As 20 raças de cães mais altas do mundo

Conheça as maiores raças de cães do mundo. Estes peludos são realmente muito altos.

Conheça as 20 raças de cães mais altas do mundo. Todos os tutores têm preferências, mas, quando se fala em cães, eles esbanjam opções: há os peludos, os carequinhas, com pelagens longas e lisas, como o afghan hound, ou crespas e espessas, como os poodles. Os portes variam bastante, de acordo com os motivos que levaram ao desenvolvimento da raça. Algumas são realmente muito altas, com corpos troncudos ou esguios, que chamam a atenção em qualquer lugar.

Uma curiosidade: a altura dos cães é medida do solo à cernelha (o conjunto de ossos que forma os ombros, logo atrás da nuca), com as quatro patas no chão. Os peludos estão sempre procurando rastros e pistas. Por isso, eles mantêm o focinho próximo ao piso.

Características das raças de cães mais altas

Entre as raças de cães mais altas do mundo, algumas são bastante populares no Brasil, enquanto outras são quase desconhecidas. Eles são excelentes cães de guarda e de caça, mas são tão adoráveis como os pequenos e médios.

No momento da adoção, é necessário ter em mente que os cães de grande porte em geral vivem menos do que os nanicos – um chihuahua atinge os 18 anos com facilidade, enquanto os grandões raramente ultrapassam os dez ou 12 anos (alguns, como o dogue de Bordéus, vive entre seis e oito anos).

O motivo é que eles apresentam o desenvolvimento físico acelerado, apesar de atingirem a maturidade sexual um pouco mais tarde (um São Bernardo está pronto para acasalar apenas por volta dos dois anos de vida, enquanto as fêmeas pequenas, principalmente as mestiças, podem ter ninhadas antes de soprar a primeira velinha de aniversário.

O crescimento rápido produz uma quantidade maior de radicais livres, íons que são gerados nas funções metabólicas. Estes radicais, que estão sempre procurando a estabilidade, recombinando-se com outras substâncias orgânicas, estão associados ao envelhecimento precoce.

As raças grandes de cachorros

É importante considerar que, ao adotar um cão muito grande, a casa precisa receber algumas adaptações. Algumas raças altas são elegantes e conseguem viver em pequenos espaços, mas precisam de exercícios e brincadeiras ao ar livre duas ou três vezes por dia.

As despesas também são maiores. Um São Bernardo, por exemplo, come 750 gramas de ração a cada dia. Os tutores também precisam providenciar instalações adequadas, protegidas do sol, do frio e da chuva – e elas são proporcionais ao tamanho dos grandões.

De qualquer maneira, todos eles são apaixonantes. Alguns, como os dálmatas, são brincalhões durante a vida inteira e parecem não ter consciência do tamanho que têm: eles querem carinho, atenção e, em alguns casos, até mesmo colo.

01. O cão de caça irlandês

Ele também é conhecido como lebréu irlandês e oficialmente é o irish wolfhound (um lebréu é um sabujo com agilidade e rapidez para caçar lebres, coelhos, texugos e outras presas velozes. A raça é muito antiga e foi encontrada pelos conquistadores romanos, quando chegaram à Inglaterra, no início da Era Cristã.

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Foto: WESTEND61 / GETTY

A raça quase foi extinta no final do século 19, mas alguns criadores conseguiram revitalizá-la a partir de cruzamentos seletivos entre os poucos animais restantes com dogues alemães, deerhounds e borzóis. Originalmente, o wolfhound era usado como cão de caça, perseguindo cervos e lobos.

Os cães da raça provavelmente descendem de antigos galgos egípcios, espalhados pelo entorno do mar Mediterrâneo. O pelo crespo e áspero desenvolveu-se para proteger os cães do clima irlandês, frio e chuvoso na maior parte do ano.

Os cães de caça irlandeses devem ter idealmente entre 81 cm e 86 cm de altura, mas alguns exemplares ultrapassam os 90 cm. A altura mínima para os machos é de 79 cm e para as fêmeas, de 71 cm.

02. O mastim espanhol

A raça é velha companheira dos humanos: ilustrações antigas mostram cães muito parecidos atuando como pastores e boiadeiros, protegendo as reses de ataques de lobos. O mastim espanhol participou das “mestas” do século 13, associações de criadores de gado transumante (que é deslocado de acordo com as temperaturas) em Castela (um dos reinos que mais tarde formaram a Espanha).

