As 20 raças de cachorros mais queridas no Brasil 

Confira a seguir o ranking das raças mais populares e queridas pelos brasileiros.

Os brasileiros adoram animais de estimação e a maioria escolhe os cachorros como primeira opção – e algumas raças caninas são muito queridas por aqui. O país registra a segunda maior população de cães, gatos e aves ornamentais do mundo (no total de pets, incluindo peixes, anfíbios, répteis, furões e outros, estamos na terceira colocação). 

No total, a população de pets alcança quase 140 milhões no país. Os cachorros são a maioria, de acordo com dados da ABINPET (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação): 54,2 milhões – e as raças mais queridas são as de pequeno porte. Os gatos, na segunda posição, vêm bem atrás, com 23,9 milhões de bichanos vivendo nos lares brasileiros. 

A preferência por cães pequenos – as raças mais queridas – é explicada porque há um número cada vez maior de pessoas vivendo em edifícios: por exemplo, em São Paulo, a maior metrópole do país, mais da metade da população já vive em apartamentos, que, aliás, estão cada vez menores. 

Cachorro é tudo de bom. A lealdade dos nossos melhores amigos é lendária, o que ajuda a explicar por que eles são tão queridos. A maioria dos cães brasileiros não tem raça definida – são os mestiços ou vira-latas, uma espécie de patrimônio nacional. 

Entre os cães de raça, de acordo com registros em entidades oficiais, como CBKC, SOBRACI, ACB, etc., as raças apresentadas a seguir são as mais queridas pelos brasileiros. Os dados são de 2020, os últimos disponibilizados pelas associações cinológicas. 

20. Beagle 

O astro de “O Cão e a Raposa” (desenho animado de 1981) é alegre, expansivo, confiante, corajoso e muito brincalhão. Esta é uma raça desenvolvida para a caça em matilha e, por isso, o beagle gosta muito da companhia do seu grupo familiar. 

O ranking das raças mais queridas no Brasil
Beagle 

Com certeza, o beagle é um cão adorável e não é surpreendente que esteja entre as raças caninas mais queridas do Brasil. Ele gosta de fazer novos amigos, é incansável nas brincadeiras (inclusive com crianças), está sempre ao lado dos tutores e adapta-se a qualquer espaço. Mas ele precisa de atenção e carinho, para não se tornar entediado e destrutivo. 

O beagle é considerado um cachorro teimoso, difícil de ser treinado. Ele não é indicado para tutores sem tempo suficiente para o adestramento. Ele gosta de companhia, que pode ser de humanos ou de outros pets: o beagle sempre encontra um jeito de interagir com a família. 

Os cães da raça são resistentes. Os problemas de saúde mais comuns são relacionados aos olhos. As dermatites são relativamente recentes (especialmente na região das orelhas longas e caídas), mas, em geral, o beagle é saudável e alcança com facilidade os 15 anos ou mais. 

19. Border collie 

A raça é considerada a mais apta ao adestramento. O border collie ocupa o topo do ranking, de acordo com o livro “A Inteligência dos Cães”, do psicólogo americano Stanley Coren, uma espécie de bíblia sobre o assunto. A capacidade de aprendizado garante espaço para o border collie na propaganda e até mesmo em novelas e séries, o que contribuiu para a popularidade da raça. 

O ranking das raças mais queridas no Brasil
Border collie 

O border collie é muito brincalhão, mas atende prontamente aos comandos dos tutores. Ele é dócil e amigável com todos os membros da família, adora companhia e é muito carinhoso. É também um cachorro saudável e ativo: os tutores precisam dispor de tempo para atender a todas as necessidades físicas destes cães. 

Por todas estas características, o tutor do border collie precisa ter tempo para passeios, sessões de treinamentos, brincadeiras, etc. Ele precisa de espaço, já que adora aprender e se exercitar – diversos cães da raça são campeões de corrida, agility, etc. 

