As 20 raças dos maiores cães da Terra

Conheça as maiores raças caninas. Estes grandões são os maiores cães do planeta.

Os cachorros descendem dos lobos. Por isso, nada mais natural que sejam animais grandes – todas as espécies de lobo apresentam 65 cm de altura na cernelha, em média. As raças caninas foram desenvolvidas pelos humanos, ao longo dos últimos 15 anos, e alguns indivíduos conquistaram o título de maiores cães da Terra.

Mas, por que tanta diferença? O motivo é simples: os cães foram desenvolvidos para exercer atividades diversas: caçar, guerrear, montar guarda, recuperar caça, proteger pessoas e propriedades, etc.

Na caça, por um lado, havia a necessidade de combater roedores que prejudicavam hortas e jardins; por outro, era preciso defender-se do ataque de animais imensos, como ursos e lobos. Desta forma, surgiu o yorkshire terrier, especialista na caça a ratos em galerias das minas inglesas de carvão.

Também surgiram animais de porte e médio, como cocker americano, poodle e spitz alemão. Além de menores, eles também são delicados o suficiente para não estragar a pele ou as plumas de uma presa.

Algumas raças caninas mantiveram o tamanho, a força e a robustez dos ancestrais e, apesar de muito poucos indivíduos continuarem se dedicando à caça em tempo integral, os grandes preservaram o tamanho.

Relacionamos a seguir as raças dos maiores cães da Terra. O critério adotado é que todos os animais destas raças atingem 60 cm (ou mais) de altura na cernelha. As raças apresentadas são oficialmente registradas na FCI (Federação Cinológica Internacional) e na CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia).

01. Dogue alemão

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Oficialmente, o maior cão da Terra é um dogue alemão. Ele se chamava Zeus e vivia Em Michigan, EUA. O cachorro atingiu 1,11 metro de altura e tornou-se destaque no “Guinness Book of Records”.

Dogues alemães normais são menores. Eles atingem 72 cm (fêmeas) a 80 cm (machos) e não devem ultrapassar 90 cm, de acordo com o padrão oficial. Além de grandes, são bastante ágeis, característica herdada dos caçadores de javalis alemães.

02. Mastim inglês

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É uma raça bastante antiga: há desenhos de cães semelhantes ao mastim inglês nos documentos deixados pelos antigos egípcios. A raça descende de mastins europeus do século 16 e ajudou a gerar os atuais buldogues, pitbulls e staffordshire terriers, todos bem menores que o avô.

Um mastim inglês atinge 91 cm de altura (machos) e chega a pesar 100 kg. Criado para a briga, ele se tornou violento e assustador. No início do século 20, criadores da Grã-Bretanha tiveram de importar alguns cães para retomar a raça, atualmente bem mais dócil.

03. Mastim napolitano

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Alguns dos traços característicos da raça são preservados desde a época do cane pugnax (um dos molossos ancestrais) dos antigos romanos. A raça começou a ser recuperada no início do século 20, na Itália.

Um mastim napolitano pesa 70 kg e mede 77 cm de altura. Apesar da cara de mau, os cães da raça são descritos como leais, pacientes e dóceis. A pele enrugada (principalmente no rosto), aliás, tinha uma vantagem nas lutas: era difícil neutralizar um cão desses, por causa da dificuldade em atingir os órgãos internos e causar danos letais.

04. Wolfhound irlandês

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Depois do desmatamento das florestas europeias, que se intensificou a partir do final do século 16, a função dos cães desta raça era combater os lobos que, expulsos do hábitat natural pela ação humana, frequentemente invadiam cidades e aldeias.

Cem anos antes, decretos reais determinavam o número mínimo de wolfhounds por condado irlandês – era uma estratégia para defender os rebanhos. O wolfhound descende de galgos criados pelos celtas na França e na Irlanda, local em que os cães atingiram o maior porte: atualmente, a altura desejada para os machos é de até 86 cm. Elegantes, os maiores indivíduos pesam apenas 60 kg.

05. São Bernardo

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No século 11, no alto da passagem de São Bernardo (há 2.500 metros do nível do mar), entre a Suíça e a Itália, foi criado, por monges, um refúgio para viajantes e peregrinos. Nesse hospício, viviam grandes cães, que acompanhavam os visitantes em seus deslocamentos – e os socorriam quando se perdiam ou ficavam presos em uma nevasca.

Assim nasceu o São Bernardo, uma raça de gigantes dóceis e pacientes que impressionam pela imensa cabeça e pela delicadeza com que cuidam dos necessitados. Um macho atinge 90 cm de altura e uma fêmea, 80 cm. Cães maiores não são penalizados em competições, desde que o conjunto seja equilibrado e harmonioso.

