Chihuahua – saiba tudo sobre a raça

Um dos menores cães do mundo, o chihuahua surgiu no México. Saiba tudo sobre a raça.

Esta é uma raça de cães pequenos: na média, o chihuahua é maior apenas que o pinscher miniatura e o pequeno cão russo. Ele foi desenvolvido em duas variedades: de pelo longo e curto – a mais comum no Brasil.

Tutores de chihuahuas são unânimes em defini-los como delicados, afetuosos e leais à família e bastante possessivos. Os olhos redondos e grandes, as orelhas imensas e pontiagudas e o focinho de comprimento médio são características da raça.

Origem e história do chihuahua

Os cães chegaram às Américas juntamente com os humanos, há algumas dezenas de milhares de anos. No entanto, a maioria das raças nativas desapareceu quando os europeus, a partir do século 16, começaram a explorar o continente.

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A raça chihuahua provavelmente foi desenvolvida pelos toltecas, um grupo humano que não sobreviveu à presença dos espanhóis. Os primeiros cachorros da raça surgiram no Estado mexicano homônimo, na fronteira com os EUA.

Cães bastante parecidos com o chihuahua figuram em registros muito antigos. Os cachorrinhos provavelmente são descendentes dos antigos techichis, uma raça selvagem cujos primeiros registros datam do ano 300 AEC.

Os techichis eram cães pequenos, usados pelos toltecas em rituais religiosos de sacrifício: de acordo com evidências arqueológicas, quando um tolteca morria, um cachorro era sacrificado, cremado e as cinzas eram enterradas com o humano.

Os pequenos techichis, de acordo com as crenças ancestrais, detinham o poder de guiar as almas pelo submundo. Por isso, eles eram muito bem tratados pelas famílias toltecas. Por outro lado, há evidências de que cães muito parecidos também eram usados na culinária mexicana pré-colombiana.

No passado mais recente, cães parecidos com chihuahuas também agradaram astecas e maias – dois povos que conviveram com a dominação espanhola no México. Alguns animais foram transportados para a Europa.

A raça foi se tornando cada vez mais popular. Quando os americanos ocuparam o oeste do país, centenas de chihuahuas viviam com famílias humanas nos atuais Estados do Texas e Novo México. Os colonizadores foram responsáveis por divulgar a raça de costa a costa.

O primeiro padrão da raça foi publicado em 1890, pelo Kennel Club britânico. O chihuahua fez muito sucesso, principalmente por causa do aspecto exótico e do pequeno porte. Cães da raça “estrelaram” filmes e desenhos animados durante os últimos 150 anos.

O chihuahua no cinema

Alguns participações de cães da raça são memoráveis: chihuahuas foram coadjuvantes em “As Aventuras de Ozzy” e “A Vida Secreta dos Bichos” (ambos de 2016); um deles roubou a cena em “Marmaduke” (2010), enquanto outro foi o fiel companheiro do escritor Ambrose Bierce em “Gringo Velho” (1989). Para encerrar a série, um chihuahua mostra todo o mau-humor da raça na comédia britânica “Um Homem Chamado Ove” (2015).

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Chihuahuas também fizeram participações especiais em “A Dama e o Vagabundo” (1955), “Jogos Vorazes – o Final” (2015), “Terror Tropical” (2012) e até em um filme sul-coreano: “O Gângster, o Policial e o Diabo” (2019).

A participação mais conhecida com certeza é em “Legalmente Loira” (2001), em que um chihuahua interpreta o pocket dog de uma patricinha que pretende estudar Direito na Universidade Harvard.

Um cão da raça é a estrela de “Perdido pra Cachorro”, uma trilogia filmada entre 2008 e 2012. O nome original da franquia, apropriadamente, é “Beverly Hills Chihuahua”.

O padrão da raça

O atual padrão oficial do chihuahua foi revisado pela última vez em 2019. A raça é reconhecida pela maioria das associações cinológicas, inclusive a Federação Cinológica Internacional (FCI) e a Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC).

O chihuahua faz parte do grupo 9 da FCI, que reúne os cães de companhia. Por isso, em competições e exposições oficiais, os cachorros da raça não são submetidos a provas de trabalho. Trata-se de um animal de corpo compacto, com cabeça em forma de maçã e cauda longa.

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O corpo do chihuahua é um pouco mais longo do que alto (na altura da cernelha). Os criadores procuraram desenvolver cães quase quadrados, especialmente os machos. As fêmeas são ligeiramente mais alongadas, por causa das funções reprodutivas.