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Foto: LFRABANEDO / SHUTTERSTOCK

Uma das principais características deste grandalhão é o latido grave, rouco e profundo, que pode ser ouvido a longas distâncias: é uma espécie de berrante natural. O mastim napolitano é inteligente e rústico, mas também é amoroso, apesar da postura atenta, especialmente em relação a estranhos.

De acordo com o padrão oficial, não existem limites máximos para a altura do mastim espanhol: os campeões quase sempre ultrapassam 80 cm. O mínimo que se espera é de 77 cm para os machos e 72 cm para as fêmeas.

03. O dogue alemão

Entre os cães molossoides, é um dos preferidos pelos brasileiros. Dócil, elegante e muito obediente, é também um excelente cão de guarda, sempre atento a tudo que o cerca. O dogue alemão alia a robustez e força dos mastins com a agilidade e rapidez dos galgos.

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Foto: ALEXANDRE / ADOBE STOCK

Atualmente, o maior cão do mundo, de acordo com o Livro Guinness dos Recordes, é um dogue alemão: Zeus vive no Texas (EUA), tem pouco mais de dois anos e, apoiado nas patas traseiras, atinge mais de dois metros.

A raça é descendente do antigo buldogue alemão (bullenbeisser, já extinto), que cruzou com antigos cães de caça locais. Ele foi usado no abate de javalis, ursos e touros selvagens, num tempo em que a Europa ainda tinha bosques e florestas.

O dogue alemão apresenta pelagem curta, que pode ser dourada, tigrada, preta, azul ou arlequim (tigerdoggen). Apesar dos inúmeros recordes registrados, o padrão limita a altura dos cães da raça: 80 cm (machos) e 72 cm (fêmeas). Os animais com mais de 90 cm tendem a apresentar problemas anatômicos.

04. O deerhound

Os ancestrais deste cão escocês provavelmente chegaram às ilhas britânicas há alguns milhares de anos. Ele se desenvolveu com os limites naturais determinados pelas Terras Altas. Descendente de antigos mastins que acompanhavam os fenícios, o deerhound se especializou na raça de cervos (“deer”, em inglês).

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Foto: NEMORIS / GETTY

De maneira geral, o deerhound (também conhecido como lebréu escocês) é muito parecido com o greyhound, com algumas diferenças marcantes: o pelo crespo, áspero e desgrenhado, além do tamanho e ossatura consideravelmente maiores. A movimentação é fácil, com passadas longas.

O aspecto nobre do deerhound esconde um cachorro ágil e veloz, capaz de perseguir um cervo. Apesar de atlético, é gentil, amistoso e muito fácil de treinar, porque gosta muito de agradar os tutores. Os machos medem 76 cm e as fêmeas, 71 cm. Eles são bastante leves para a altura, com peso em torno dos 40 kg.

05. O komondor

A raça se desenvolveu na região da atual Hungria. Os ancestrais do komondor acompanharam os magiares, que, no século 9º, se deslocaram para a Europa Central a partir da costa oeste dos montes Urais, cordilheira que separa a Ásia e a Europa.

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Foto: Cobasi

Nessa época, os magiares eram pastores nômades, tarefa acompanhada pelos primeiros komondors. Grandes e fortemente construídos, estes cães atraem pelo comportamento digno e altivo, mas também geram medo. O corpo é coberto por pelos felpudos e encordoados, que formam os dreadlocks que caracterizam a raça, uma quase exclusividade no mundo canino: apenas o komondor e o puli apresentam estes cordões enrolados.

O padrão estabelece que um macho da raça deve medir pelo menos 70 cm e uma fêmea, 65 cm. O komondor é um cão pesado, podendo atingir 60 kg. Os cães da raça são ligeiramente esgalgados, com cauda de inserção baixa e portada pendente, com a ponta na altura dos jarretes, que pouco se eleva quando o cão está atento.

06. O cão da montanha dos Pireneus

Ele já foi pastor, boiadeiro, socorrista e guia nas montanhas que separam a Espanha da França. Conhecido desde a Idade Média, o cão da montanha dos Pireneus tornou-se popular na corte de Luís 14, que reinou na França (1643 a 1715). O Rei Sol mantinha diversos cães da raça no palácio.

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Foto: BEN C / GETTY

Este cachorro gigantesco não deixa de mostrar elegância e altivez; apesar da força, não se pode dizer que o cão de montanha dos Pireneus seja um animal rústico. Ele é também independente, mas muito protetor, uma herança do tempo em que controlava grandes rebanhos praticamente sozinho.