O border collie quase nunca fica doente. Ele é saudável, rústico e muito resistente. Os candidatos a tutores devem prestar atenção apenas aos cães azul-merle, porque o gene que determina a pelagem salpicada e os olhos porcelanizados também está associado a alguns distúrbios de audição e visão.  A pelagem longa e fina, que facilita a retenção de umidade, exige cuidados diários. 

18. Buldogue francês 

É mais um nanico que vem conquistando as preferências dos brasileiros. O buldogue francês apresenta ser frágil e carente. Efetivamente, ele gosta muito de carinhos e agrados. Não se trata de um animal frágil, mas certamente não é o mais resistente e rústico. 

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Buldogue francês 

O buldogue francês descende de buldogues ingleses rejeitados pelos criadores, ainda no século 19, por causa do porte pequeno e da aparência frágil (na época, o primo inglês era usado em lutas de animais). Na França, a raça se desenvolveu caçando ratos, que infestavam Paris, até que caíram nas boas graças dos boêmios da cidade. 

Os cães da raça, pequenos e muito carinhosos, podem viver em pequenos apartamentos, mas precisam de atenção e companhia. Eles não demandam exercícios físicos intensos, mas precisam ser estimulados, porque apresentam tendência à obesidade. Apesar de carente, o buldogue francês pode passar algumas horas sozinho, desde que tenha atividades para desenvolver. 

Esta é mais uma raça braquicefálica, que quase sempre apresenta transtornos respiratórios. Além disso, o buldogue francês é suscetível a alergias e a problemas oculares. O porte pequeno pode exigir algumas adaptações, como degraus para subir em sofás e camas, evitando, desta forma, as quedas, que podem deixar sequelas graves. 

17. Dachshund 

O popular salsicha continua popular, mas o apogeu da raça, entre os brasileiros, aconteceu nos anos 1990, quando um cão da raça estrelou uma campanha de divulgação de peças automotivas. Pequeno e comprido, ele atrai a atenção por causa do porte inusitado. 

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Dachshund 

Apesar de pequeno, o dachshund é extremamente ativo e está sempre atento. Ele foi desenvolvido como cão de caça miúda e, por isso, os tutores não devem se surpreender se “ganharem um prêmio”, como ratos e passarinhos. 

Com o corpo alongado, o dachshund pode sofrer com problemas na coluna vertebral. A raça não é conhecida por ser dócil e amigável – estes cães são desconfiados com estranhos e preferem o sossego do recesso familiar, mas podem ser bons parceiros para outros pets. 

Quando sentem dor, no entanto, os dachshunds podem mostrar um tremendo mau humor. Quase todos os adultos sofrem com dores lombares e, geralmente, eles se escondem durante as crises. Felizmente, na maioria dos casos, bastam alguns minutos de descanso para eles superarem o sofrimento e voltarem às correrias e explorações. 

Um dachshund passa boa parte do tempo farejando rastros, mesmo que more em um apartamento a algumas dezenas de metros acima do térreo. Ele aprecia longos passeios, mas o passo quase sempre é o trote lento, com muitas paradas pelo caminho. 

16. Golden retriever 

Entre os cães de porte médio e grande, o golden retriever ocupa o primeiro lugar entre as raças mais queridas pelos brasileiros. Dócil, elegante e profundamente devotado, ele também é confiante, equilibrado e dotado de raciocínio rápido. 

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Golden retriever

A preferência pode ser explicada facilmente. Apesar de ser um cachorro grande, o golden retriever revela sempre um aspecto nobre e altivo. Ele é capaz de circular por uma loja de cristais sem provocar grandes estragos. Além disso, ele é capaz de se adaptar a espaços pequenos, desde que tenha atividades diárias moderadas a intensas. 

Carinhoso e obediente, o golden retriever exige cuidados com a pelagem longa e sedosa e com os dentes (ele é ainda mais propenso a desenvolver a placa bacteriana do que outras raças caninas). É preciso escovar a pelagem diariamente – e o tutor deve esperar muitos pelos espalhados pela casa, durante o ano inteiro. A higiene bucal precisa ser feita pelo menos a cada dois dias. 