Com relação ao comportamento, o chihuahua é descrito como um cachorro ágil, rápido, sempre alerta, inquieto e muito corajoso. Quando convive com cães maiores, ele é sempre o primeiro a “soar o alarme” quando surge alguma coisa diferente e não é raro tornar-se o alfa da matilha – o animal dominante do grupo.

Cabeça – o crânio do chihuahua é bem arredondado, em forma de maçã (uma das principais características da raça). O stop é bem marcado, profundo e largo, como resultado da testa saliente, que se insere sobre o focinho.

A trufa, permitida em todas as cores, é moderadamente curta e sempre aponta um pouco para cima. O focinho é curto, mas não achatado. Visto de perfil, o focinho descreve uma linha reta até a ponta, sendo mais largo na base.

Os lábios são secos e aderentes às gengivas. As bochechas, pouco desenvolvidas, são muito secas, quase imperceptíveis.

Os dentes são bem alinhados, com mordedura em torquês ou tesoura. O chihuahua não precisa exibir dentição completa. Prognatismo inferior ou superior e qualquer deformidade no maxilar ou na mandíbula são seriamente penalizados em exposições oficiais.

Os olhos são grandes, redondos e muito expressivos. Um chihuahua não pode exibir olhos esbugalhados nem proeminentes. A preferência é por olhos escuros (castanhos ou pretos), mas olhos claros não são penalizados.

As orelhas são grandes e retas (sem dobras). São largas na base, afinando gradualmente em direção às extremidades, até terminarem em pontas arredondadas. Em atenção, são portadas eretas; em repouso, formam ângulos de 45° para os lados.

Pescoço – a linha superior é ligeiramente arqueada. O comprimento é mediano e se alarga em direção às espáduas. Nos machos, o pescoço é mais largo e grosso.

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A pele no pescoço não pode apresentar barbelas. Nos animais de pelo longo, uma juba que acompanha as vértebras e se espalha para a frente é bastante desejável.

Tronco – é compacto e bem constituído. A linha superior do tronco é reta, paralela ao chão. A cernelha é pouco marcada. O dorso é curto e firme, enquanto o lombo se caracteriza por ser musculoso. A garupa do chihuahua é quase plana, mas permite-se uma ligeira inclinação em direção à cauda.

O peito é largo e profundo, com costelas bem arqueadas. Visto de frente, tem boa amplitude, sem excessos. De perfil, desde até os cotovelos. As costelas não devem apresentar forma de barril.

A linha inferior do tronco se caracteriza pela retração ventral (abdômen esgalgado), que precisa ser bem delineada. Um ventre frouxo é permitido, mas não é desejado.

Cauda – é moderadamente comprida, de inserção alta, larga na base e afinando gradualmente em direção à ponta. A cauda do chihuahua é plana, acompanhando a linha superior do tronco.

O porte da cauda é uma característica importante da raça: quando o cão está em repouso, é portada pendente, em forma de gancho; em movimento, a cauda fica elevada, arqueada ou em semicírculo, com a ponta apontada para o lombo, dando o equilíbrio ideal. Não pode ser portada entre as pernas, nem em caracol abaixo da linha do dorso.

A cauda do chihuahua é totalmente coberta de pelos em todas as faces, sempre em harmonia com a pelagem completa, de acordo com a variedade. Os cães de pelo longo exibem caudas em forma de pluma.

Membros – vistos de frente, os membros superiores aparecem em linha reta com os cotovelos. De perfil, são bem aprumados. Os ombros são secos e um pouco musculosos. A articulação entre as escápulas e úmeros são bem anguladas.

Os cotovelos são firmes e aderentes ao corpo, conferindo liberdade aos movimentos. Os antebraços são fortes e compridos. Os metacarpos, também fortes, são flexíveis e ligeiramente oblíquos.

As patas dianteiras são pequenas e ovaladas, com os dedos separados, mas não abertos (não são “pés de lebre”, nem “pés de gato”). As unhas são encurvadas e longas (outra característica da raça). Os coxins plantares são bem desenvolvidos e elásticos.

Os ergôs, que dificilmente ocorrem entre os chihuahuas, são indesejáveis. Alguns filhotes que nascem com o “quinto dedo” devem tê-los removidos cirurgicamente, preferencialmente nas primeiras semanas de vida.

Os membros posteriores são musculosos, com ossos longos, bem aprumados e paralelos entre si. O chihuahua apresenta excelentes articulações no quadril, joelhos e jarretes, que são bem anguladas e harmônicas.