06. Cane corso

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É um parente próximo do mastim napolitano e descende igualmente do cane pugnax dos romanos. O nome da raça deriva do latim “cohors”, que significa “protetor, guardião”. O cane corso é robusto e poderoso, mas apresenta músculos esguios e movimentos suaves ágeis.

Estes cães são caçadores, guardiães da propriedade e da família. Eles não gostam de estranhos e são extremamente atentos aos movimentos e odores ao redor. Os machos medem de 64 cm a 68 cm e as fêmeas, de 60 cm a 64 cm.

07. Terra nova

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Quando se fala de populações ancestrais americanas, não se pode esquecer do terra nova: ele nasceu do cruzamento entre cães nativos e o grande cão urso preto, introduzido no continente pelos vikings, ainda no século 12.

O trabalho moldou a raça: eles já puxaram cargas pesadas, serviram como cães d’água e até como salva-vidas. Por isso, são animais fortes e maciços. Os machos atingem 71 cm de altura e pesam até 58 kg. As fêmeas são ligeiramente menores.

08. Leonberger

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Na década de 1830, um conselheiro da cidade de Leonberg (próximo a Stuttgart, na atual Alemanha) acasalou uma fêmea terra nova e um macho do Convento de Grande São Bernardo. Anos mais tarde, cães de montanha dos Pireneus também participaram dos cruzamentos seletivos.

O objetivo do conselheiro era obter um cachorro semelhante a um leão, o símbolo da cidade. Assim nasceram estes cães predominantemente brancos de pelagem longa, fortes e corajosos, mas gentis e dóceis – eles podem ser levados a qualquer lugar sem sustos. A altura do leonberger fica entre 70 cm e 80 cm.

09. Pastor da Anatólia

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Em um cão para trabalhos pesados: pastoreio, manejo de gado, tração de cargas. Em turco, ele é chamado “coban köpegi”, ou simplesmente “cão pastor”. O pastor da Anatólia – península que ocupa a maior parte do território da Turquia – provavelmente descende dos grandes cães da Mesopotâmia, criados por sumérios, caldeus e assírios.

Os cães da raça são altos, bem constituídos, fortes, velozes, dotados de cabeça ampla e dupla pelagem densa. São andarilhos por natureza. Machos e fêmeas atingem 80 cm de altura e são extremamente resistentes às mudanças climáticas.

10. Dogo argentino

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A raça surgiu na Província de Córdoba, na primeira metade do século 20, descendente do “velho cão de briga” da região, cruzado com buldogues, dogues alemães e wolfhounds irlandeses.

É um animal potente, que atinge facilmente os 68 cm, com 45 kg bem distribuídos (as fêmeas são um pouco menores). O dogo argentino destacou-se principalmente na habilidade para a caça: ele é capaz de atacar suçuaranas, mas a presa de eleição é o javali, introduzido pelos europeus como animal de abate, mas que se adaptou com facilidade em diversas regiões da América do Sul.

11. Fila brasileiro

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Foi o primeiro cão brasileiro a ser reconhecido internacionalmente. A origem da raça é imprecisa, mas acredita-se, pela avaliação da aparência, que o fila herdou as orelhas caídas e a pele solta do bloodhound, a estrutura óssea do mastim inglês e a resistência dos antigos buldogues.

O fila brasileiro é um cão independente, dominante, dotado de temperamento forte, que requer tutores experientes para que seja bem educado e mantenha-se ajustado. Em contrapartida, é comportado, seguro e se dá bem com crianças. Um cão da raça atinge 75 cm de altura e pesa por volta de 50 kg.

12. Tosa inu

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A raça resultou de cruzamentos entre cães-lobos japoneses e algumas raças ocidentais, como buldogues antigos, dogues alemães, mastiffs e pointers. O tosa inu impressiona pela constituição imponente e a robustez. A cabeça grande e as orelhas pendentes reforçam a impressão de nobreza.

Também conhecido como mastiff japonês, o tosa alcança pelos menos 60 cm de altura e pesa até 90 kg. O temperamento é caracterizado pela paciência, mas também pela coragem e audácia, já que a raça foi desenvolvida para as rinhas de cães.

13. Komondor

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É uma raça originária da Hungria, que provavelmente resultou do cruzamento de cães nativos da Ásia central. O komondor já estava presente quando os magiares, vindos dos montes Urais, estabeleceram-se na bacia dos Cárpatos, no século 9º. Os cães da raça apresentam coragem inabalável na guarda de pessoas e de patrimônio.

A aparência do komondor gera surpresa, muita admiração e um pouco de medo. Ele e o puli, outra raça húngara, são os únicos cães do mundo a ostentarem dreadlocks na pelagem. O komondor é dominante, territorialista e desconfiado. Costuma ficar deitado durante o dia, mas passa as noites em movimento constante. A altura mínima dos machos é de 70 cm e das fêmeas, 65 cm.