O fator mais atraente da personalidade do golden retriever é o equilíbrio: ele nunca demonstra medo ou raiva, qualquer que seja a situação. Esta qualidade o torna o cão ideal para trabalhar como guia de pessoas portadoras de deficiência e também como auxiliar terapêutico. É um dos cães mais empregados em orfanatos, hospitais e casas de apoio a idosos. 

15. Husky siberiano 

É mais um cão de grande porte que consegue se adaptar a pequenos espaços. Mas, neste caso, a exigência de exercícios físicos é ainda mais preponderante: o husky siberiano foi desenvolvido para ser um cão de tração: algumas matilhas de cães da raça ainda arrastam trenós pelas planícies do Alasca. 

O ranking das raças mais queridas no Brasil
Husky siberiano

As jornadas de trabalho excessivas talharam um cachorro forte, rústico e resistente. O husky siberiano é também extremamente cooperativo, sendo indicado para famílias numerosas. Ele adora crianças, mas não deve ser deixado sozinho com elas, por causa da força física e também por causa do “excesso de entusiasmo”, que pode acabar causando acidentes. 

O husky siberiano é saudável e resistente. Alguns cães da raça apresentam deficiência de zinco (eles têm dificuldade para absorver o nutriente), que se revela através de dermatites e, com menor frequência, em transtornos da tireoide. 

Em baixas latitudes (como é o caso do Brasil), o husky siberiano pode apresentar problemas oculares, em função da maior exposição ao Sol, que também pode causar desidratação, especialmente considerando que os cães da raça apresentam pelagem densa, longa e espessa. 

O husky siberiano solta muitos pelos durante o ano inteiro e precisa de escovações diárias para eliminar a sujeira, o excesso de umidade e os nós que se formam entre os pelos. Os tutores podem classificar a tarefa como uma “atividade terapêutica”. 

14. Lhasa apso 

Mais um cãozinho preferido dos brasileiros. Ele é pequeno, peludo e fofinho, mas não pode ser considerado frágil. Tampouco, é descrito como extremamente dependente dos tutores. O lhasa apso costuma ser autônomo e muitas vezes é considerado teimoso. Por outro lado, é um excelente cão de guarda. 

O ranking das raças mais queridas no Brasil
Lhasa apso 

Naturalmente, em função do pequeno porte, o lhasa apso deve ser considerado apenas uma sentinela da casa. Ele sempre é o primeiro a dar o alerta de que alguma coisa está errada, mesmo que haja outros cães na residência. 

A raça é indicada para apartamentos e pode passar algumas horas por dia sem a companhia dos tutores, apesar de o mais indicado ser adotar mais um pet. O lhasa apso é muito brincalhão e extrovertido, capaz de inventar novas brincadeiras. Efetivamente, é um cão surpreendente. 

A pelagem densa e farta precisa ser escovada pelo menos a cada dois dias, para retirada de poeira, pelos mortos e excesso de umidade. O lhasa apso é inteligente, mas é teimoso na mesma medida, exigindo tutores com paciência e persistência para aprender pelo menos os comandos básicos (quase sempre, ele encontra um jeito “sui generis” para fazer as coisas). Os cães da raça não costumam apresentar problemas significativos de saúde. 

13. Lulu da Pomerânia 

É a variedade mais comum da raça spitz no Brasil, na qual também se incluem o quase desconhecido keeshond (spitz lobo) e o spitz alemão (grande, médio e pequeno), com alguns criadores no país. O lulu da Pomerânia é o spitz alemão miniatura e, de acordo com o padrão oficial, “não deve apresentar traços característicos de nanismo”. 

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Lulu da Pomerânia 

Alguns estudiosos acreditam que o spitz alemão é uma das raças caninas mais antigas do mundo: ele seria descendente direto de cães da Idade da Pedra europeia (Canis familiaris palustris). Com toda a certeza, o lulu é a raça mais antiga da Europa Central. 

