As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 

Descubra algumas características das raças de cães fortes e poderosas do mundo.

Eles são grandes, bonitos, inteligentes, quase sempre são dominantes e territorialistas. Apresentamos a seguir algumas raças que chegam a tirar o fôlego: eles são os cães mais fortes e poderosos do mundo – mesmo que sejam desconhecidos em boa parte do planeta. 

De maneira geral, as raças de cães mais fortes, corajosas e poderosas foram desenvolvidas, ao longo da história, para a guarda, a defesa, o manejo de gado e até mesmo para a guerra. Em muitos casos, eles descendem do molossus, cachorro desenvolvido na Grécia antiga que acompanhou soldados babilônios, persas, gregos e romanos em suas conquistas. 

O molossus – a palavra derivou o termo molossoide, usado para indicar raças de cães de porte gigante – é o ancestral do alaunt, um cachorro desenvolvido pelos alanos, povo que atravessou as fronteiras de Roma e contribuiu para a decadência e queda do Império do Ocidente, no século 5º. 

O alaunt (raça extinta, assim como o molossus) é considerado por cinófilos como ascendente de todos os buldogues e mastins, inclusive raças modernas como o São Bernardo, mastim inglês, mastim napolitano, mastim dos Pirineus, rottweiler, dogue alemão, boiadeiro suíço e até do mastim tibetano, que foi desenvolvido no Himalaia, a milhares de quilômetros do Mediterrâneo. 

Os cachorros mais poderosos 

As raças caninas aqui apresentadas são conhecidas pela força, rusticidade e resistência. Alguns destes cães são ágeis e velozes, enquanto outros se adaptaram ao passo dos rebanhos que tiveram de acompanhar. O desenvolvimento das raças exige cruzamentos seletivos ao longo de algumas décadas. 

A potência dos cães mais poderosos do mundo se revela, além do porte, pela musculatura bem desenvolvida, semelhante à dos lobos-cinzentos (ancestrais de todas as raças caninas), e também pela potência da mordida: eles defendem, guardam e, se necessário, “neutralizam” combatentes, invasores e assaltantes. 

01. Kangal 

Praticamente desconhecido no Brasil, o kangal, também chamado de pastor da Anatólia, encabeça esta lista por um bom mordido: ele é dono da mordida mais potente do mundo canino, com 743 PSI (libra-força por polegada quadrada). Apenas para comparação, a medida de um tigre siberiano atinge 1.050 PSI e a humana, meras 160 PSI. 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 
kangal

O kangal surgiu na Anatólia central e foi descrito pela primeira vez no século 17. A raça descende de cães que lutaram com os exércitos otomanos em muitas guerras. Um macho atinge 90 cm de altura na cernelha, com até 70 kg. 

O kangal tem pelagem bege, com máscara negra que encobre a extremidade do focinho, a trufa e estende-se pela mandíbula. Na Turquia e nos EUA, onde a raça é reconhecida, as orelhas são cortadas quando os filhotes têm poucos dias de vida. 

Até hoje, o kangal continua sendo empregado para proteger rebanhos de ursos, lobos e leopardos. Com isso, a raça não é amistosa com outros animais, especialmente cachorros, mas não revela territorialidade em relação a humanos. Estes cães são inteligentes, leais aos tutores, corajosos, independentes e bastante rústicos e resistentes. 

02. Pastor do Cáucaso 

A raça é oriunda do Cáucaso, da região entre o mar Negro e o mar Cáspio: este cão de pastoreio é popular na Geórgia, Armênia, Azerbaijão e Rússia, país patrono da raça, de acordo coma Federação Cinológica Internacional (FCI). 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 
pastor do Cáucaso

O pastor do Cáucaso é mais conhecido nos países de origem como ovcharka (“cão de ovelha”), há centenas de anos, estes cachorros pastorearam gado ovino nas montanhas e a ocupação humana no Cáucaso só foi possível graças a esta parceria. 