14. Dogue de Bordeaux

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É um dos mais antigos cães franceses, descendente dos alanos, molossos que habitaram a Eurásia até o século 16, época em que surgiram os primeiros “dogues”, termo que deu origem ao inglês “dog”. Até o século 18, havia vários dogues na França, todos nomeados de acordo com a cidade de origem: de Paris, de Toulouse, etc. O de Bordeaux (Bordéus) é o único sobrevivente.

O dogue de Bordeaux é um cão molossoide braquicefálico concavilíneo. Isto quer dizer que ele é grande, tem o focinho achatado e a linha entre a cabeça, pescoço e dorso é levemente côncava. Machos e fêmeas alcançam mais de 65 cm de altura.

15. Landseer

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O nome da raça, “observador da terra”, foi dado em homenagem ao pintor inglês Edwin Landseer, que retratou estes cães em diversas obras, na primeira metade do século 19. O landseer se desenvolveu na Europa central, entre a Alemanha e a Suíça.

Os cães da raça se especializaram em operações de salvamento. O pintor inglês teria observado o resgate de uma pessoa afogada e se apaixonado imediatamente. Além de heroico, o landseer é doce, amável, obediente, protetor gentil e muito grande: os machos chegam facilmente aos 80 cm de altura.

16. Akita

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É provavelmente a raça japonesa mais popular no Brasil. No Oriente, o akita, então chamado matagi, frequentou rinhas de cães pelo menos a partir do início do século 17. O cruzamento com tosas e mastiffs ingleses tornou a raça ainda maior.

O akita, um sobrevivente de guerra (alguns cães foram usados para fornecimento de couro e carne), é um cão calmo, fiel, receptivo e dócil, apesar de independente. É um animal robusto, digno, bem balanceado e com muita substância. Os machos atingem 67 cm de altura e as fêmeas, mais delicadas, 61 cm.

17. Bernese mountain dog

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O boiadeiro de Berna é um antigo cão de fazenda, utilizado para guarda, tração e manejo de rebanhos. No século 19, os produtores de leite suíços usavam cães da raça para entregar carne e leite para os moradores das cidades próximas. O nome oficial da raça foi adotado em 1910. No Brasil, a raça foi apelidada como “bernese”.

É um cão forte e sólido, de pelagem tricolor, com uma cabeça que lembra o rottweiler e o São Bernardo. Machos e fêmeas atingem 70 cm de altura, mas os criadores dão preferência a animais um pouco menores, entre 60 e 66 cm.

18. Braco alemão

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Os ancestrais da raça eram especialistas na caça de aves, especialmente na época da falcoaria. Os pointers se espalharam rapidamente, no século 15, pela Espanha, França e Flandres, chegando por fim à Alemanha. Com a aposentadoria dos falcões, o braco alemão continuou caçando e participou ativamente em campeonatos de tiro ao pombo (hoje proibidos em quase todo o mundo).

São duas raças diferentes, reconhecidas pela FCI e pela CBKC: o braco alemão de pelo curto atinge 66 cm; os cães de pelo duro são ligeiramente maiores. Os cães das duas raças são aristocráticos e demonstram resistência, força e velocidade. São animais equilibrados, confiáveis e controlados, devotados à família humana.

19. Doberman

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Apesar de ter sido usado e abusado em esportes violentos e ter a imagem explorada em filmes cinematográficos cujos diretores não sabiam nada sobre cachorros, o doberman continua sendo um cão amigável, calmo e dedicado. O padrão oficial afirma que é desejado um grau leve de agressividade e excitação, necessário para as funções policiais e de guarda.

Extremamente adaptável a qualquer ambiente social, o doberman é um cão sóbrio, autoconfiante e corajoso. São animais imensos, mas esguios e elegantes: atingem 72 cm de altura (as fêmeas, 68 cm), mas o peso não ultrapassa os 40 kg.

20. Pastor de Beauce

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Beauce é uma região do norte francês, entre os rios Sena e Loire. No fim do século 19, os termos “cão de Beauce”, “beauceron” e “bas-rouge” foram escolhidos para designar estes pastores das planícies, de pelo liso na cabeça e duro no restante do corpo; estes cães têm pelagem preto e fogo, com manchas castanhas avermelhadas nas pernas, daí o nome “bas-rouge” (meias vermelhas).

O pastor de Beauce é um cão rústico, sólido, forte, bem constituído e musculoso, sem ser pesado. Aproxima-se com facilidade das pessoas, sem demonstrar agressividade nem medo. É um cão gentil e dócil, que atinge 70 cm de altura.

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