As raças de cachorros mais caras do mundo

Alguns cães se tornaram símbolos de status. Conheça as raças de cachorros mais caras do mundo.

Cachorros não têm preço. Eles são leais, companheiros para todas as horas, vigilantes, brincalhões, divertidos. Não importa se o pet foi resgatado em um abrigo ou adquirido em um canil elegante: para os tutores, eles são inestimáveis. Mas algumas raças caninas se destacam pelo preço: elas são as mais caras do mundo.

Comprar um cão de raça tem vantagens: os tutores sabem exatamente o tamanho que o pet terá ao atingir a idade adulta, o temperamento é mais previsível, pode-se avaliar o histórico de saúde da família do cachorro, ter certeza de que o filhote apresentará todas as características previstas no padrão da raça, etc.

Top raças de cachorros mais caras do mundo

Além disso, muita gente sonha em viver com um cão específico. Existem pessoas que cresceram assistindo a “Scooby Doo” e, por isso, querem um dogue alemão. Outras se encantaram pelas histórias do Bidu e querem um schnauzer (ou terrier escocês).

Quem quer um cão de raça não precisa explicar nada. Adotar um vira-lata é uma atitude nobre que merece aplausos, mas os desejos pessoais contam bastante na hora de escolher um companheiro de longo prazo – dez ou 15 anos. Ou mais.

Se você tiver dinheiro sobrando, talvez seja um caso de escolher um dos peludos apresentados a seguir. Eles são representantes das raças caninas mais caras do mundo. Alguns nem são criados no Brasil, mas sempre é possível iniciar um novo canil exclusivo.

Top raças de cachorros mais caras do mundo

• Saluki

As raças de cachorros mais caras do mundo

É uma raça originária do Oriente Médio, obtida a partir de cruzamentos entre galgos egípcios e asiáticos. O saluki é provavelmente a raça mais antiga do mundo, uma vez que cães da raça frequentaram os palácios dos faraós (alguns animais foram mumificados e enterrados juntamente com os seus tutores).

O saluki pertence ao Grupo 10 da Federação Cinológica Internacional (FCI), em que estão agrupados os lebréis. São animais de pelagem longa, quadrados, mas dão impressão de serem mais longos.

Entre os árabes, que adotaram o saluki há séculos como cão de guarda, estes animais não podem ser vendidos – apenas doados em sinal de respeito e amizade. No Brasil, quem quer conviver com um cachorro da raça precisa desembolsar de R$ 4.000 a R$ 6.000.

• Terra Nova

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Mais uma raça antiga. O terra nova é originário de uma ilha do Canadá, que, no século 16, os ingleses batizaram simplesmente como Newfoundland – nova terra descoberta. Acredita-se que ele seja resultante do cruzamento de animais nativos e cães trazidos para a América pelos vikings, no século 12.

O terra nova é descendente do grande cão urso preto. Com a chegada dos aventureiros europeus, vários cruzamentos seletivos ajudaram a conformar e revigorar a raça. Trata-se de um cão robusto, usado originalmente para puxar cargas pesadas, além de ajudar na pesca, inclusive atuando como salva-vidas.

A raça pertence ao Grupo 2 – Pinschers e Schnauzers – da classificação da FCI. O terra nova é um cão molossoide do tipo montanhês, apesar de ter se desenvolvido em regiões litorâneas. O terra novo é raro no Brasil e ainda não está plenamente adaptado ao clima. Um filhote custa de R$ 5.000 a R$ 6.000.

• Bulldog

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Mais conhecido como buldogue inglês, é uma figurinha carimbada no Brasil. O bulldog também pertence ao grupo 2 da FCI, mas está na sessão dos cães molossoides do tipo mastife. A raça foi desenvolvida na Inglaterra, especificamente para as rinhas de cães. Com a proibição do “esporte”, em 1835, estes animais robustos e de cara amassada passaram a ser adotados para companhia.

O bulldog teve o temperamento totalmente modificado pelos criadores. Atualmente, é um cachorro tranquilo, bonachão, um pouco mal humorado, especialmente quando precisa fazer atividade física – e ele precisa, apesar de em baixa intensidade.

Ele é baixinho e compacto, mas musculoso, poderoso e largo, com uma das maiores cabeças do mundo da cinofilia. Apesar da aparência feroz, é um cachorro afetuoso e confiável. Adora a família e é muito responsável com crianças.