Mesmo sendo fortemente construído, o cão de montanha dos Pireneus se movimenta com facilidade – ele nunca parece pesado. Os passos são mais flexíveis do que amplos, o que confere um toque de elegância.

Os machos chegam a 80 cm de altura e as fêmeas são apenas um pouco menores. O cão de montanha dos Pireneus é um excelente cão de guarda, mas também um bom companheiro para toda a família, apesar de não ser muito fácil treiná-lo além dos comandos básicos.

07. O boiadeiro de Berna

Ele surgiu nos Alpes, na Suíça e no sul da Alemanha, em fazendas que produziam carne e leite. O boiadeiro de Berna já atuou em tração (puxando carroças da zona rural para a cidade), guarda de patrimônio e, claro, condução de rebanhos. Atualmente, é adotado basicamente como animal de companhia.

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Os cães da raça apresentam pelagem longa tricolor (preto, branco e castanho). O corpo é harmonioso, bem balanceado, com movimentos vigorosos e firmes. O boiadeiro bernês é confiante, gentil, atento, corajoso e muito leal para toda a família. É um animal extremamente tranquilo e ponderado.

Machos e fêmeas atingem os 70 cm de altura na cernelha. A constituição harmônica é muito bem avaliada em exposições oficiais, que toleram diferenças de altura e peso. Uma característica muito desejada pelos criadores são as “luvas brancas” (patas com pelagem totalmente branca). Pelos brancos na ponta da cauda são igualmente bem-vindos.

08. O leonberger

No final dos anos 1830, um morador de Leonberg (próximo a Stuttgart, sudoeste da Alemanha), acasalou uma terra nova preto e branco com um São Bernardo. Nas gerações seguintes, cães de montanha dos Pireneus também contribuíram para estabelecer a nova raça canina.

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Foto: EVERYDOGHASASTORY / ADOBE STOCK

Assim surgiu o leonberger, um molossoide com pelagem longa, predominantemente preto e branco. O objetivo do criador era obter um cachorro parecido com um leão, o símbolo da cidade. Os primeiros representantes da raça foram apresentados oficialmente em uma exposição em 1846. No final do século 19, o leonberger era o cão de fazenda preferido na região.

Efetivamente, o leonberger é um cachorro grande, forte, musculoso e elegante. Ele se destaca pela construção balanceada e pela tranquilidade confiante, mas também é dotado com um comportamento vivaz e brincalhão.

Além do preto e branco originais, foram desenvolvidos cães vermelhos e amarelos, da cor do leão – estes são os mais populares fora da Alemanha. Todos eles apresentam máscara escura, preferencialmente preta. Os machos medem até 80 cm de altura e as fêmeas, até 75 cm.

09. O mastim napolitano

Grande, pesado e maciço, com pescoço curto, cabeça grande e aparência volumosa: assim é o mastim napolitano, um legítimo descendente do antigo molossus, o cão de guerra dos gregos e romanos da Antiguidade clássica. Entre as raças caninas, esta é a que apresenta o maior crânio.

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Foto: SHAUN CURRY / GETTY

O mastim napolitano tem pelagem curta, brilhante e espessa, com o mesmo comprimento em todo o corpo. A pele é grossa e solta, gerando rugas e pregas abundantes especialmente na cabeça e no pescoço, onde forma uma barbela dupla.

Tudo isso confere uma aparência aterrorizante ao mastim napolitano, mas ele é um cachorro obediente e leal a toda a família. Bastante equilibrado, ele nunca ataca sem motivo. Os cães da raça estão sempre atentos e vigilantes, sendo excelentes na guarda e na companhia.

Os machos alcançam 75 de altura e as fêmeas, 68 cm. O mastim napolitano é robusto e pesado, podendo chegar aos 60 kg: definitivamente, ele não é um cão de colo. A movimentação característica é descrita como “passo de leão”, mas os animais da raça não são bons corredores.

10. O mastiff inglês

Quando os romanos chegaram à Bretanha, no século 1º, eles encontraram cães de grande porte, que gradualmente acasalaram com os molossus levados pelas legiões. Bem mais tarde, no século 11, quando os normandos conquistaram a região, estes grandões passaram a ser chamados de “dogge”, termo genérico para animais de grande porte que acabou sendo incorporado ao dicionário inglês como “dog”.

