Cachorro pode comer pera?

Está preocupado com a dieta alimentar do cachorro? Descubra a seguir se ele pode comer pera.

Frutas, verduras e legumes são bem-vindos no cardápio dos cachorros, mas os tutores não devem esquecer que eles são animais preferencialmente carnívoros. Isto significa que eles se alimentam principalmente de carne, mas a nutrição é suplementada por alguns vegetais. A fruta é um deles: sim, cachorro pode comer pera.

É importante pensar que a dieta deve ser equilibrada e que as necessidades nutricionais dos cachorros variam de acordo com a idade, sexo, porte e nível de atividade física. Por isso, nem tudo aquilo que faz bem para o animal do vizinho pode ser oferecido para o seu melhor amigo.

Uma velha conhecida

A pera teve origem na Ásia, provavelmente na China, de onde se espalhou para a Índia, Pérsia e Oriente Médio. Gregos e romanos antigos se encarregaram de espalhar a fruta por toda a costa do mar Mediterrâneo, do Líbano ao Marrocos.

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A pereira se aclimatou especialmente bem na península Ibérica, de onde veio para o Brasil, onde é consumida em larga escala durante o ano todo. Por aqui, as variedades mais comuns são a Willians, a portuguesa e a pera d’água. Uma curiosidade: em Portugal, a fruta que chamamos de “portuguesa” é conhecida como “pera rocha”.

As propriedades da pera

A fruta é facilmente absorvida pelo organismo canino e também é pouco calórica: fornece 53 calorias a cada 100 gramas (o equivalente a uma pera pequena). Ela contribui para ativar a circulação sanguínea e reduzir a pressão arterial.

Por ser muito rica em fibras, a pera retarda a absorção dos açúcares e é uma boa opção para combater a prisão de ventre, condição frequente em alguns cachorros, além de aliviar alguns processos inflamatórios no intestino e na bexiga.

A fruta também fornece vitaminas A, C, K e do complexo B. É também fonte de cálcio, enxofre, ferro, fósforo, magnésio, potássio e silício. O magnésio é facilmente eliminado através da transpiração, mas é fundamental para manter a frequência dos batimentos cardíacos e a regularidade das contrações musculares. O mineral também colabora na transmissão de informações entre os neurônios e na metabolização de proteínas e açúcares.

Uma vez que seja bem aceita pelos cachorros, a pera pode se tornar um auxiliar importante na regularização do trânsito intestinal e no controle de peso. A fruta é rica em pectina, um tipo de fibra que aumenta o volume do bolo fecal e estimula os movimentos do intestino.

Outras substâncias presentes na pera, como catequina e ácido cafeico, apresentam propriedades antioxidantes e previnem o envelhecimento precoce, processo relativamente comum entre os cães de grande porte.

A vitamina C, que também é um antioxidante, fortalece o sistema imunológico e reduz as infecções, especialmente nas vias respiratórias, como gripes e resfriados. A substância também auxilia no combate a processos alérgicos.

As peras e os cachorros

Nós podemos usar a fruta para controlar o peso (ou para perder os quilos extras). Entre as refeições, a pera prolonga a sensação de saciedade. Em outras palavras, a fome demora mais para dar os sinais. Nesses momentos, é igualmente possível partilhar um pedaço de pera com os peludos, sempre “interessados” em saber o que nós estamos comendo.

O principal benefício para os peludos, é exatamente o fato de partilhar uma “refeição” com o seu humano. Os cachorros estão sempre pedindo um pouco do que estamos degustando, não tanto para saciar a fome, mas para partilhar o momento.

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As rações disponíveis nas pet shops, como regra geral, já fornecem todos os nutrientes necessários para os cachorros, não sendo necessária nenhuma suplementação, a não ser por indicação médica.

A pera e outras frutas, desta maneira, surgem como um prêmio especial. Ela pode ser usada durante o treinamento, ou em momentos especiais, em que o cachorro merece um agrado. Mesmo assim, a pera oferece pouco sódio e quase nenhuma gordura e, por isso, o cachorro pode comer sem medo.

Os minerais e vitaminas da pera podem ajudar o organismo canino em suas diversas funções. Quase sempre, as necessidades nutricionais já estão contempladas com uma ração de boa qualidade, mas a fruta contribui para a boa saúde.

Vale lembrar que o excesso de minerais e vitaminas, assim com a sua carência, pode causar problemas e prejudicar a saúde dos animais de estimação. Por isso, a oferta de qualquer petisco extra precisa ser feita com moderação. Como regra geral, o peso dos “extras” não deve ultrapassar 10% do total calórico diário.

Os cachorros normalmente preferem as frutas de consistência mais firme e rígida, “feitas para morder”. No caso, a pera portuguesa ou a Willians. A fruta pode ser dada com casca, que, com o cabinho, é justamente a parte mais rica em fibras.

As sementes da pera, no entanto, contêm algumas substâncias tóxicas para os cachorros (ocorre o mesmo com a maçã). Além disso, elas podem causar obstruções intestinais e até engasgos, no caso de cães de pequeno porte.

Por isso, as sementes precisam ser retiradas antes de oferecer a fruta para os cachorros. A parte da polpa mais próxima também deve ser raspada, especialmente quando está escurecida. Os gases contidos nas sementes podem escapar e espalhar-se pela polpa.

Se um cachorro engolir uma pera inteira, no entanto, não há motivo para pânico: não se trata de uma emergência médica. Basta observá-lo nas horas seguintes; é possível que ele sinta algum desconforto estomacal leve, que desaparece em poucas horas.

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