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Os jarretes são curtos, com tendões bem desenvolvidos, conferindo elasticidade ao chihuahua. Vistas de trás, as pernas traseiras são separadas, retas e verticais em relação ao chão. As patas traseiras exibem características semelhantes às dianteiras.

Movimentação – o chihuahua apresenta passo longo, flexível e elástico, com bom alcance anterior e boa propulsão. Quando o cachorro é visto de trás, os membros posteriores  se mantêm quase paralelos. As patas traseiras se colocam nas pegadas das patas dianteiras.

À medida que a velocidade aumenta, os quatro membros tendem a convergir para uma linha central de equilíbrio. Um chihuahua sempre mostra muita elasticidade e liberdade: ele se move sem esforço, com a cabeça erguida e o tronco firme.

Pele e pelos – a pele do chihuahua é lisa e elástica em toda a superfície corporal. Os cães da raça não apresentam dobras, nem barbelas. A pele se apresenta seca e bem ajustada em todo o corpo.

Todas as cores (e suas combinações) são permitidas para a pelagem, exceto o merle. A maioria dos cães da raça exibe pelos entre o creme e o marrom, mas há chihuahuas pretos, cor de fígado e brancos.

A raça chihuahua tem duas variedades:

pelo curto – a pelagem é rente e bem assentada em todo o corpo. Alguns chihuahuas apresentam subpelo e, nestes casos, os pelos do corpo aparentam ser um pouco mais longos. Uma pelagem escassa no pescoço ou no abdômen é permitida. Em todos os espaços, os pelos são um pouco mais compridos no pescoço e na cauda. A pelagem é brilhante, macia, lisa e uniforme. Não são permitidos cães totalmente sem pelo;

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pelo longo – menos comuns no Brasil, estes cães devem apresentar pelos lisos, finos e sedosos (uma ligeira ondulação é permitida). É desejável um subpelo não muito denso. Os pelos são mais compridos, em forma de franjas, nas orelhas, pescoço, parte traseira dos membros (anteriores e posteriores), patas e cauda. Não são permitidas pelagens encaracoladas, nem com fios excessivamente ondulados.

Tamanho – para os chihuahuas, a altura não é considerada nas exposições e competições oficiais. Exige-se apenas que seja proporcional ao peso, que varia entre 1 kg e 3 kg, mas idealmente deve ficar entre 1,5 kg e 2,5 kg.

As faltas – qualquer desvio dos termos do padrão é considerado como falta e penalizado de acordo com a gravidade e os efeitos para a saúde e o bem-estar dos animais.

As faltas mais comuns são as seguintes:

  • ausência de dentes (especialmente incisivos);
  • dentes duplos (permanência de alguns dentes de leite sobrepostos aos permanentes);
  • maxilar deformado;
  • orelhas terminadas em ponta (não arredondadas nas extremidades);
  • pescoço muito curto;
  • corpo muito longo;
  • dorso selado ou carpeado (lordose ou cifose);
  • garupa baixa ou caída;
  • peito estreito e/ou com costelas achatadas;
  • membros curtos;
  • cotovelos voltados para fora;
  • membros posteriores juntos.

As faltas graves são as seguintes:

  • crânio estreito ou excessivamente achatado;
  • olhos pequenos, profundos ou protuberantes;
  • focinho muito longo;
  • prognatismo superior ou inferior;
  • luxação de patela.

As faltas a seguir desqualificam os chihuahuas para competições e exposições;

  • agressividade ou timidez excessiva;
  • cães com estrutura atípica ou estilizada (cabeça refinada sem a forma de maçã, pescoço muito longo, corpo muito frágil e delicado, membros longos e “corpo de veado”);
  • moleira aberta;
  • orelhas caídas ou curtas;
  • pelo muito longo e fino, com ondulação excessiva, mesmo na variedade de pelo longo;
  • calvície (alopecia) total ou parcial;
  • peso inferior a 1 kg ou superior a 3 kg;
  • pelagem de cor merle.

Os cuidados com a saúde

Apesar do porte pequeno e da aparente fragilidade, o chihuahua é um cachorro robusto e resistente. Trata-se de uma raça muito antiga, que já superou a maioria das anomalias genéticas.

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Vivendo em um ambiente equilibrado, com alimentação adequada, atividades e brincadeiras, aconchego, segurança e carinho, o chihuahua é um dos cães mais longevos: muitos atingem os 20 anos de idade – e até ultrapassam essa marca.

