09 benefícios da convivência entre crianças e cachorros

Crianças e cachorros são tudo de bom. Confira alguns benefícios desta convivência.

Quais os benefícios da convivência entre crianças e cachorros? É muito comum ouvir que as crianças se desenvolvem melhor quando vivem com cachorros em casa. São muitos os benefícios desta convivência, identificados e comprovados por médicos e psicólogos.

Não é preciso, no entanto, ser um especialista para compreender que crianças e cachorros são mais felizes e ajustados quando partilham experiências. A convivência oferece diversos benefícios. Quase não há contraindicações na adoção de um peludo por famílias com filhos de todas as idades.

benefícios da convivência entre crianças e cachorros

Os principais benefícios

A convivência com cachorros contribui para o desenvolvimento da inteligência infantil. Além disso, as crianças se tornam mais altruístas – capazes de se colocar na posição dos outros – e até mais saudáveis: um peludo por perto fortalece o nosso sistema imunológico.

As vantagens podem ser identificadas por qualquer pessoa que já tenha visto a interação entre uma criança e o seu cachorro de estimação. A seguir, relacionamos os dez principais benefícios da convivência entre cães e crianças em casa.

01. Melhora a autoestima

Ter um cachorro por perto é um convite para o contato próximo, o carinho e o desenvolvimento das mais diversas atividades: um peludo é um companheiro sempre disposto a brincadeiras, explorações e mesmo para ficar quietinho ao lado, quando a criança está ocupada ou sente-se indisposta.

A convivência apresenta múltiplos desdobramentos. O cachorro é um parceiro de brincadeiras, mas também tem necessidades e desejos. Para atendê-los, a criança precisa desenvolver o senso de responsabilidade, mas as respostas imediatas do peludo são fontes de prazer e realização. Sentir-se responsável por alguém aumenta consideravelmente a autoestima.

02. Desenvolve a empatia

A convivência com um cachorro pode contribuir bastante para o desenvolvimento das habilidades sociais da criança. A mascote sente frio, fome, precisa brincar e descansar, tem momentos em que quer brincar ou ficar sozinha, relaxar ou alegrar a casa com muitas atividades.

As crianças naturalmente dividem todos esses momentos e começam a compreender melhor os sentimentos dos outros. Elas desenvolvem a empatia, que se desenvolve nos níveis afetivo e cognitivo. A convivência favorece o desenvolvimento do chamado prazer vicário, cuja fonte é justamente o prazer de outra pessoa (no caso, o peludo).

03. Fortalece o significado da amizade

Os cachorros possuem a capacidade de estabelecer relações afetivas imediatas. Basta que eles se sintam seguros e confiantes para dedicar a alegria, o cuidado e o afeto às pessoas que os cercam. Com as crianças, isto não é diferente.

O desenvolvimento emocional infantil parte do “eu” em direção ao “nós”. A presença de um cachorro na família facilita essa transição: a criança pode se esbaldar com o parceiro de brincadeiras, mas, em troca, também precisa cuidar e proteger. Ao aprender o peludo, a criança começa a reunir os elementos necessários para o estabelecimento de amizades sólidas e positivas no decorrer da vida.

04. Amplia as capacidades cognitivas

Um estudo observacional realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan (EUA) constatou que conviver com crianças acelera o desenvolvimento das habilidades cognitivas das crianças – e também torna mais lento o declínio cognitivo de portadores de demências (em geral, idosos).

Por exemplo, ao partilhar as brincadeiras e as obrigações, com regras e horários definidos, as crianças gradualmente incorporam ao raciocínio a necessidade de organizar as etapas de um experimento qualquer de forma lógica e sequencial. Isto ocorre, por exemplo, quando os pequenos brincam, acalmam o pet, guardam os brinquedos e dão início a uma nova atividade ou a um período de descanso. A presença do cachorro exige o desenvolvimento do planejamento, execução, avaliação e alteração das tarefas de rotina.

05. Reduz o estresse

A presença de um cachorro ao lado durante uma situação que gera ansiedade proporciona o alívio do estresse. As reações dos peludos interrompem a sequência desgastante. Os benefícios, nestes casos, são imediatos, por exemplo, em ocasiões de perda e solidão.

benefícios da convivência entre crianças e cachorros

Com a convivência, a presença dos cães aumenta a produção de alguns neurotransmissores relacionados a sensações de bem-estar e prazer, como dopamina, ocitocina e serotonina. As trocas mútuas de carinho contribuem para proporcionar felicidade e tranquilidade, reduzindo as respostas estressantes.