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Foto: LIFANIMALS / ADOBE STOCK

De acordo com registros históricos, o mastiff inglês foi um grande combatente na Guerra dos Cem Anos, entre a Inglaterra e a França, tendo sido decisivo na Batalha de Agincourt, em 1415. O tamanho destes cães os torna perfeitos guardiães (e atacantes), mas o equilíbrio entre altura e substância se destacam ainda mais na raça.

O mastiff inglês é grande e poderoso, em um conjunto muito bem ajustado. Machos e fêmeas apresentam medidas semelhantes, com altura média de 80 cm (mas que pode ultrapassar os 90 cm). Extremamente atentos a tudo, os cães da raça são também afetuosos e tranquilos, apesar de totalmente empenhados na proteção da família.

11. O bloodhound

É um dos melhores cães de caça, dotado de faro apurado e tenacidade a toda prova. Muitos cães antigos se parecem com o bloodhound, mas a raça atual surgiu em Ardennes (Bélgica), no Convento de Santo Humberto.

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O próprio santo católico teria selecionado os cães para o desenvolvimento da raça, no século 11, entre sabujos pretos e preto-e-fogo. Não por acaso, Santo Humberto é o padroeiro dos caçadores. Os primeiros bloodhounds eram mestres na caça a cervos, ursos, lobos e javalis que ocupavam os bosques belgas.

O nome bloodhound, que pode ser traduzido como “sabujo de sangue”, é uma referência a cães de raça, cães puro sangue, e não às atividades de caça. Eles são considerados os mais possantes de todos os sabujos (farejadores).

Estes cães apresentam cabeça estreita, muitas barbelas, olhos profundos e forte musculatura. Apesar de serem lentos, a movimentação constante é surpreendente e a coordenação motora é perfeita.

Um macho pode atingir 68 cm e uma fêmea, 62 cm. O bloodhound é relativamente leve, pesando entre 45 kg e 50 kg. A pelagem dos cães da raça é curta, mas densa o suficiente para protegê-los da chuva e do frio.

12. O borzói

Ele surgiu na Rússia, no século 13, a partir das invasões mongóis, quando cavaleiros nômades cruzaram os montes Urais. Os mongóis caçavam com cães lebréis, uma novidade para os russos, que rapidamente se adaptaram aos ágeis ancestrais do borzói.

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Alguns cães mestiços são representados no livro de orações de Vassily 3º, pai de Ivan, o Terrível (1530-1584), o primeiro czar da Rússia. Os primeiros borzóis foram adotados pela corte imperial e, cruzados com greyhounds poloneses, adquiriram o aspecto nobre e elegante da raça.

O borzói é descrito como um cão aristocrático, de estatura elevada, forte, esguio e robusto. O corpo é estreito e as pernas, bastante altas. A musculatura é seca e alongada, enquanto a pele se ajusta perfeitamente, sem rugas nem pregas, graças à elasticidade.

Os borzóis machos medem de 81 cm a 86 cm de altura e as fêmeas, de 74 cm a 81 cm. Eles são cães leves (até 45 kg para os machos e 38 kg para as fêmeas) e muito ágeis, frequentemente treinados para corridas e perseguições, evocando as antigas caçadas. O padrão brasileiro aceita estaturas um pouco mais baixas.

13. O São Bernardo

No alto do desfiladeiro de São Bernardo, no cantão de Valais (Suíça, na fronteira com a Itália), 2.500 metros acima do nível do mar, foi instalado, no século 11, um mosteiro e uma hospedaria – um refúgio para viajantes e peregrinos. Neste local, teve início a história do cão de São Bernardo.

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Foto: N8TUREGRL / GETTY

Descendente de boiadeiros suíços, o São Bernardo rapidamente se especializou em resgates. Os cães perambulavam pelos platôs gelados, em busca de viajantes perdidos. Assim surgiu a figura clássica, com um barril de brandy preso ao pescoço, para atenuar a hipotermia dos acidentados, que eram conduzidos para o mosteiro.

Ainda hoje, o São Bernardo percorre os Alpes suíços, procurando ajudar alpinistas e esquiadores. Naturalmente protetores, estes cães são extremamente equilibrados. Adaptados a outras altitudes e latitudes, surgiu a variedade stockhaar, de pelagem curta, dupla e muito densa.

O São Bernardo é imenso. Os machos chegam a 90 cm de altura e as fêmeas, a 80 cm. O padrão oficial diz que cães que excedem estas medidas não devem ser penalizados, desde que a harmonia do conjunto esteja mantida.