O pequeno porte não impede que o lulu seja um cão ativo, atento e cheio de energia. Ele atrai principalmente por causa da beleza da pelagem, em que o abundante subpelo se destaca, ajudando a compor a juba (rufo) ao redor do pescoço e a cauda espessa, orgulhosamente portada sobre o dorso. 

A cabeça de raposa do lulu da Pomerânia confere um ar inteligente e um pouco atrevido. As orelhas pequenas, triangulares e pontiagudas demonstram a curiosidade e a atenção constante dos cães da raça. O focinho longo, com trufa preta proeminente, completa a cabeça deste cãozinho elegante e nobre. 

O lulu da Pomerânia é extremamente fofo. Dá vontade de carregar um animal tão pequeno no colo o tempo todo, mas os tutores não devem esquecer que ele é um caçador e, sobretudo, um grande explorador. Os cães da raça são saudáveis, latem bastante (o que pode ser um problema em apartamentos e casas pequenas) e muito ativos. Os maiores cuidados são: garantir atividade física e proteger contra quedas e outros acidentes. 

12. Maltês 

Pequeno e fofinho, o maltês tem a pelagem toda branca (alguns exemplares podem exibir os pelos cor de marfim). É também uma raça muito antiga, descendente de cães levados à ilha de Malta pelos mercadores fenícios há mais de três mil anos. Ele é o ascendente comum de todos os bichons (originalmente, “barbichons”). 

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Maltês

O maltês adora colo, mas é também um excelente guardião e sempre se destaca em competições esportivas. Muito brincalhão e afetuoso, ele adora companhia, inclusive de crianças, mas pode se tornar dominante se não receber o adestramento adequado desde filhote. 

Trata-se de um cachorro leal, afetuoso com toda a família e muito tolerante com pessoas estranhas. O maltês quase sempre se mostra equilibrado, raramente é agressivo e goza de boa saúde, explicada pelos longos anos de isolamento no Mediterrâneo central: apenas os exemplares mais aptos sobreviveram às inúmeras doenças que afetaram a ilha em tantos séculos. 

O maltês late bastante, inclusive para denunciar possíveis coisas erradas ao seu redor. Ele gosta de crianças, mas as atividades devem ser supervisionadas: ele nunca faz gestos bruscos, mas faz questão de defender o seu espaço. 

11. Pastor alemão 

Nas décadas de 1950 e 1960, ele era o exemplo de “cachorro de raça”. Muitas vezes nomeado apenas como cão policial, o pastor alemão se tornou popular não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, graças à versatilidade que sempre apresentou. 

O ranking das raças mais queridas no Brasil
Pastor alemão 

Criado para o pastoreio, os cães da raça já foram empregados em operações policiais e de guerra, resgate, rastreio de drogas, armas e contrabando. Atualmente, a maioria é adotada como cão de guarda, mas o pastor alemão é um excelente companheiro, sempre equilibrado e focado. 

Quem quer um cão para se exercitar certamente ficará satisfeito ao adotar um pastor alemão. Forte e resistente, ele gosta de correr, saltar obstáculos, encontrar o rastro e perseguir presas, identificar objetos e brinquedos diferentes, etc. 

Excelente companheiro de toda a família, o pastor alemão precisa de espaço suficiente para as atividades físicas e de adestramento desde filhote, para evitar o desenvolvimento de comportamentos indesejados. 

Os problemas de saúde da raça são aqueles comuns aos cães de grande porte: displasia de quadril, megaesôfago, torção gástrica, etc. Ele também pode apresentar problemas na coagulação sanguínea e os idosos podem desenvolver distúrbios oculares, como glaucoma e catarata. 

10. Pinscher miniatura 

Este nanico não sabe o tamanho que tem e está sempre pronto para avançar contra qualquer ameaça (real ou suposta) que ronde a sua família. Bastante desconfiado com pessoas estranhas, o pinscher miniatura é um encanto para todos os membros da “sua matilha”. 

