18 vegetais tóxicos para cachorros

Vegetais são excelentes complementos para cachorros, mas alguns são tóxicos. Confira quais.

Oferecer vegetais para os cachorros – frutas, verduras e legumes – é sempre uma boa opção. São alimentos ricos em vitaminas e sais minerais, que proporcionam uma boa nutrição para os pets. Os tutores, no entanto, precisam ficar atentos, porque alguns vegetais são tóxicos para cachorros.

Evite oferecer alimentos preparados para consumo humano para os pets. O sal de cozinha é prejudicial ao organismo e os óleos vegetais são dispensáveis na dieta canina. Além disso, o excesso de gordura e de condimentos provoca reações diversas.

Os vegetais são úteis para fazer um agrado aos pets, para ajudar no adestramento (que tal substituir os snacks industrializados por palitos de cenoura) e ajudam na regularização do trato intestinal. A alface, por exemplo, quase não tem calorias, é rica em fibras e faz uma boa limpeza no organismo. Mas alguns vegetais são tóxicos e precisam ficar longe das tigelas dos cachorros.

vegetais tóxicos para cachorros

Os venenos

Muitos tutores já perceberam os benefícios de oferecer uma alimentação natural para os cachorros. É preciso dispor de tempo, paciência e algumas habilidades culinárias, mas um cardápio balanceado feito em casa está livre de corantes e conservantes industriais, e mesmo de alguns cortes de carnes que consideramos inadequados.

Alguns ingredientes precisam ficar longe das receitas. Confira os vegetais tóxicos para cachorros

abacate – a fruta é muito gordurosa e precisa ficar de fora do cardápio dos animais com sobrepeso ou obesidade. O maior problema do abacate, no entanto, está na persina, uma substância usada em fungicidas (presente na casca, polpa e semente) responsável por vômitos e diarreias que podem inclusive causar lesões gastrointestinais. Em animais de pequeno e médio porte, a persina danifica as fibras musculares, inclusive do coração, podendo levar a uma necrose;

alho e cebola – os temperos mais frequentes na nossa culinária são tóxicos para os cachorros (e também para os gatos). Eles são ricos em alicina e tiossulfato, que, nos pets, causa anemia hemolítica. É a destruição dos glóbulos vermelhos, responsáveis pela distribuição de oxigênio para as células. A intoxicação é gradual e o teor de alicina ou tiossulfato é mais nos ingredientes crus;

ameixa, damasco e pêssego – problema não está na polpa, mas nas sementes, que contêm cianeto, um composto de carbono e nitrogênio potencialmente letal. O caule e as folhas das árvores também são ricos na substância tóxica. As sementes grandes também podem causar obstrução intestinal, um tipo de emergência veterinária;

batata e tomate verdes – o tubérculo e a fruta ainda não maduros são ricos em solanina, que, mesmo em doses pequenas, provoca alterações gastrointestinais (dor abdominal, vômitos e diarreias) e neurológicas (perda de coordenação motora, vertigens, dores de cabeça). Os sintomas costumam aparecer oito horas depois da ingestão (mais rapidamente nos cachorros pequenos). Apenas 2 mg de solanina por quilo de peso corporal são suficientes para causar os transtornos;

café – dificilmente alguém pensaria em dar café para um cachorro, mas eles podem lamber xícaras deixadas à mão e, em alguns passeios, podem decidir comer algumas frutas frescas do cafeeiro. A cafeína, também presente no chá preto, verde e branco, provoca alterações neurológicas (hiperexcitação, desorientação, vertigens) e cardíacas (arritmias), que podem levar a sérias deficiências no curto prazo;

coco – é mais um fruto extremamente calórico, que deve ficar longe da dieta dos cães -gordinhos. Além disso, o coco provoca desconforto abdominal, dores de estômago, retenção de líquidos (com o consequente inchaço) e diarreias, que podem ser fatais para os pequenos. Água e óleo de coco, por outro lado, não têm contraindicações;

cogumelos – os fungos culinários (shitake, shimeji, portobelo, cogumelo paris, etc.) podem ser oferecidos com moderação, mas é preciso ficar atento, porque alguns pets não conseguem digeri-los, por serem muito ricos em fibras, que acabam estacionando no intestino. Nunca ofereça cogumelos em conserva (geralmente em salmoura), porque o sal não faz parte da dieta canina. As espécies silvestres de cogumelos não devem ser oferecidas, porque podem ser tóxicas e levar à morte em poucas horas. Além disso, algumas espécies comestíveis podem absorver toxinas do ambiente em que se desenvolvem;