14. O kangal

Além do tamanho, a raça detém um recorde impressionante: a mordida mais forte do mundo canino. Um kangal exerce uma pressão de até 743 PSI quando morde uma presa – isto é cinco vezes mais forte do que a mordida humana.

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Apesar do potencial de ataque, e também do corpo forte e musculoso, que torna o kangal uma excelente escolha como cão de guarda, ele não é um animal agressivo. Desenvolvido para pastorear uma espécie de ovelhas (akkaraman, nativas do leste da Turquia), ele é um bom companheiro, sempre gentil com a família. A raça partilha com as ovelhas a máscara preta e a pelagem creme, que fazem uma camuflagem perfeita para que os cães se aproximem dos predadores sem despertar atenção – pelo menos, até que seja tarde demais.

O kangal é um cão firme e corajoso, leal e muito apegado aos tutores, mas desconfiado com pessoas estranhas. Os machos chegam aos 80 cm de altura e as fêmeas, aos 75 cm. Todos são muito pesados (até 60 kg), mas capazes de percorrer longas distâncias em alta velocidade, como se estivessem perseguindo os inimigos das ovelhas.

15. O pastor do Cáucaso

O Cáucaso é uma “esquina” entre a Ásia e a Europa, limitada pelos mares Negro e Cáspio, com a Rússia ao norte e a Turquia e o Irã ao sul. Grupos humanos se deslocam nesta região há milênios e os cães da raça se desenvolveram para proteger pastores nômades e as primeiras aldeias erguidas no local.

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Foto: DogHero

A raça foi definida oficialmente na década de 1920, pela antiga União Soviética. O pastor do Cáucaso é um cão forte, autoconfiante, corajoso e dotado de sentidos apurados, especialmente a visão e a audição. A pelagem densa e impermeável completa o conjunto.

O pastor do Cáucaso é bem constituído, com boa ossatura e excepcional musculatura, que se revela em tronco e membros poderosos. O dimorfismo sexual é especialmente característico da raça – a cabeça, inclusive, é notadamente maior entre os machos.

Este cão grande pode atingir 75 cm de altura (as fêmeas ficam entre 67 cm e 70 cm). A pelagem espessa e eriçada confere uma aparência ainda maior: o pastor do Cáucaso exibe uma juba em torno do pescoço, “pincéis” nas orelhas e “calças” nos membros posteriores. Estes cães são rápidos, bem coordenados e mantêm a linha superior durante a movimentação.

16. O cane corso

É mais um descendente direto do molossus. O “corso” do nome não indica apenas a origem (ele já foi popular em toda a Itália e muitas ilhas do Mediterrâneo). A palavra parece derivar do latim “cohors”, que significa protetor, guardião.

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O cane corso é robusto e vigoroso, sem deixar de ser elegante, quase aristocrático. A musculatura é poderosa e esguia, especialmente no abdômen e nos membros. A cabeça é tipicamente molossoide, com ligeira convergência das linhas do topo do crânio. Os cães da raça apresentam a pele solta, que não chega a formar rugas e pregas na face.

Um cane corso macho mede de 64 cm a 68 cm de altura (as fêmeas atingem de 60 cm a 64 cm). O peso gira em torno dos 45 kg a 50 kg, sempre proporcional às dimensões gerais da raça. A pelagem é curta, densa e brilhante, podendo apresentar tonalidades de cinza ou de fulvo. Uma máscara preta ou cinza que não avança acima da linha dos olhos completa a beleza do cane corso.

17. O Terra Nova

O terra nova descende de cães nativos americanos, acasalados com o grande cão-urso preto (levado pelos vikings ao Canadá e EUA no século 11). Com a chegada de colonos às ilhas do leste canadense, vários “cães imigrantes” contribuíram para a conformação atual da raça.

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Foto: ROMAN ZAIETS / SHUTTERSTOCK

A raça é extremamente resistente aos rigores climáticos, adaptando-se com facilidade ao calor do verão e ao frio intenso do inverno da Terra Nova. Estes cães maciços, fortes, equilibrados e bem coordenados já foram usados para tração e também como salva-vidas e cães d’água.

O terra nova é um cão de grande porte, gentil e elegante. Ele é benevolente e suave; ao mesmo tempo, é brincalhão, divertido e muito alegre, sempre disposto a interagir com a família. É um cão sereno e tranquilo, que mantém os intrusos à distância apenas em função do tamanho.