Um pastor do Cáucaso macho deve pesar acima de 50 kg (alguns espécimes passam dos 100 kg) e medir entre 72 cm e 75 cm. A pelagem é longa, com subpelo e pelo de cobertura, ideal para suportar o frio. A cabeça do ovcharka lembra a de um urso. 

Os cães da raça não apresentam forte instinto de caça, sendo considerados guardiães e defensores. Por isso, são excelentes companheiros para outros animais de estimação e também para crianças, desde que sejam adestrados desde filhotes. 

Há quatro variedades da raça: astrakhan (o mais peludo e parecido com um urso), circassiano (resultante de cruzamentos com o kangal turco), cão do Daguestão e volkodav, que se divide entre montanheses e cães da estepe, de pelagem mais curta. 

03. Mastim tibetano 

A raça se desenvolveu no Nepal, Tibete e China (onde até hoje é um símbolo de status). Os ancestrais do mastim tibetano provavelmente acompanharam caravanas europeias que, há pelo menos três milênios, circulavam pela Rota da Seda – conjunto de estradas que liga a Ásia central e meridional. 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 

Estes cães peludos se adaptaram principalmente à vida na Ásia central, onde foram empregados para pastoreio, manejo de gado e tração. A maioria dos mastins tibetanos atuais, no entanto, é adotada para companhia. 

Alguns machos ultrapassam um metro de altura. O peso médio varia bastante, de 45 kg a 72 kg. A cabeça parece ser bem maior, por ser dotada de uma juba espessa e longa. A maioria dos cães da raça tem pelagem preta, azul (cinza-azulado) ou castanha. 

O mastim napolitano também atuou na proteção de mosteiros e aldeias, onde se tornou especialista em afastar leopardos-das-neves e até alguns tigres. Apesar de serem sinais de prestígio e riqueza para os seus tutores, muitos cães continuam trabalhando na guarda de ovelhas, cabras e vacas. 

O mastim tibetano é inteligente, independente e persistente: desde filhote, ele quer fazer as coisas “do seu jeito”. É preciso educar estes cães com autoridade – a raça não é indicada para tutores inexperientes. De qualquer forma, ele é brincalhão e muito apegado à família, apesar de ser desconfiado na presença de estranhos. 

04. Dogo argentino 

Esta raça de cães brancos foi criada na Argentina, para lutar em rinhas contra outros cães e também para a caça de animais maiores, como javalis, porcos-do-mato e suçuaranas. O dogo argentino é um cão de agarre, mantido para não soltar as presas antes do comando do caçador. 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 
dogo argentino

A raça foi desenvolvida por António e Augustin Nores Martinez, na década de 1920. O dogo argentino descende do cão lutador de Córdoba (raça extinta), com cruzamentos variados: dogue alemão, antigos bull terriers e buldogues, pointer inglês e dogue de Bordéus. 

Os cães da raça são excelentes caçadores, mas as linhagens atuais vêm sendo desenvolvidas para a obtenção de animais para guarda patrimonial. O dogo argentino atinge 68 cm de altura e pesa até 50 kg. É descrito como um cachorro leal e muito companheiro. 

Este é um cão que precisa de espaço para correr e se exercitar. Um dogo argentino fica quieto por mais de alguns minutos. Ele não gosta de outros cães nem de gatos, mas pode estabelecer uma boa convivência com crianças, desde que se acostume desde filhote. 

05. Dogue de Bordéus 

Também chamado de mastim francês, o dogue de Bordéus descende dos antigos buldogues ingleses (raça extinta), que acasalaram com mastins originários do leste europeu ainda no século 19. Nas línguas neolatinas, o termo “dogue” quase sempre é empregado para designar animais fortes e musculosos. 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 
dogue de Bordéus

A raça é uma das mais antigas da França e se parece bastante com os cães descritos no “Livro da Caça”, escrito pelo conde de Foix no século 14. No texto, o autor afirma que estes animais “têm a mordida mais forte do que três lebréis juntos”. 

