Qual é a idade dos cachorros em anos humanos?

Uma conta comum é multiplicar por sete, mas não é fácil calcular a idade dos cachorros em anos humanos.

Qual é a idade dos cachorros em anos humanos? Criar uma correspondência, em anos de vida, entre humanos e cachorros não é uma tarefa fácil. O ano, entendido como o movimento da Terra ao redor do Sol, tem sempre a mesma duração, mas o desenvolvimento físico e o envelhecimento dos peludos são muito mais acelerados do que os nossos.

Uma conta muito comum é multiplicar a idade dos cachorros por sete. Desta forma, um cachorrinho de um ano teria, em anos humanos, sete anos, e assim por diante. Mas, esta conta não é muito exata: alguns cães de pequeno porte já são férteis quando chegam ao primeiro aniversário; assim, ele teria mais ou menos 12 ou 13 “anos humanos”.

Qual é a idade dos cachorros em anos humanos?

Sete anos em um?

Esta é, então, a conta popular: para cada ano de vida, a idade dos cachorros avança sete anos. O cálculo pode ser usado em termos gerais, mas está longe de ser uma correspondência exata. Um cão de três anos equivale aos 21 anos humanos: ele é um jovem com toda a vida pela frente.

Quem já conviveu com um cachorro, no entanto, sabe que, apesar de os peludos executarem fielmente as suas funções – mesmo que seja apenas latir para alertar quando surge um ruído ou cheiro diferente – eles são eternas crianças.

Um respeitável senhor de quatro patas e dez anos de idade (pela conta popular, com 70 anos humanos) pode ser flagrado a qualquer momento correndo atrás de uma bolinha ou pedindo para se aconchegar no colo dos tutores.

A conta está, portanto, mais para fake do que para fato. Os motivos são óbvios: com o avanço da medicina veterinária e com maior atenção aos pets dispensada pelos tutores, um cachorro atinge até 18 ou 20 anos de idade. Pelo cálculo, ele teria chegado aos 126 ou 140 “anos humanos”.

Vale lembrar que o humano mais velho da Terra, a francesa Jeanne Calment, morreu em agosto de 1997, com 122 anos. Pode haver alguém mais velho, mas não há registros oficiais. Se a conta (x7) fosse verdadeira, os cachorros estariam começando a viver mais do que os humanos.

A equivalência de idade entre cachorros e humanos

A maioria dos veterinários e biólogos especializados na espécie, a taxa de crescimento e envelhecimento dos cachorros não se mantém constante. Para complicar ainda mais a possibilidade de estabelecer uma equivalência, ela varia de acordo com as raças.

Os cães se desenvolvem muito rapidamente nos dois primeiros anos. Alguns já são capazes de se reproduzir antes de completar o primeiro aniversário, mas, em média, a maturidade sexual ocorre aos 18 meses (mais tarde para os animais de grande porte).

O desenvolvimento dos filhotes, no entanto, não é uniforme. Um chihuahua, por exemplo, pesa de 70 gramas a 150 gramas ao nascer; ele engorda até 50 gramas por mês, mas o peso estaciona por volta dos seis meses, com alguns picos até completar 18 meses, quando pode atingir até 2,8 kg.

Qual é a idade dos cachorros em anos humanos?

Já os cachorros de grande porte se desenvolvem em ritmo acelerado nos dois primeiros anos. Um São Bernardo de três meses, por exemplo, pesa cerca de 20 kg; aos 24 meses, o “cachorrinho” pode atingir 100 kg – os machos medem até 95 cm de altura na cernelha. Como se pode observar, não existe uma métrica única para calcular o desenvolvimento e o avanço da idade.

Pode-se dizer que, em média, ao completar um ano, os cachorros apresentam um desenvolvimento físico equivalente aos 15 anos humanos. Ao apagar as velinhas do segundo aniversário, a idade equivale a 24 anos humanos.

Depois disso, o envelhecimento fica estável até por volta dos oito anos. Esta condição pode variar de acordo com as condições em que o cachorro vive: alimentação, exercícios físicos, acompanhamento médico, estímulos cognitivos e emocionais, etc.

Entre os sete e os oito anos de idade (um pouco mais para os nanicos, um pouco menos para os grandões), é possível dizer que o cachorro é um idoso: ele atingiu a terceira idade, algo equivalente aos 60 anos humanos.

Existe uma regra que pode ser seguida para calcular a idade dos cachorros. Ela é útil para estabelecer a rotina de visitas ao veterinário, a frequência e intensidade das atividades físicas, etc. Os tutores devem fazer os seguintes cálculos (lembrando sempre que o resultado é apenas uma estimativa, uma aproximação):

  • para os cães de pequeno porte – multiplique os dois primeiros anos por 12,5, subtraia da idade real esses dois anos e multiplique os demais por 4,5;
  • para os cães de porte médio – multiplique os dois primeiros anos por 10,5, subtraia da idade real esses dois anos e multiplique os demais por 5,7;
  • para os cães de grande porte – multiplique os dois primeiros anos por 9, subtraia da idade real esses dois anos e multiplique os demais por 8.

A expectativa de vida dos cachorros

Outra dificuldade para calcular a idade dos cachorros em anos humanos é que os nossos melhores amigos fazem parte da espécie mais diversa do planeta: ao acompanharem os homens em suas explorações e aventuras, os cães se adaptaram a diversas condições de clima, solo, relevo, etc.

Por isso, existem cães de diversos portes, do chihuahua ao dogue alemão. Há aqueles peludos, os de pelo curto e até mesmo os carequinhas. Os humanos selecionaram alterações anatômicas extremas, ao criar raças tão diferentes quanto um collie quanto um pug. Mesmo assim, todos os cachorros pertencem à mesma espécie.

Como regra geral, os cães pequenos são mais longevos do que os grandes e gigantes. Assim, um yorkshire e um poodle toy vivem mais do que um rottweiler e um mastim napolitano: os anos dos nanicos são “mais longos” do que os dos grandões.

É muito comum, por exemplo, encontrar dachshunds que são verdadeiros anciãos: eles atingem até 20 anos de idade. Em média, no entanto, eles vivem de 12 a 16 anos – o principal motivo são os problemas osteomusculares provocados pelas pernas curtas e a coluna vertebral alongada.

Por outro lado, o dogue de Bordéus vive apenas de cinco a oito anos. A raça foi desenvolvida no sul da França, no final da Idade Média europeia, e descende dos antigos alanos (os mesmos ancestrais dos buldogues ingleses antigos).

Além de ser um cão molossoide (gigante), condição que favorece as doenças cardíacas e as displasias do quadril e do cotovelo, o dogue de Bordéus também apresenta focinho relativamente curto, que quase sempre prejudica a capacidade respiratória.

Todos os cães braquicefálicos (de cara achatada e focinho curto), aliás, sofrem com os mesmos problemas: apesar da beleza, quase todos os indivíduos têm transtornos cardíacos e respiratórios. Nesta lista, estão o pug, o buldogue (inglês e francês) e o boxer, entre outros.

Desta maneira, pode-se dizer que, para os cachorros pequenos de focinho alongado, o tempo passa mais devagar. Já para os grandões de cara achatada, os anos são mais “curtos”.

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