macadâmia – esta oleaginosa vem sendo recomendada para o consumo humano, mas precisa ficar longe dos pets. Cinco ou seis nozes são suficientes para matar um cão de médio porte. A macadâmia provoca depressão, tremores e convulsões e também afeta o sistema digestório, com dores abdominais e vômitos. Uma única noz pode elevar a temperatura corporal dos cachorros, causando desconforto e perda de fôlego;

maconha e tabaco – as duas folhas são tóxicas para cães e gatos. A nicotina do tabaco provoca vômitos, tremores e morte. A maconha é menos ofensiva, mas desencadeia incontinência urinária, fraqueza, letargia, perda da coordenação motora, redução da frequência cardíaca, dilatação das pupilas e vômitos;

plantas ornamentais – elas causam de alergias a paradas cardiorrespiratórias. As plantas tóxicas são: antúrio, avenca, azaleia, barriga-de-sapo, comigo-ninguém-pode, copo-de-leite, coroa-de-cristo, costela-de-adão, crista-de-galo, espada-de-santa-bárbara, espada-de-são-jorge, espirradeira, hortênsia, jiboia, lírios (inclusive o lírio-da-paz), manacá-de-jardim, mamona, palmeira-sagu, rosa-do-deserto, samambaias, tulipas e violetas. Evita cultivá-las ou mantenha os vasos longe do alcance (e da curiosidade) dos pets;

ruibarbo – esta é uma verdura muito usada na culinária oriental, mas, nos cachorros, o consumo prejudica a absorção do cálcio, prejudicando ossos, articulações e tendões. O consumo por tempo prolongado aumenta o teor do mineral no sangue e compromete o funcionamento dos rins, levando à insuficiência e, em casos raros, à morte;

sementes de frutas – especialmente as de cereja, maçã e pera, mais fáceis de serem ingeridas pelos cachorros. As sementes contêm cianeto (no caso das cerejas, a casca também), que induz a insuficiência respiratória e pode levar à morte, especialmente nos cachorros pequenos. A groselha, pouco consumida in natura no Brasil, apresenta os mesmos problemas. Caso os pets gostem, apenas a polpa pode ser oferecida;

uva – em qualquer quantidade, as uvas, mesmo as passas, são tóxicas. Ainda não se conhece a substância prejudicial aos cachorros, mas sabe-se que ela está presente na polpa (portanto, de nada adianta retirar a casca e as sementes). A reação varia de pet para pet, mas os principais sintomas são: letargia, perda de apetite, vômitos e diarreias (algumas horas depois da ingestão), desidratação, aumento ou redução da produção de urina. No médio prazo, os cachorros podem desenvolver insuficiência renal.

Em tempo!

Em caso de ingestão acidental de qualquer ingrediente relacionado acima, procure o veterinário imediatamente. Não tente forçar o vômito, nem ofereça leite para neutralizar o envenenamento. Esvaziar o estômago pode facilitar a ação de algumas toxinas.

Peça orientação telefônica enquanto leva o pet para a clínica veterinária. O especialista, conhecendo o vegetal ingerido e as reações apresentadas, pode recomendar o uso de clara de ovo ou de comprimidos de carvão ativado.

Não podemos esquecer que os cachorros são animais carnívoros. Vegetais são boas fontes suplementares, mas os tutores precisam ficar atentos à qualidade dos alimentos principais. Rações de boa qualidade são a opção mais fácil para alimentar os pets.

Quem opta por fazer comida caseira para os cães precisa ficar atento para oferecer todos os nutrientes de que eles precisam, de acordo com a idade, sexo, porte, condições gerais de saúde, etc. Os tutores veganos que decidam fornecer esta dieta para os cachorros devem procurar um veterinário especializado, para elaborar um cardápio completo e satisfatório para os pets.

Em qualquer dieta canina, é importante lembrar que 90% devem corresponder ao alimento principal (ração ou comida caseira) e apenas 10% na forma de petiscos, nos quais se incluem os vegetais.

Se você gosta de pets e também de cultivar o jardim, escolha alecrim, bambu, bromélias, camomila, capim-limão, girassol, hortelã, lavanda, manjericão, manjerona, orquídeas, suculentas ou tomilho. São plantas amigáveis, que alegram o ambiente e não prejudicam os cachorros.

Chocolates, massa de bolo ou pão crua e bebidas alcoólicas também são prejudiciais à saúde e integridade dos cachorros. Nunca ofereça nenhum destes alimentos, nem os deixe ao alcance dos pets.

Especialmente para quem adotou um filhote recentemente, a inclusão de frutas, verduras e legumes no cardápio deve ser feita com orientação do veterinário. Mesmo os vegetais permitidos e indicados podem causar alterações, de acordo com as condições orgânicas do pet.

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