Um dogue de Bordéus mede até 68 cm de altura e pesa por volta de 50 kg. Machos e fêmeas apresentam estruturas anatômicas semelhantes. A pelagem é fina, curta e suave ao toque, mas a principal característica é a face coberta por rugas. O pelo é sempre fulvo, do bege ao dourado, e alguns cães apresentam máscara preta ou castanha. 

Este cachorro é leal, territorialista e muito fiel aos tutores. É descrito como tranquilo e dócil, sendo muito apegado às crianças da família. Mas, se sentir alguma ameaça, especialmente por parte de desconhecidos, o dogue de Bordéus ataca com facilidade, rapidez e eficiência. 

O dogue de Bordéus é considerado um dos melhores cães de guarda, mas também apresenta um ponto negativo: ele tem a menor expectativa de vida, entre os cachorros, de apenas cinco a oito anos, especialmente em função da forte tendência a desenvolver displasias (coxofemorais e de cotovelo). É possível prolongar a vida, desde que os animais sejam muito bem cuidados. 

06. São Bernardo 

É outro cachorro molossoide que não é conhecido pela longevidade. Um São Bernardo raramente passa dos dez anos e pode ser considerado idoso com apenas quatro ou cinco. A raça é geneticamente propensa a transtornos nas articulações. 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 

Por outro lado, o São Bernardo é extremamente gentil, delicado, brincalhão e incansável. A raça foi desenvolvida para a guarda de gado nos Alpes suíços, mas rapidamente se destacou em ações de resgate de pessoas perdidas ou vítimas de avalanches e nevascas. 

Um macho pode medir 90 cm de altura e pesar 90 kg: o São Bernardo é pesado e corpulento, mas pode caminhar durante quilômetros sem dar sinais de cansaço. Em pé sobre as patas traseiras, estes cachorros podem ultrapassar 1,90 metro. 

Depois da Segunda Guerra Mundial, o São Bernardo quase desapareceu (fato comum a diversas raças europeias), para garantir a sobrevivência da raça, alguns criadores cruzaram os poucos animais restantes com terras novas. O resultado foi o nascimento de cachorros de pelagem longa, ineficaz para salvamentos na neve, porque se encharcam com facilidade. 

07. Wolfhound irlandês 

Apesar de ultrapassar os 86 cm de altura e pesar mais de 55 kg, o wolfhound irlandês é especialista em caça miúda: ele é um lebréu, desenvolvido para caçar lebres, coelhos e texugos. Este condicionamento garantiu o surgimento de cães ágeis e velozes, dotados também de um excelente faro. 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 
wolfhound irlandês

Wolfhound significa “caçador de lobos”. O trabalho original destes cães era dar combate aos lobos que atacavam os rebanhos de ovelhas na Irlanda – curiosamente, a ilha nunca teve um número muito grande de alcateias. Eles passaram, então, a caçar os coelhos e lebres que invadiam hortas e canteiros. 

Na nova atividade, o wolfhound desenvolveu a inteligência e a paciência necessárias para espreitar presas por longas horas. E, ao viver próximo às casas, estes cães também se tornaram companheiros das famílias, especialmente das crianças. 

Ao lado do dogue alemão, o wolfhound irlandês é o cão mais alto do mundo: vários indivíduos chegam a um metro de altura. Mesmo com todo este tamanho, ele é descrito como um animal dócil, obediente e muito dedicado. 

08. Rottweiler 

Os ancestrais do rottweiler eram molossus, que cruzaram os Alpes ao lado de soldados romanos e se estabeleceram na Floresta Negra (sudoeste da Alemanha). Criado inicialmente como boiadeiro, ele rapidamente foi empregado como cão de tração e de guarda. 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 
rottweiler

Mais recentemente, ele ajudava os açougueiros de Rottweil, na mesma região, nas entregas de carne pela cidade. Ele também transportava leite das fazendas para as casas, tornando-se mais sociável. Mesmo assim, o rottweiler nunca perdeu o senso de guarda, porque cabia a ele defender fazendeiros e suas guardas nos trajetos entre as planícies e as montanhas. 

