem um coração imenso. Pearl é muito apegada à família humana e desenvolve as mesmas atividades cotidianas de qualquer cão, com os limites impostos pelo tamanho: a cachorra mais baixinha do mundo só consegue caminhar até a esquina – e quase sempre volta para casa no colo dos tutores.
Tamanho de bolso
Apesar de cães “pocket size” estarem na moda nos EUA, a tutora conta não ter feito nenhuma seleção durante o acasalamento na tentativa de obter filhotes muito pequenos. Vanessa vive com outros três cães da mesma ninhada e todos eles apresentam “altura normal” (para um chihuahua, de
16 cm a 26 cm).
Os cruzamentos entre cães muito pequenos trazem riscos elevados de desenvolvimento de doenças genéticas – felizmente, Pearl não é portadora de nenhum transtorno físico ou emocional. Os pocket dogs, no entanto, apresentam certos problemas com frequência, como epilepsia, hipotireoidismo e hidrocefalia, além de dentes fracos, doenças oculares graves e risco de a moleira não se fechar.
Existem campanhas nos EUA para evitar a aquisição de cães “zero”, como são chamados os cachorros muito pequenos. Boa parte destes animais é mestiça, porque criadores inescrupulosos tentam obter filhotes com o cruzamento de cadelas extenuadas por gestações sucessivas, quase sempre de raças
pequenas (como chihuahua, lulu da Pomerânia e pinscher miniatura).
No Brasil, a moda do pocket dog não atraiu muitos interessados, mas é comum a classificação dos cães de acordo com uma numeração (cães zero, um, etc.). Algumas raças apresentam muitas variedades: miniatura, toy, anão, etc., mas a numeração não faz parte de nenhum padrão oficial.