Por ser um cão de porte pequeno para médio, existem muitas “falsificações de bulldog” no mercado. É relativamente fácil cruzá-lo no fundo do quintal, sem grandes cuidados. Estes cães, no entanto, podem apresentar problemas e deformações.

Em um canil de qualidade, registrado nos clubes de cinofilia, um bulldog custa de R$ 3.500 a R$ 5.000 – um filhote de campeões pode chegar a R$ 8.000. Os interessados sempre devem procurar criadores idôneos.

• Pharaoh hound

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Apesar do nome, é mais provável que a raça tenha sido desenvolvida pelos fenícios, civilização que floresceu no Oriente Médio há mais de quatro mil anos. Estes cães se espalharam rapidamente por todo o Mediterrâneo, uma vez que os fenícios eram hábeis mercadores e criaram entrepostos comerciais em diversos pontos do sul da Europa e norte da África.

O nome original da raça é kelb-tal fenek (em árabe, cão de coelho – ou, mais especialmente, de feneco, uma espécie de raposa nativa do Saara). Como caçador, o pharaoh hound se destaca pela agilidade, audição e olfato. Atualmente, é um cão de companhia.

O adestramento do pharaoh hound é considerado difícil, principalmente em função do temperamento independente. A FCI o classifica no Grupo 5, dos spitz e cães do tipo primitivo. É um animal de porte médio, com aparência nobre, inteligente, amigável, brincalhão, muito rápido, com movimentos livres.

A CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia) possui apenas um canil registrado da raça. É difícil estimar o preço de um filhote, uma vez que nem sempre há ninhadas disponíveis. De qualquer forma, encontrar preços inferiores a R$ 5.000 é uma missão impossível. Nos EUA, um pharaoh hound custa mais de US$ 2.500.

• Akita

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É mais uma raça pertencente ao Grupo 5, que reúne os spitz e cães do tipo primitivo. No caso do akita, ele é classificado como um spitz asiático. A raça é originária do Japão e começou a ser desenvolvida no início do século 17.

Antes do akita, só havia cães de porte pequeno e médio no Japão. O akita surgiu para caçar ursos e, a partir do século 18, ao cruzar com tosas e mastifes, o porte aumentou ainda mais – atualmente, um macho atinge 67 cm de altura na cernelha.

O akita é um cão robusto, bem balanceada e musculoso. Os cães da raça são fiéis, dóceis e receptivos, apesar de independentes. Akita inu, como a raça é conhecida no Brasil, significa apenas “cão akita”. Existe uma variedade da raça desenvolvida nos EUA, conhecida como akita americano.

O akita se adaptou bem no Brasil e é relativamente popular por aqui. O preço de um filhote fica entre R$ 3.500 e R$ 6.500, de acordo com a linhagem. Quem está pensando em adotar pode pensar em uma vantagem: os cães da raça não precisam ser tosados.

• Chow-chow

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Os cães da raça também são classificados como spitz asiáticos pela FCI. O chow-chow é originário da China, mas o país patrono da raça é a Grã-Bretanha, onde a raça foi apresentada pela primeira vez no Ocidente, em 1925.

O chow-chow surgiu há mais de dois mil anos e provavelmente descende dos cães nórdicos: ele migrou da Sibéria para a China acompanhando pastores nômades. O primeiro nome da raça é interessante: cão leão empolado.

Os cães da raça são ativos, corajosos e bem estruturados fisicamente. A língua azul do chow-chow é apenas uma das características. É um bom cão guardião, independente e leal. O comportamento é reservado – os criadores dizem que o chow-chow é o mal humorado que todos amam ter por perto.

A raça está bem adaptada no Brasil, onde sofreu um boom de criadores nos anos 1990. Um filhote é vendido por aqui de R$ 2.500 a R$ 4.000, mas o preço de um chow-chow branco com a trufa preta, considerado raro, é de R$ 5.500 a R$ 7.000.

• Cão de crista chinês

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O mais conhecido no Brasil é o pelado, que apresenta uma crista na cabeça que se estende pela parte inferior do pescoço, meias que recobrem todos os dedos e uma crista na ponta da cauda. Mas existe também o powder puff” (pó de arroz), inteiramente coberto por um véu de pelos longos e macios, além da crista e da pluma na cauda.