06. Aumenta a sensação de felicidade

São justamente esses neurotransmissores que, uma vez liberados, proporcionam um aumento da sensação de felicidade. Basta que o cachorro corra para a porta quando a criança chega, ou apenas fique ao lado em uma situação incômoda ou entediante, para que o pequeno tutor se sinta aconchegado, seguro e relaxado.

Os efeitos da presença dos cachorros em casa são automáticos. Eles reagem às intervenções das crianças e podem até mesmo interromper a sequência de pensamentos negativos e pessimistas. Mais relaxadas, fica mais fácil para as crianças encontrarem soluções para os problemas que as afligem – e isto também gera picos de alegria e disposição.

07. Desenvolve o senso de responsabilidade

Ter um cachorro não significa apenas brincar, correr, pular, aconchegar-se e dormir em uma cama quentinha. Um peludo tem necessidades e desejos e quase todos os cães demonstram carências de maneira objetiva.

Aos poucos, as crianças incorporam ao dia a dia as obrigações em relação aos cachorros. Naturalmente, os pais e responsáveis precisam ficam atentos, porque ambos – criança e pet – estão em fase de treinamento e ainda não sabem exatamente o que deve ser feito. Mesmo assim, os pequenos podem contribuir para servir a ração diária, ajudar no banho, participar dos passeios e até mesmo recolher o cocô, sempre sob a supervisão de um adulto. Essas pequenas tarefas são úteis para desenvolver o senso de responsabilidade, que será útil durante toda a vida.

08. Fortalece o sistema imunológico

Um estudo realizado na Universidade de Helsinque (Finlândia), publicado em 2018, mostra que bebês de até um ano podem ser o sistema imunológico fortalecido apenas por viverem em casas que abrigam um cachorro. Foram analisadas 297 crianças e os cientistas concluíram haver uma redução de mais de 50% dos casos de otites e problemas respiratórios.

Os resultados obtidos também foram identificados em outro estudo envolvendo crianças de até sete anos, realizado na Universidade de Gotemburgo (Suécia) também em 2018. Nesta pesquisa, foi verificada também a redução dos casos de alergias e dermatites. Evidentemente, a decisão de ter um bebê e um cachorro em casa deve ser tomada juntamente com o pediatra da família – e os pais não podem negligenciar na higiene e na saúde.

09. Promove o contato com a natureza

O contato com a natureza é importante tanto para crianças, como para cachorros. Nem sempre é possível levar a família para ambientes naturais, mas os pequenos são capazes de descobrir novidades mesmo nos canteiros das praças. Os cachorros naturalmente têm despertados os sentidos de exploração e a dupla se beneficia desta exposição.

Além disso, a necessidade de passear com o cachorro, mesmo em áreas urbanas, reduz o sedentarismo, especialmente nestes tempos em que quase todas as brincadeiras são virtuais, em telas cada vez mais onipresentes. Caminhar ao lado do peludo – na praça, no bosque ou em um parque – melhora a saúde da dupla, além de estimular o desenvolvimento da inteligência e da sensibilidade.

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Como escolher o cachorro ideal

Diversas raças caninas são ideais para viver com crianças, sem falar nos simpáticos vira-latas. Não é preciso reduzir as opções para os cães de pequeno porte: basta tomar alguns cuidados extras na convivência, no caso de a escolha recair sobre um cachorro maior.

O golden retriever e o retriever do labrador, apesar do tamanho, são opções acertadas para famílias com crianças. Os cães da raça quase sempre são gentis, pacientes, brincalhões e muito companheiros. Outra boa escolha entre os grandões é o samoieda, que chega a impressionar pela delicadeza no trato com os pequenos.

Um cachorro perfeito em quase todos os sentidos é o pastor alemão. Inteligente, ativo, poderoso e com forte senso de guarda e proteção, ele pode se tornar um excelente companheiro de brincadeiras, além de ser uma babá exigente, evitando que as crianças se arrisquem em algumas aventuras.

Entre os cães de porte médio, o beagle é um animal sempre ativo e atento, pronto para brincadeiras, corridas e explorações. Cheio de energia e disposição, ele é ideal para famílias que gostam de atividades ao ar livre.

Os nanicos são ideais para pequenos espaços, como apartamentos e casas sem quintais. O buldogue inglês é paciente e tranquilo, apesar de não ser indicado para crianças muito agitadas. O pug é muito amoroso e não precisa de muita atividade física. O poodle, de qualquer tamanho, é garantia de muita agitação na família.

O border collie é um cão de porte médio para grande, mas também é alegre, amistoso, um bom guardião e muito inteligente, quando se trata de adestramento (os cães da raça são campeões da maioria das competições caninas).

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