Um rottweiler moderno atinge 58 cm de altura e pesa até 60 kg. No início do século 20, ele foi adotado também para desenvolver tarefas policiais. Os primeiros exemplares chegaram ao Brasil na década de 1960: aqui, é a raça de grande porte mais popular. 

Os cães da raça são muito inteligentes, mas, inclusive por causa do porte e estrutura física, precisam ser adestrados e socializados desde filhotes. O temperamento dominante é frequente especialmente entre os machos. A raça também é territorialista e costuma ser hostil com pessoas estranhas. 

09. Malamute do Alasca 

A origem da raça é imprecisa, mas o malamute já acompanhava o povo homônimo no século 18, quando os primeiros exploradores chegaram à região: inicialmente russos e, em seguida, americanos. É um cachorro grande (até 66 cm de altura), mas não é pesado (de 36 cm a 48 kg). 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 
malamute do Alasca

Resistente e forte, este cão nórdico se tornou popular durante as corridas do ouro no Alasca, durante o século 19, depois que os EUA compraram o território. O malamute é bastante rústico e parece ser maior, por causa da pelagem densa, que não é tão longa, mas é formada por três camadas. 

A raça foi desenvolvida justamente para ser forte e resistente, sem necessidade de rapidez e agilidade. A capacidade aeróbica do malamute pode ser atestada anatomicamente: o peito profundo atinge metade da altura na cernelha, o que torna o cachorro ideal para transportar volumes pesados, quase sempre em condições inóspitas. 

O malamute pode ser branco, cinza ou preto, quase sempre com mantas escuras sobre o dorso a única tonalidade unicolor é o branco). Ele pode apresentar manchas no peito e nas pernas, mas salpicos e listras são indesejáveis. 

O malamute denota inteligência e atenção, especialmente em função das pequenas orelhas triangulares sempre eretas, em posição de alerta. Ao contrário do primo da Sibéria, ele não pode ter olhos azuis: são sempre escuros, castanhos ou pretos. 

10. Husky siberiano 

Este cão e seus ancestrais conquistaram as planícies da Sibéria juntamente com os humanos. Sem o apoio canino, teria sido impossível a fixação de grupos no norte da Rússia – e, por extensão, os humanos não teriam alcançado a ponte alêutica e a América. 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 
husky siberiano

O husky siberiano é um cachorro incansável. Ele foi empregado como cão de trenós, puxando cargas e pessoas pelas estepes e pradarias. O exercício, realizado durante alguns milênios, garantiu uma constituição robusta, forte e equilibrada. Ele provavelmente é ancestral dos malamutes e samoiedas. 

Os cães da raça medem de 50 cm a 60 cm e pesam de 15 kg a 28 kg – a leveza foi fundamental para garantir a rapidez na travessia das distâncias geladas da Sibéria. mas, mesmo com tanto trabalho pesado, um husky siberiano sabe se divertir: quando não está puxando trenós (quase nunca, atualmente), ele está inventando brincadeiras. 

Extremamente sociável – é um cão de matilha -, o husky siberiano é muito amigável com todos os membros da família. Ele não é um bom cão de guarda, porque tende a fazer amizade mesmo com estranhos. O único problema que ele pode criar é envolver os tutores, especialmente sedentários, em uma rotina pesada de exercícios físicos. 

11. Terra nova 

Este cachorro surgiu em Newfoundland, uma ilha no oeste do Canadá. É um provável descendente do grande cão-urso preto, cão nórdico levado para a América do Norte pelos marinheiros vikings nos séculos 10 e 11. Quando os exploradores franceses e ingleses chegaram à região, no século 16, a terra nova já tinha desenvolvido a morfologia própria, a partir de uma personalidade específica. 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 
terra nova

Ele era usado em mergulhos, para resgatar aves e peixes abatidos. Estas características permitiram que o terra nova fosse treinado, pelos europeus, para ações de apoio às atividades em embarcações – inclusive para resgate nas águas. 