A origem da raça é imprecisa, mas há descrições de cães semelhantes como pertencentes aos nobres da dinastia Han, que reinou na China de 206 AEC a 220 EC. O cão de crista chinês fez algum sucesso na virada do século 20, desapareceu pouco depois e está se tornando popular nos últimos 30 anos.

Trata-se de um cão pequeno, ativo e muito gracioso. Há duas variedades: cobby type (mais pesado, com o corpo compacto e as pernas curtas) e deer type (mais leve, com a ossatura fina). O preço destes animais varia de R$ 2.500 a R$ 4.500.

• Lulu da Pomerânia

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Ele é o menor dos spitz. De acordo com a FCI e a CBKC, estes cães fazem parte da raça spitz alemão. Eles cativam pela beleza da pelagem, com juba e uma cauda espessa, sempre portada sobre o dorso.

Os criadores afirmam que o lulu da Pomerânia é um cachorro atrevido. Isto é devido mais à aparência do que ao temperamento: a cabeça de raposa, os olhos pequenos e alertas e as orelhinhas pontudas, inseridas perto uma da outra, conferem um ar insolente.

Mas, apesar de estar sempre atento, o lulu da Pomerânia (e seus primos maiores) é dócil, fácil de ser treinado, alegre, afeiçoado aos tutores. Não se engane com o porte: ele é um excelente cão de guarda, sempre desconfiado com estranhos.

É possível encontrar animais da raça, com pedigree, à venda por R$ 2.000 a R$ 2.500, mas um filhote de lulu da Pomerânia campeão, com vários títulos na família, custa entre R$ 10.000 e R$ 12.000.

• Cavalier king Charles spaniel

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Estes pequenos cães ingleses são descendentes de cães de companhia criados desde o tempo dos reis da dinastia Stuart (séculos 16 a 18). O cavalier king Charles spaniel cativa pelo olhar doce, o jeito calmo, a tolerância e a lealdade e devoção a todos os membros da família.

Os cães atuais foram desenvolvidos no início do século 20, quando alguns criadores ingleses, contrariando a moda da época, decidiram recriar cachorros com focinho mais longo, semelhantes aos retratados em pinturas de 200 ou 300 anos antes.

Isto favoreceu a saúde do cavalier king Charles spaniel, que não apresenta as limitações dos cães braquicefálicos, como dificuldade de respirar, tendência à insuficiência cardíaca, etc. Os cães da raça são bastante robustos para o porte. Eles fazem parte do Grupo 9 da FCI, dos cães de companhia. Ao contrário da maioria das raças caninas, estes cãezinhos nunca tiveram de caçar, resgatar aves abatidas, montar guarda, etc.

Um filhote de cavalier king Charles spaniel custa em média R$ 4.000 e há criadores em todo o país. Os filhotes de algumas linhagens premiadas, no entanto, apresentam preços astronômicos, entre R$ 12.000 e R$ 16.000.

• Mastiff tibetano

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Outro cão do Grupo 2 da FCI, também molossoide do tipo montanhês. E haja montanhas: o mastiff tibetano se desenvolveu no Himalaia, o topo do mundo, no atual Tibete, país ocupado pela China desde 1950). A raça foi criada para pastoreio e posteriormente tornou-se guardiã de monastérios budistas.

O filósofo grego Aristóteles (348-322 AEC) descreveu os cães da raça como dotados de força natural e de grande potência mental. Mas foi o veneziano Marco Polo, no século 13, que trouxe os primeiros mastiffs tibetanos para o Ocidente. A primeira ninhada, no entanto, nasceu apenas em 1898, em um zoológico de Berlim (Alemanha).

Os cães da raça são fortes, poderosos, pesados, bem constituídos, com aparência impressionante e solene. O mastiff tibetano se caracteriza pela demora em atingir a maturidade sexual. Alguns machos só se tornam adultos aos quatro anos.

O mastiff tibetano é considerado independente, mas é protetor e submete-se aos comandos dos tutores. É um cão extremamente leal à família e ao território. É o cão mais caro do mundo: alguns animais adultos foram vendidos na China por US$ 750 mil, na década de 2000.

O preço inflacionado tem uma explicação: a China estava se abrindo comercialmente para o Ocidente e surgiram alguns novos-ricos no país, deslumbrados o suficiente para gastar tanto dinheiro. No Brasil, os filhotes são mais baratos: o preço fica entre R$ 3.500 e R$ 6.500.

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