A idade média, no entanto, é de 13 anos. A maioria dos problemas de saúde do chihuahua está relacionada ao pequeno porte. Os cães da raça são mais suscetíveis a quedas e traumas, mesmo de alturas pequenas.

Um dos principais riscos é justamente o manuseio errado. É certo que o chihuahua se parece com um brinquedo, mas ele é um cachorro com características semelhantes às dos dogues alemães e até mesmo às dos lobos selvagens.

Muitas pessoas querem pegar um chihuahua no colo assim que percebem a presença – e a maioria destes cachorrinhos odeia ficar no colo. Não é difícil imaginar os motivos: basta pensar em ficar pendurado a uma altura quatro ou cinco vezes superior à sua. O terror aumenta ainda mais quando se trata de estranhos.

As luxações, contusões musculares e até mesmo fraturas são relativamente frequentes, tanto pelo manuseio incorreto, quanto pelo “desejo de aventura” do chihuahua: ele adora explorar e descobrir coisas novas, mas mesmo um salto do sofá para o chão pode ser perigoso;

Os tutores precisam ficar atentos, mas a melhor recomendação é garantir acesso livre e seguro – os chihuahuas continuarão escalando e explorando. O ideal é garantir que eles façam isso sem se expor a riscos (por exemplo, com banquinhos ou rampas portáteis que facilitem as subidas e descidas).

A saúde mental também precisa estar no radar dos tutores de chihuahuas. Mais uma vez, a aparência frágil, que parece estar sempre pedindo proteção, é enganosa. Para se manter equilibrado, os cães da raça precisam brincar, correr, pular e ter momentos para relaxar e “pensar na vida”.

Nada contra os agrados e mimos – uma das melhores partes de viver com um cachorro é justamente poder agradá-lo e enchê-lo de abraços e beijos. O problema é o excesso. O chihuahua gosta muito de atenção: na verdade, ele adora os holofotes.

Mas ele precisa de educação, adestramento e algumas broncas, quando não respeita as normas da casa. Sem isso, este cãozinho pode se tornar possessivo, ciumento e até mesmo agressivo – dificilmente conseguirá machucar alguém, seriamente, para ele pode se empenhar bastante em tentar.

Sem limites e regras, o chihuahua pode desenvolver alguns transtornos. Ele pode se tornar ansioso, destrutivo e até mesmo deprimido. É preciso lembrar que, mesmo pequenininho, ele é um cachorro – e não um bebê humano.

Em alguns cães, a moleira não se fecha completamente com o desenvolvimento físico. Isso quase sempre é causado por hidrocefalia, uma condição genética relativamente comum nos chihuahuas. O problema requer tratamento contínuo.

O chamado espirro reverso também é frequente no chihuahua. Ele ocorre quando o ar, em vez de ser expelido no caso de obstrução das vias respiratórias, é absorvido e empurrado com força para a traqueia e os brônquios.

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O nome técnico da doença é respiração paroxística inspiratória. Isso dificulta a respiração e produz um som parecido com falta de ar ou asfixia. O problema pode necessitar de tratamento médico, se ocorrer com frequência. O espirro reverso também pode causar colapso da traqueia, além de infecções mais prolongadas e sérias nas vias respiratórias superiores.

Inflamações nas glândulas anais também são comuns. Estas glândulas se situam nas laterais do ânus e enchem-se de gases, que precisam ser expelidos regularmente. Em muitos chihuahuas, a eliminação não ocorre e as infecções passam a exigir atenção médica.

É comum ver cachorros tentando esvaziar as glândulas anais de tempos em tempos: eles esfregam o ânus no chão, como se quisessem espremer as glândulas. Outro sinal são as lambidas frequentes na região.

O tutor pode massagear a região perianal de tempos em tempos, pressionando as glândulas suavemente, para facilitar a expulsão dos gases. Se necessário, é necessário levar o peludo ao médico de tempos em tempos.

Um problema extremamente frequente também está relacionado ao porte do chihuahua: a hipoglicemia. Trata-se da queda do nível de açúcares em circulação na corrente sanguínea. O ideal é limitar as brincadeiras nas duas horas seguintes às refeições, período em que os nutrientes estão sendo absorvidos pelo organismo.

Também é importante conferir se o cachorro está se alimentando direito. Os chihuahuas podem recusar as refeições, especialmente nos dias quentes. A solução para isso é concentrar os exercícios físicos – pegar uma bolinha ou um graveto são boas opções – nos momentos imediatamente anteriores de oferecer alimentos. Cansados e com as reservas energéticas em baixa, os peludos voltam a comer normalmente.