Muitos etologistas (especialistas em comportamento animal) consideram que o terra nova compõe a raça canina mais paciente, tolerante e tranquila de todas. Os cães da raça são excelentes babás e acompanham com interesse as atividades de toda a família. 

Eles são mais zelosos do que guardiães. Um terra nova não é indicado para guarda e defesa, inclusive porque dificilmente conseguirá entender o que se espera dele. Atualmente, é um cão de companhia muito afetuoso e apegado aos tutores, mesmo com 70 cm de altura e 68 kg de peso, que parecem “crescer” por causa do pelo espesso, denso e longo. 

12. Cane corso 

A raça foi desenvolvida na Córsega, no século 18, quando a ilha ainda pertencia à Itália (no final desse século, a região foi incorporada definitivamente pela França). Esta ilha possui relevo bastante irregular e o cane corso se destacou tanto como cão montanhês como na guarda das vilas construídas à beira-mar. 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 
cane corso 

Desta forma, a raça alia características rústicas e elegantes. Um cane corso inspira nobreza, mas também parece estar dizendo constantemente: “não se aproxime”. Estes cães atingem 68 cm de altura e até 50 kg. A cabeça grande, formada por um topo do crânio largo, stop bem definido, máscara preta na trufa e focinho forte e quadrado parecem torná-lo ainda maior. 

O cane corso é dono de uma das mordidas mais fortes no reino canino, que supera 700 PSI, perdendo apenas para o kangal. Ele é grande, poderoso e sabe disso; por esta razão, não é indicado para tutores com pouca experiência. Os cães da raça requerem socialização, adestramento e liderança forte. 

Ele é naturalmente desconfiado com pessoas estranhas, sendo indicado como cão de guarda. Mesmo assim, o cane corso não é um animal agressivo: ele tende a observar os movimentos e agir apenas quando entende que a ameaça – contra o tutor ou o patrimônio – é real. 

13. American pit bull terrier 

Com menos 50 cm de altura e pesando por volta de 20 kg, o american pit bull terrier figura na lista dos cães mais poderosos do planeta porque ele é obstinado, corajoso e dotado de um forte senso de ataque e defesa. 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 
american pit bull terrier

A raça foi desenvolvida na virada do século 20, nos EUA, inicialmente para lutar em rinhas (pit, em inglês). Durante décadas, o pit bull foi mantido em condições inadequadas, treinado para o ataque e com poucos momentos de interação com humanos e outros animais (a não ser nas lutas). 

O resultado foi desastroso, mesmo que o pitbull não mostre características violentas quando não está em combate. A partir dos anos 1950, a raça, que era vista como marginal, foi resgatada – desta vez, para atuar como cão de companhia. 

O pitbull é dócil e amistoso, apesar de estar sempre em alerta. A principal tendência ainda é o ataque, mas, com a educação adequada, estes cães podem se tornar bons companheiros inclusive para crianças e até mesmo gatos. Para muitos pit bulls, a visão de outros cachorros ainda desperta o desejo de prevalência e superação. 

Outras raças já foram empregadas em rinhas de combate, caçadas a animais de grande porte, guarda de rebanhos e até mesmo combates. O pitbull é atualmente o “bad boy” dos cachorros, mas tudo depende do tratamento que recebe dos tutores. 

O padrão oficial da raça indica que o pitbull não deve atuar como cão de guarda, porque “apresenta tendência para ser amistoso com humanos”. O principal problema da raça continua sendo no relacionamento com outros cães, mas as características dominantes podem fazê-lo atacar outros seres. 

14. Rhodesian ridgeback 

Também conhecido como “leão da Rodésia”, a raça foi desenvolvida por grupos africanos habitantes do Zimbábue, no sul do continente, a partir de acasalamentos entre cães levados pelos europeus em suas guerras de conquista. 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 
rhodesian ridgeback

O rhodesian ridgeback é um cachorro criado pelos hotentotes, mas apresenta muitas semelhanças com cães retratados em monumentos do Egito antigo, o que nos leva a crer que raças africanas também entraram na composição do leão da Rodésia. 