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Pinscher miniatura

Extremamente inteligente, o pinscher miniatura pode aprender truques com facilidade, além de assimilar os comandos básicos logo na primeira semana de convivência. A pelagem curta e assentada não requer grandes cuidados e, naturalmente, ele cabe em qualquer lugar – quase sempre, ele “elege” o colo do tutor como local predileto. 

Por outro lado, é um cachorrinho barulhento, friorento (é preciso providenciar algumas roupinhas e cobertores) e pode se tornar muito ciumento em relação aos tutores, podendo inclusive avançar contra outras pessoas. 

O pinscher miniatura é saudável e resistente, um dos campeões de longevidade do mundo canino, com alguns indivíduos ultrapassando os 20 anos de idade. Os filhotes podem sofrer com dentes encavalados e os idosos, com transtornos oculares. 

09. Pitbull 

Apesar da fama de mau, o pitbull também é encontrado em grande número de residências brasileiras. Ele é dócil e muito apegado aos tutores, mas precisa ser educado desde filhote, especialmente nos treinamentos de obediência, para evitar o desenvolvimento de comportamentos indesejados (agressividade e ataques, particularmente a outros cães). 

O ranking das raças mais queridas no Brasil
Pitbull 

Em qualquer idade, o pitbull é um cachorro agitado e curioso. Ele precisa consumir as elevadas doses de energia com que é dotado – do contrário, pode se tornar violento, destrutivo e muito teimoso. É uma raça indicada para tutores atléticos, que gostam de atividades físicas mais intensas: o pitbull pode ser um excelente parceiro para a malhação. 

O pitbull prefere ser filho único. Ele costuma tolerar a presença de pets de outras espécies, mas tende a ser implacável com outros cães – a raça foi desenvolvida para lutar em rinhas (“pit”, em inglês) e pode se envolver em muitos problemas, a menos que seja acostumada a ter “colegas de quarto” desde filhote. 

O pitbull é resistente, saudável e muito companheiro. Recebendo o treinamento adequado, estes cães sempre se revelam amigáveis, inclusive de crianças (mas é necessária a supervisão de adultos na interação). Em tempo: os cães da raça não são indicados para a guarda. Atualmente, o pitbull é adotado basicamente para companhia. 

08. Poodle 

É um dos cães mais inteligentes, quando se trata do aprendizado de comandos de obediência e também de truques mais sofisticados. Originalmente, o poodle era um cão de trabalho (ele recuperava aves abatidas por caçadores, que caíam nas lagoas frias do leste francês). Rapidamente, no entanto, ele passou a se apresentar em circos e teatros, revelando graça e agilidade. 

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Poodle 

Atualmente, o poodle é basicamente um cão de companhia. Uma das vantagens da raça é que ele apresenta tamanhos diferentes e os tutores podem optar pelo porte mais adequado, de acordo com as preferências. O padrão oficial indica quatro variedades da raça: toy, miniatura, médio (standard) e grande (gigante). Os menores não atingem 28 cm de altura, enquanto os maiores podem ultrapassar os 60 cm. 

A raça é bastante antiga e rústica. Por isso, a maioria das linhagens já superou os problemas de saúde congênitos. Os maiores podem sofrer com displasia de quadril, enquanto os pequenos são bastante suscetíveis a traumas (choques, quedas, etc.). O pelo, apesar de farto, denso e crespo, não exige muito trabalho além de tosas regulares. A clássica é a preferida por alguns tutores, mas o corte carequinha é o mais indicado para lugares quentes, como o Brasil. 

07. Pug 

O número de registros do pug vêm crescendo ano a ano no país. A raça é bastante antiga, tendo sido desenvolvida há mais de mil anos na China, onde os cães de trufa arrebitada eram muito apreciados. O pug chegou à Europa no século 15, através de mercadores da Companhia Holandesa das Índias Orientais. 

O ranking das raças mais queridas no Brasil
Pug 

De aspecto quadrado e muito robusto, o pug na verdade é um cão bastante frágil: entre os cães braquicefálicos, é a raça que mais sofre com problemas de deficiência cardíaca e respiratória. Os olhos esbugalhados também determinam a ocorrência de diversos problemas oculares. 