Os cães da raça medem por volta de 70 cm de altura. Os machos são mais pesados, podendo atingir 68 kg (mais de 10 kg acima do peso médio das fêmeas, que também apresentam a cabeça menos maciça, com o focinho mais pronunciado). Os terras novas podem ser pretos (a cor original), preto-e-branco (com a tradicional faixa da trufa ao alto do crânio) e marrons, do chocolate ao bronze. A pelagem é dupla e muito densa, para facilitar os mergulhos: estes cães adoram brincar na água.

18. O tosa inu

É uma antiga raça japonesa, resultante de cruzamentos entre raças ocidentais e o shikoku inu. Cães de luta sempre foram uma tradição no país e, a partir do século 19, cruzamentos entre o shikoku e buldogues antigos, mastiffs, dogues alemães e pointers levaram à constituição de uma perfeita máquina de guerra, sempre disposta a lutas e combates.

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O tosa apresenta constituição robusta e porte imponente. Ele se torna ainda mais ameaçador graças à máscara preta, que se destaca da pelagem, que varia do preto ao fulvo, com padrões sólidos e tigrados. O pelo é curto, duro e áspero ao toque.

A Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) ainda não publicou um padrão para o tosa. A Federação Cinológica Internacional (FCI) inclui a raça no Grupo 2, que engloba os cães molossoides. não há um tamanho mínimo, mas o padrão diz que os machos precisam ultrapassar os 60 cm de altura e as fêmeas, 65 cm. O peso médio é de 45 kg, mas há espécimes com o dobro disso.

O tosa é independente e um pouco teimoso, mas muito brincalhão e sociável com humanos, mesmo desconhecidos. Ele não gosta de dividir espaço com outros pets, mas é um animal corajoso e muito inteligente, sendo especialmente indicado para adestramentos sofisticados.

19. O dogue de Bordéus

É um dos mais antigos cães franceses, descendente dos alanos. O dogue de Bordéus é um caçador nato, forte, rápido e extremamente sensível ao que ocorre ao seu redor. No século 14, no “Livro da Caça”, o conde Gaston Phebus afirmou: “Ele tem a mordida mais forte do que três lebréis juntos”.

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Pixabay

Em 1863, na primeira exposição cinológica oficial da França, o dogue de Bordéus foi apresentado e sobrepujou os dogues de Paris e de Toulouse (à época, “dogue” era o termo genérico para cachorros grandes).

O dogue de Bordéus é um cão molossoide braquicefálico (de focinho curto e achatado). Esta característica prejudica a capacidade cardiorrespiratória e reduz a expectativa de vida: os cães da raça são os menos longevos no mundo canino, dificilmente ultrapassando dez anos de idade.

Os maiores dogues de Bordéus atingem 70 cm de altura, sem diferenças notáveis entre machos e fêmeas (o padrão diz que todas as características “são idênticas, mas menos pronunciadas”). O peso fica em torno dos 50 kg – e as fêmeas, de novo, “são ligeiramente mais leves”.

20. O fila brasileiro

Uma raça brasileira para finalizar a lista dos cães mais altos do mundo. Os machos atingem 75 cm de altura e as fêmeas, 70 cm. O fila brasileiro quase sempre ultrapassa os 50 kg logo que completa o desenvolvimento físico, com um ano de idade, em média.

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Como todos os cães molossoides, o fila brasileiro apresenta ossatura poderosa, figura retangular e compacta, harmonia e proporcionalidade entre os membros e o tronco, além de grande agilidade. Esta é mais uma raça em que o dimorfismo sexual se apresenta de forma sensível.

“Fila”, neste caso, está relacionado às atividades de caça. Um dos significados de “filar”, hoje em desuso, é “agarrar com força, não soltar de jeito nenhum”. Efetivamente, o cão de fila brasileiro é um caçador impressionante, capaz de combater onças-pintadas, antas e javalis, os maiores mamíferos aqui presentes (o javali é exótico, tendo sido introduzido no fim do século 18).

Corajoso e determinado, o fila também é dócil e obediente, extremamente tolerante com crianças. Os cães da raça se acostumaram a ser companheiros dos tutores, porque até hoje ficam o tempo todo procurando contato com os membros da família. São cães serenos e equilibrados, mas não toleram a presença de estranhos.

Estas características podem torná-los bons cães de guarda, mas também animais incontroláveis, violentos e dominantes. Por estes motivos, o fila brasileiro é indicado apenas para treinadores experientes. A raça já foi banida de alguns países, como a Inglaterra; na Holanda, apenas cães castrados podem ser admitidos.

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