Muito versátil, o rhodesian ridgeback atualmente é usado na caça de presas de diferentes tamanhos, na tração de cargas, na guarda de patrimônio, na guia de pessoas portadoras de deficiência e até mesmo em operações policiais. 

O “ridgeback” do nome é devido a uma crista dorsal que acompanha a coluna vertebral, em toda a linha superior do leão da Rodésia – e esta características que está retratada em murais egípcios datados de seis mil anos. Os cães europeus usados no acasalamento contribuíram para aumentar o porte, tornar o fato mais apurado e conferir maior velocidade nas corridas – estas características já estavam bem fixadas na Inglaterra e na França, por exemplo. 

Um rhodesian ridgeback atinge 70 cm de altura e 40 kg. É um cão bem balanceado, forte, musculoso, ágil e muito ativo, bastante firme, resistente e elegante. Ele é reservado em relação a pessoas estranhas, mas não costuma demonstrar agressividade nem timidez. 

A pelagem do leão da Rodésia é curta, densa, lisa e brilhante. A cor mais comum é o fulvo, do bege ao castanho avermelhado. Pequenas manchas brancas no peito e nos dedos são permitidas, de acordo com o padrão oficial. O focinho e as orelhas podem ser pretos. 

15. Fila brasileiro 

Para encerrar a lista, um cão forte e poderoso nativo do Brasil: o fila brasileiro, também chamado de onceiro, boca-negra, cabeçudo, boiadeiro das minas e, nos círculos internacionais, brazilian mastiff, é a segunda raça brasileira reconhecida oficialmente pela FCI (a primeira é o terrier brasileiro, também conhecido como fox paulistinha). 

As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo 
fila brasileiro

Houve um reconhecimento da raça em bases provisórias, nos anos 1960 (décadas antes da publicação do perfil do terrier brasileiro), mas houve demora no reconhecimento oficial. Atualmente, diversas associações cinológicas já relacionam o fila brasileiro oficialmente, o último padrão oficial foi publicado pela FCI em 2016 e inclui a raça no grupo 2, dos pinschers, schnauzers, molossoides e do tipo mastiff. 

Os machos da raça atingem 75 cm de altura e chegam a pesar 50 kg. As fêmeas são menores e o dimorfismo sexual é evidente.  a pelagem do fila brasileiro é fina, curta e áspera ao toque, podendo ter tons de fulvo ou preto. Estes cães podem ser tigrados ou ter a pelagem sólida. 

O “fila” do nome é devido a um uso pouco conhecido do verbo filar: agarrar, segurar, prender. O nome designa um cão de agarre, que morde e não solta mais. Efetivamente, o fila brasileiro se destacou na caça a animais grandes, como onças-pardas, onças-pintadas e, mais tarde, javalis. 

Alguns cães da raça foram usados, no período colonial, para capturar indígenas e africanos escravizados que fugiam das fazendas e engenhos, mas isto fala mais a respeito dos criadores do que aos filas. 

O fila brasileiro é conhecido pela sua aversão a estranhos, que não podem se aproximar mesmo na presença dos tutores. A raça brasileira é a única que, em competições e exposições internacionais oficiais, “dispensa” o contato físico com os árbitros. 

Por outro lado, a fidelidade do fila brasileiro aos membros da família é praticamente infinita. Em casa, é muito comum vê-lo procurar os tutores em busca de atenção e carinho. É um gigante carente, tolerante inclusive em relação a crianças pequenas. 

Você também vai gostar...

2 comentários em “As raças de cães mais fortes e poderosas do mundo ”

  1. Aí da acho o cão e do Heitor sei dono cria,já tive fila ele era sociável sem problemas com estranhos. Hoje tenho Rotiwalier e sempre criei ele pra está no meio de pessoas.

    Responder

Deixe um comentário