Os 6 maiores mitos sobre o pinscher miniatura

Descubra se o que você sabe sobre o pinscher miniatura é verdade ou apenas mitos populares.

Pequeno e barulhento, o pinscher miniatura muitas vezes é descrito como “metade ódio, metade tremedeira”. Efetivamente, os cães da raça latem bastante e, por causa do corpo diminuto e do pelo curtíssimo, ele treme bastante para manter a temperatura corporal.

Mas existe muito mais sobre este cachorro miudinho. Mesmo considerando que cada cachorro exibe uma personalidade única, a herança genética influencia bastante o comportamento dos cães; com o pinscher miniatura, não poderia ser diferente.

Características da raça pinscher miniatura

Alguns estudiosos afirmam que o pinscher miniatura seja resultante de acasalamentos entre dachshunds e galguinhos italianos, mas a maioria concorda em que a raça se desenvolveu a partir de cruzamentos seletivos entre pinschers alemães de pequeno porte.

O pinscher alemão já é citado em textos do século 16. Ele é um notável caçador e provavelmente ajudou o flautista de Hamelin, citado nos contos dos irmãos Grimm, a exterminar os ratos da cidade.

Os 6 maiores mitos sobre o pinscher miniatura

A versão “de bolso”, no entanto, surgiu no fim do século 19 e, 50 anos depois, os clubes da raça já registravam mais de 1.300 cães miniatura. A raça se popularizou depois da Segunda Guerra Mundial, quando pequenos pinschers foram levados pelos combatentes para diversas regiões do mundo.

De acordo com o padrão, o pinscher miniatura é a imagem reduzida do pinscher alemão, sem defeitos nem sinais de nanismo, apesar de também ser chamado, principalmente no país de origem, de zwergpinscher (pinscher anão). Ele apresenta estrutura quadrada, nitidamente visível sob a pelagem fina, curta e lisa.

Apesar da aparência frágil, o pinscher miniatura está classificado no Grupo 2 da Federação Cinológica Internacional, que engloba os cães do tipo Pinscher, Schnauzer, molossoides, cães montanheses e boiadeiros suíços. Os animais da raça são considerados os menores cães de guarda do mundo.

Os maiores mitos sobre o pinscher miniatura

O pinscher miniatura não tem meio termo: há criadores que adoram os cães da raça enquanto outras pessoas, talvez por não conhecê-los mais intimamente, consideram estes nanicos bravos demais, indolentes e ansiosos e carentes, o que definitivamente não reflete a personalidade.

1) Eles são dobermans em miniatura.

Dobermans e pinschers miniatura possuem ancestrais comuns, o que explica a semelhança física, mas foram criados para funções diferentes, em momentos igualmente diferentes. Na verdade, cães esguios, de pelagem curta, orelhas pontiagudas e focinho alongado podem ser encontrados em todas as regiões do planeta.

O pinscher miniatura surgiu antes, talvez no início do século 19. Ele foi desenvolvido para exterminar pequenas pragas comuns em canteiros e hortas. O pequeno porte era desejado pelos camponeses, para que os cães pudessem perseguir roedores em todas e esgueirar-se por baixo de espinheiros.

Com relação ao doberman (cujo nome oficial é “dobermann pinscher”), o objetivo era o contrário: criado como guarda-costas, o interesse era por cães maiores, ágeis e agressivos, para afastar ladrões e outras ameaças.

Na atualidade, as duas raças podem ser consideradas para guarda e proteção. Além das características anatômicas, a pelagem também é muito parecida e tanto o doberman quanto o pinscher miniatura podem ser castanhos (em diversos tons) ou pretos com algumas marcações de fogo, entre o fulvo e o fígado

Naturalmente, o pinscher miniatura é um cão de alerta, que emite sinais imediatamente quando percebe alguma coisa errada no ambiente. De qualquer maneira, tanto os dobermans quanto os pinschers miniatura são excelentes cães de companhia.

2) Eles são agressivos.

Por serem caçadores, os cães da raça estão sempre em alerta, prontos para entrar em combate. Dificilmente um pinscher miniatura encontrará pela frente tantos ratos para exterminar, mas ele continua atento.

Os 6 maiores mitos sobre o pinscher miniatura

O pinscher miniatura tende a ser amoroso e muito apegado à família. Agressividade e ciúme excessivos são características que podem surgir, se os filhotes não forem socializados, aprendendo a conviver com estranhos (humanos e outros pets).

As piadas sobre a raça surgiram provavelmente por causa do pequeno porte. Ao perceber algum perigo aparente, um pinscher miniatura não para de latir até que os tutores se decidam a investigar o que está acontecendo.

Eles são muito barulhentos (este é um atributo a ser considerado antes da adoção). O latido é agudo e pode ser determinado por qualquer motivo, como a presença de um inseto invasor ou a passagem do vizinho pelos corredores.

Vale lembrar: não existem cães agressivos a priori: a espécie se aproximou dos humanos justamente por ser sociável e extremamente adaptável. Tudo depende da forma como eles são criados. Vale lembrar que eles são ativos e ágeis; mesmo pequeno, um pinscher miniatura não é um cachorro de colo.

3) Os cães da raça exigem atenção e dão trabalho.