O pug é dócil, sociável, esperto, brincalhão e muito tranquilo: a escolha perfeita para quem vive em apartamentos e tem uma agenda muito corrida. Ele também não suporta atividades físicas muito intensas. Pequeno e leve, é o companheiro ideal para crianças e também para idosos. 

Mesmo assim, ele precisa ser incentivado aos exercícios físicos, para evitar sobrepeso e obesidade, que comprometem ainda mais as condições de saúde. Passeios curtos e brincadeiras leves são suficientes para manter um pug com a silhueta perfeita. 

06. Retriever do Labrador 

Elegante e inteligente, o retriever do Labrador é muito popular no país, perdendo em número de registros apenas do pastor alemão e do golden retriever. Os cães da raça podem ter três cores diferentes: amarelo (do bege ao dourado), fígado (do ruivo ao chocolate) e preto. 

O ranking das raças mais queridas no Brasil
Retriever do Labrador 

O retriever do Labrador se adapta a qualquer ambiente, mas precisa de uma rotina intensa de exercícios físicos: longos passeios diários, brincadeiras (ele adora esportes aquáticos) e, quando possível, aulas de adestramento mais sofisticadas. 

Isolado e sem atividades, o retriever do Labrador pode se tornar entediado e destrutivo. Alguns exemplares, sem a educação adequada, os cães da raça podem demonstrar agressividade e irritação. Felizmente, são inteligentes e muito abertos aos treinamentos. Eles gostam de companhia e estão sempre partilhando o dia a dia com os tutores. 

Mesmo sendo um cão de porte médio para grande, o retriever do Labrador não é um “cão de quintal”. Ele gosta de partilhar as atividades da família e, mesmo quando os tutores não estão fazendo nada especial, lá está o cachorro ao lado, nem que seja para uma soneca ou cafuné. Mas ele gosta mesmo é de correrias, saltos e brincadeiras: certamente, é um cachorro bagunceiro. 

A saúde do retriever do Labrador é quase perfeita. Ele pode ter displasia de quadril, mas a maioria das linhagens atuais já superou o problema. Outros distúrbios ortopédicos são relativamente frequentes. 

05. Rottweiler 

Ele é popular no mundo inteiro, sendo adotado principalmente como cão de guarda. No entanto, o rottweiler, ao longo da sua história, já foi empregado em diversas funções. Ele foi pastor, boiadeiro, cão de tração (puxava carroças) e atuou em ações policiais e de resgate. 

O ranking das raças mais queridas no Brasil
Rottweiler 

O rottweiler é tido como um cachorro agressivo, mas tudo depende da forma como é criado. Ele é naturalmente desconfiado com pessoas estranhas, principalmente porque é um guardião excelente. De qualquer maneira, o tutor precisa ser experiente, com boa capacidade de liderança. 

Além disso, é importante conduzir o rottweiler, em espaços públicos, com focinheira e guia curta, para evitar acidentes. Ele nunca deve ser conduzido por crianças e pessoas fragilizadas. É um excelente cão de guarda, para residências e empresas. O rottweiler precisa de espaço para explorar, sendo indicado para casas com quintais amplos. Mas ele deve ter sempre a presença dos tutores, para se tornar mais equilibrado e focado. 

04. Schnauzer 

Ele se apresenta em três tamanhos: standard (de 45 cm a 50 cm de altura), gigante (de 60 cm a 70 cm) e miniatura (de 30 cm a 45 cm). O schnauzer miniatura figura na lista das raças mais queridas pelos brasileiros. Mesmo assim, os animais maiores podem viver em espaços limitados, desde que tenham atividades físicas diárias, que podem ser moderadas. 

O ranking das raças mais queridas no Brasil
Schnauzer 

O pelo do schnauzer é duplo, com subpelo espesso e pelagem de cobertura dura, de arame e densa, não muita curta, mas deitada no corpo. A versão miniatura é a que apresenta maior variedade das cores: os cães da raça podem ser pretos, brancos, sal e pimenta e preto e prata. A barba e as sobrancelhas cerradas são as principais características do schnauzer. 

