Eles estão no fim da fila da adoção, mas esta fotógrafa quer mais chances para cães deficientes.
Uma fotógrafa australiana encontrou a beleza em cães resgatados nas ruas que apresentam algum tipo de deficiência física. Trata-se de Alex Cearns, especializada em clicar animais selvagens e de estimação. Ela é fundadora do Houndstooth Studio (estúdio dentes de cão, em tradução livre) e já recebeu mais de 250 prêmios pelo seu trabalho.
Cearns trabalhou durante 14 anos para o Serviço de Polícia da Austrália Ocidental e a carreira como fotógrafa teve início por acaso, em uma viagem para a Tasmânia, em 2006, onde fotografou a fauna selvagem.
A fotógrafa passou a também capturar imagens de animais de estimação e hoje é uma das profissionais mais requisitadas do seu país. Em 2017, ela engajou-se nas campanhas de adoção de animais de rua e dedica grande parte do seu tempo para divulgar imagens dos pets deficientes.
O trabalho de divulgação
Nas palavras de Alex Cearns, o trabalho é simples. Consiste em “capturar a beleza em cachorros resgatados perfeitamente imperfeitos”. Os modelos da fotógrafa incluem Bali Pip, uma cadelinha que perdeu o pelo por causa da sarna não tratada, Dot, que teve de retirar um globo ocular, ou Bandit, vítima de um ataque com algum tipo de ácido, entre outros.
No site da Dogs Refuge Home, ONG australiana que acolhe, trata e providencia a adoção de cachorros abandonados, é possível conferir centenas de fotos de Cearns. Atualmente, a fotógrafa está selecionando material para mais um livro, cujo nome é “Perfect Imperfections: Dog Portraits of Resilience and Love” (Imperfeições Perfeitas: retratos caninos de resistência e amor).
A fotógrafa afirma que um dos principais objetivos do trabalho é captar as pequenas sutilezas que fazem cada criatura preciosa e única. Ela diz adorar todos os animais com que trabalha, mas os considerados “diferentes” possuem um lugar especial no seu coração.
Cearns diz perceber, na convivência com os cães deficientes, que os pets não se sentem limitados ou desmotivados pelos problemas físicos. Eles adaptam os corpos e encontram motivação para continuar vivendo: “eles querem ser incluídos e envolvidos em tudo: é tudo o que eles pedem”, afirma.
A fotógrafa realmente consegue capturar toda a energia e amor que estes cães têm para oferecer. As fotos mostram que eles não se intimidam com os desafios. Para eles, não faz diferença se têm um olho a menos ou precisam de rodas para se locomover: a vida sempre segue em frente.
Em tempo: a cadela Pip, que sofreu um episódio severo de sarna, atualmente está muito bem. Ela exibe uma juba preta atraente em todos os passeios que faz com os “seus humanos”, pessoas que conseguiram enxergar a beleza por trás da pele maltratada.