Este mito é derivado do tamanho do pinscher miniatura: quem vê um cachorro muito pequeno tende a considerá-lo frágil. Mas, na verdade, o pinscher miniatura é um animal com bastante autonomia e com muita facilidade de adaptação.

Se ele viver em um pequeno apartamento, estabelecerá seus domínios e criará uma rotina de rondas e observações. Se tiver um grande quintal à sua disposição, passará o dia entre brincadeiras ao sol e cochilos no sofá ou na cama dos tutores.

Ao contrário do que se imagina, o pinscher miniatura pode passar períodos prolongados sozinhos, mas exige, como qualquer cachorro, atenção, brincadeiras e carinhos. Os candidatos a tutores precisam dedicar algumas diárias para partilhar com estes pequenos parceiros.

Os 6 maiores mitos sobre o pinscher miniatura

O pinscher miniatura é um cachorro inteligente, capaz de criar brincadeiras sozinho. Ele precisa apenas de alguns objetos para estimulá-lo, além de comida, água fresca e um cantinho para se acomodar, que acaba se tornando uma torre de sentinela. Ele é apegado, mas não chega a ser um “chicletinho”, a menos que receba atenção excessiva; neste caso, pode tornar-se dominante e muito excessivo.

Não existem estatísticas no Brasil, mas, nos EUA, a raça é campeã entre as famílias unipessoais – pessoas que moram sozinhas e passam boa parte do dia fora de casa. O pinscher miniatura parece gostar de alguns momentos de solidão, mas sempre demonstra alegria e muito pique na presença dos tutores.

A pelagem curta quase não dá trabalho – basta escová-lo uma ou duas vezes por semana, o que não consome mais do que poucos minutos. O pinscher miniatura tende a ficar com os dentes encavalados: os dentes e leite não caem quando os permanentes começam a despontar.

Fora isso, ele passa muito bem de saúde e é um campeão de longevidade, na maioria dos casos ultrapassando os 15 anos de vida. Os tutores precisam apenas tomar cuidado para que ele não pule de locais muito altos, nem sofra quedas em pisos escorregadios.

4) Não são indicados para famílias com crianças.

Na verdade, o pinscher miniatura gosta de crianças, especialmente as maiores. Ele não é o melhor parceiro do mundo para as pequenas, mas adapta-se com facilidade, desde que seja socializado desde filhote.

Pode-se dizer que o grande problema comportamental do pinscher miniatura é adquirido de acordo com os mimos e atenções que recebe. Se ele perceber que todas as tentativas de chamar a atenção são bem-sucedidas, isto será motivo para reforçá-las cada vez mais.

Os 6 maiores mitos sobre o pinscher miniatura

Um pinscher miniatura, por exemplo, não deve ter todos os latidos transformados na presença imediata do tutor. Ao ser ignorado, ele passa a compreender que não vale a pena gastar energia à toa. Do contrário, ele pode se tornar o “tormento” do condomínio.

Com relação às crianças, é preciso supervisão de um adulto nas brincadeiras, para garantir a segurança de todos, mas, como regra geral, a convivência é saudável e divertida. De qualquer maneira, no caso de visitas com pequenos que gostam de puxar orelhas e rabos, é melhor afastar os cães – quase sempre, eles mesmos se encarregam de desaparecer do ambiente.

5) São teimosos e difíceis de treinar.

Os detratores da raça costumam dizer que eles são teimosos, mas os amantes do pinscher miniatura afirmam que são apenas persistentes e tenazes. Efetivamente, é muito difícil convencer um destes cãezinhos a fazer o que ele não quer.

O pinscher miniatura inventa brincadeiras, descobre formas para escapar e pode ignorar as advertências e broncas dos tutores menos dedicados. Ele é um rateiro e, por isso, conhece mil técnicas para cavar buracos (mesmo que seja em uma almofada).

Além disso, por causa da autonomia na caça, o pinscher miniatura se acostumou a fazer muitas coisas sozinho, ao contrário de um cão de aponte ou um farejador, que está sempre procurando a presença do tutor.

6) Eles se dividem de acordo com o tamanho.

O padrão oficial da raça não fala nada sobre numeração ou tamanhos diferentes. Apesar de alguns criadores anunciarem pinschers miniatura de zero a três, a CBKC diz apenas que eles devem medir de 25 cm a 30 cm de altura na cernelha, com peso entre 4 kg e 6 kg.

Os cães muito pequenos, ainda de acordo com o padrão, são penalizados em competições e exposições oficiais: ser 2 cm mais alto ou mais baixo equivale a faltas graves.

A predileção por cães muito pequenos surgiu nos EUA, onde são chamados de pocket pets. A ideia é antiga: na década de 1970, no Brasil, os pequineses mais desejados eram justamente os “zero”. Na época, era a raça mais popular no país.

Em uma ninhada, é comum que alguns filhotes nasçam muito menores do que os irmãos. Alguns, inclusive, não têm sobrevida e chegam a ser desprezados pelas mães (é uma lei da natureza: se alguns cãezinhos aparentam ter mais chances, os recursos disponíveis devem ser destinados a eles).

Ao escolher um pinscher miniatura, deve-se avaliar as características dos pais e, se possível, também dos avós. O tamanho muito reduzido, no entanto, acende o alerta amarelo, pois pode indicar cães frágeis, mal-formados ou doentes.

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