Brincalhão e muito ativo, o schnauzer é um dos cães mais inteligentes, quando se fala em adestramento e obediência. Os cães da raça podem se mostrar independentes e um pouco teimosos, mas isto pode ser uma vantagem para quem passa muito tempo fora de casa. 

Eles são verdadeiros guardiães, apresentando forte senso de defesa em relação à família e à casa. O schnauzer é curioso, principalmente quando se trata de encontrar petiscos e guloseimas, um ponto que facilita os treinamentos. 

A raça é bastante saudável. O schnauzer é um cão rústico e forte, mesmo na variedade miniatura. A pelagem é o ponto que requer mais atenção, porque pode reter umidade e provocar alergias e dermatites. Os cães maiores são igualmente suscetíveis a displasias de quadril. 

03. Shih tzu 

Esta é a raça com maior número de registros (pedigree) nos órgãos oficiais. Isto significa que shih tzu é a raça mais querida pelos brasileiros. Estes cães são muito apegados (verdadeiros chicletinhos). extrovertidos, sociáveis, brincalhões e muito fiéis à família, apesar de uma certa teimosia. 

O ranking das raças mais queridas no Brasil
Shih tzu 

Além de pequenos (atingem de 25 cm a 30 cm de altura na cernelha), os shih tzus também são indicados para quem não tem muito tempo para atividades físicas: um passeio diário de 20 minutos e algumas brincadeiras durante o dia são suficientes para manter os cães da raça em boa forma. 

O shih tzu é um cão braquicefálico e também apresenta os globos oculares muito expostos. Por isso, são relativamente comuns os distúrbios cardiorrespiratórios e oftalmológicos. Com menor frequência ele também pode apresentar problemas com a dentição. No geral, os cães da raça gozam de boa saúde e, bem cuidados, podem atingir até 15 anos de vida. 

02. Yorkshire terrier 

Não se deixe levar pelo porte minúsculo: o yorkshire terrier é um cão ativo, agitado, confiante, muito inteligente e precisa de muita atividade física, que quase sempre se resume a buscar uma bolinha arremessada ou dar um passeio em volta do quarteirão. 

O ranking das raças mais queridas no Brasil
Yorkshire terrier 

O yorkshire terrier faz parte do Top Five das raças mais queridas pelos brasileiros. Os cães da raça são leais, corajosos e defensores; por isso, são ideais para casas com crianças. Eles se adaptam a diferentes espaços e estão sempre farejando e investigando. 

Estes cães dão um pouco de trabalho com a manutenção dos pelos, que são finos, leves e compridos. Sem escovações e tosas regulares, eles podem ficar cobertos por nós. E, como todo cachorro pequeno, o yorkshire terrier apresenta tendência a displasias de cotovelo e problemas ortopédicos, quase sempre causados por traumas. Fique atento aos pais e avós, porque muitas linhagens sofrem com transtornos oculares. 

01. Vira-lata 

Ele é a preferência nacional, o mais querido dos brasileiros. O motivo de tanta predileção é a variedade: existem cães sem raça definida (SRD) peludos e carequinhas, de diversos pesos e alturas. Ao ver um filhote vira-lata, nunca se sabe como ele será quando atingir a idade adulta, mas isto não parece ser um problema para os criadores. 

 O ranking das raças mais queridas no Brasil
Vira-lata 

Os cães mestiços (parcial ou totalmente) quase sempre têm as características comportamentais atenuadas. Por isso, é difícil encontrar um vira-lata agressivo, dominante ou territorialista, apesar de a atitude depender, em grande parte, da educação oferecida pelos tutores. 

Além disso, os SRD também costumam ser mais saudáveis e resistentes, uma vez que os genes determinantes das doenças hereditárias quase sempre são recessivos (na mistura, eles não se manifestam). Um cachorro vira-lata pode viver mais de 15 anos, mas sempre vale a regra: os pequenos vivem mais do que os grandalhões.

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