A alimentação do chihuahua

O chihuahua não necessita de uma alimentação especial. Deve apenas receber a quantidade de ração indicada pelo fabricante ou pelo veterinário. E, uma vez que os cães da raça são pequenos por inteiro, inclusive no estômago, recomenda-se fracionar a porção, oferecendo duas ou três refeições por dia.

Os tutores devem concentrar os passeios e as atividades físicas para momentos antes das refeições. O exercício estimula o apetite, especialmente o dos cãezinhos mais “enjoados” (muitos chihuahuas recusam alimento).

Da mesma forma, o chihuahua precisa fazer a sesta depois do almoço e do jantar – nada mais adequado, para um cachorro de origem mexicana, do que fazer “la siesta”. É recomendado que o organismo canino tenha um tempo reservado para a digestão e absorção dos nutrientes.

Perguntas frequentes

Qual o preço de um chihuahua?

O preço varia bastante, mas é possível encontrar filhotes, tanto machos quanto fêmeas, a partir de R$ 1.000, em bons canis de diversas regiões brasileiras.

Atualmente, existe uma tendência de valorização dos cachorros muito pequenos – e chihuahua é uma raça que pode ser facilmente reduzida. Por isso, é possível identificar anúncios de venda de filhotes com valores de até R$ 9.000.

Vale lembrar que os chihuahuas mais desejados pesam entre 1,5 e 2,5 kg. Os indivíduos muito menores quase sempre são portadores de doenças congênitas ou são resultantes de experimentos não muito confiáveis.

Os mais pesadinhos (acima de 3 kg), por outro lado, apesar de não poderem competir em exposições oficiais, também são excelentes companheiros para a família inteira. Filhotes de chihuahuas “grandes” quase sempre são mais baratos.

Como saber se um chihuahua é puro?

Os filhotes de chihuahua apresentam, desde praticamente o nascimento, a cabeça grande – ela é proporcional ao corpo, mas maior do que na maioria das outras raças. O formato de maçã também é uma característica da cabeça dos chihuahuas.

Os olhos dos filhotes já são grandes, sem serem esbugalhados, e também são inseridos longe um do outro. As orelhas precisam ter inserção alta: elas não podem parecer ser um prolongamento do crânio. A ponta das orelhas é sempre arredondada (não é pontiaguda).

O crânio deve ser abobadado (não pode ser chato) e os braços e pernas, mais alongados. É importante observar os pais da ninhada: o formato do pai é quase quadrado (a altura na cernelha é quase igual ao comprimento das espáduas à raiz da cauda).

Há muitos mestiços cujos criadores tentam vender como se fossem de raça pura, especialmente os cruzamentos de chihuahua de pelo curto e pinscher miniatura. Esses filhotes nascem com a cabeça mais achatada, a testa menos proeminente, as orelhas pontudas e menores. Além disso, o focinho é mais alongado e o stop (o ponto de encontro entre a testa e o focinho) é menos pronunciado.

Outra mestiçagem comum é com cães da raça terrier brasileiro (fox paulistinha). Nesses casos, os filhotes são maiores e mais avantajados. O focinho também é mais alongado e o ventre é abaulado.

Por que o chihuahua é bravo?

O chihuahua é um cão possessivo e apresenta um instinto forte de proteção, especialmente com relação à família próxima, que pode incluir gatos e outros cães. É comum que eles tentem tolher os movimentos (especialmente das crianças), mas este comportamento está mais associado à guarda e proteção do que à possessividade.

Os cães da raça não são agressivos. Eles não têm, em sua árvore genealógica, animais criados para a caça, a guarda ou o ataque, por exemplo. O chihuahua é fundamentalmente um cão de companhia e o comportamento esperado deve ser amistoso.

Mas chihuahuas podem ficar bravos especialmente quando são criados como “filhos únicos”, “bebês do coração” ou mesmo quando os tutores tentam evitar qualquer coisa que possa machucá-los.

É importante lembrar que o desenvolvimento emocional adequado depende de uma condição fundamental: é preciso lembrar que eles são cães. Caso sejam tratados no colo, com “detefon, almofada e trato”, é muito provável que eles exibam transtornos comportamentais.

Tratados sempre como bebês desprotegidos, o que eles não são de forma alguma, alguns cães – talvez a maioria – podem desenvolver condutas indesejadas: latidos agressivos, avançadas e eventualmente mordidas, que quase sempre são mais prejudiciais ao cachorro.

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