Quanto custa adotar um cachorro?

É preciso planejar. Confira quanto custa adotar um cachorro e quais são as principais despesas.

Quanto custa adotar um cachorro? Entre os motivos mais frequentes de adoção e devolução de cachorros, figura a incapacidade financeira dos tutores. Os peludos são divertidos, leais e muito companheiros, mas também ampliam as despesas domésticas. Adotar um cachorro pode ficar caro, acima das condições dos candidatos.

Ter um cachorro é tudo de bom. Quem já conviveu com um peludo sabe que eles podem ser citados como exemplos de amor incondicional. A contrapartida é que eles geram muitas despesas e, na maioria dos casos, nenhuma receita. Antes da decisão pela adoção, é importante pesquisar os principais custos.

Os cachorros são verdadeiramente apaixonantes, mas exigem cuidados com a saúde, alimentação, adestramento e lazer: é preciso adquirir guias e coleiras, alguns brinquedos, roupas e outros acessórios. Os vínculos com os tutores se estreitam a cada dia e, por isso, muitos acabam se endividando por falta de planejamento.

Quanto custa adotar o cachorro?

“Um amor e uma cabana” pode ser tema recorrente de canções e poesias, mas dificilmente é capaz de resistir às necessidades da vida real. Adotar um cachorro não implica apenas o investimento inicial: é preciso pensar no longo prazo.

Quanto custa adotar um cachorro?

1) A aquisição

Quem compra um cachorro, especialmente de raça pura, precisa estar preparado para desembolsar entre R$ 2.000 e R$ 10.000, dependendo da raça. Isto sem contar as despesas com o registro do animal. Se for um filhote importado ou descendente de campeões, as despesas são ainda maiores.

2) A adoção

Mas, no Brasil, a maioria dos tutores adota filhotes nascidos na vizinhança ou cachorros de todas as idades encontrados em abrigos públicos e privados. Mesmo assim, pode ser necessário desembolsar algum dinheiro, pelo menos para cobrir as despesas iniciais (primeiras doses de vacina, consultas e exames médicos, alimentação, etc.).

A maioria das ONGs de defesa de consumidor que mantêm animais disponíveis para adoção, assim como órgãos públicos ligados às prefeituras, não cobra nenhuma taxa de adoção, mas os tutores precisam se responsabilizar pelas despesas com a vacinação inicial. Em muitos casos, é proposta uma taxa simbólica, que varia de R$ 100 a R$ 500.

3) A castração

Os abrigos também podem cobrar pela esterilização dos cães – em muitas localidades brasileiras, animais abandonados só podem ser disponibilizados para adoção depois de serem castrados. Os valores ficam entre R$ 50 e R$ 200.

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Caso a escolha tenha sido por um animal encontrado na rua, é fundamental que ele seja castrado o quanto antes – se for filhote, antes de atingir a maturidade sexual; para as fêmeas, pode ser aconselhado que o procedimento ocorra entre o primeiro e o segundo cio (o período de fertilidade).

A esterilização dos machos fica entre R$ 80 e R$ 200; das fêmeas, de R$ 100 a R$ 250. Em alguns casos, os cães precisam receber alguns medicamentos no período pós-operatório: mais um desembolso entre R$ 50 e R$ 100.

4) As despesas médicas

A primeira providência dos novos tutores é providenciar a vacinação. Os cães adotados em abrigos em geral já receberam pelo menos a primeira dose da vacina antirrábica, mas deve-se ficar atento aos prazos para os reforços.

É importante aplicar a vacina polivalente (V8 ou V10), que protege de uma série de infecções virais que podem ser fatais: leptospirose, cinomose, parvovirose, parainfluenza canina, tosse dos canis, etc.

As doses da polivalente sai por R$ 50 aproximadamente (os cachorros precisam tomar duas ou três, de acordo com o porte). Algumas clínicas veterinárias oferecem pacotes com todas as vacinas necessárias (que devem ser atualizadas anualmente) e, nesses casos, os preços são reduzidos.

As consultas com o veterinário custam a partir de R$ 40, mas podem atingir valores bem maiores do que isso. Para os cães saudáveis, uma consulta rotineira anual é suficiente (os filhotes podem precisar de visitas mais frequentes).

Os exames laboratoriais e de imagens, assim como outros procedimentos (cirurgias, limpeza dos dentes, atendimentos de emergência, etc.) têm custos elevados, de acordo com as necessidades de cada cachorro.

Diversas clínicas e pet shops, espalhadas por todo o país, oferecem planos de saúde, com mensalidades em torno de R$ 50 a R$ 80. Os tutores precisam estar atentos aos detalhes do plano porque, assim como acontece entre nós, pode haver outros custos embutidos.

Alguns planos de saúde oferecem apenas consultas de rotina. Caso seja necessário, os exames precisam ser pagos à parte. É preciso conferir as cláusulas sobre carências e também sobre reajustes automáticos, de acordo com a faixa etária dos cachorros.

5) As despesas do dia a dia

Um cachorro, ao ser adotado, não tem muitas exigências: alimento, treinamento, higiene, agasalho e aconchego. Apenas este último item não representa desembolso financeiro. Antes de receber o cachorro, pesquisar os preços dos itens cotidianos pode servir para o candidato a tutor avaliar quanto precisará dispor.

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Os tutores devem estar preparados para comprar artigos de higiene, ração e petiscos com certa regularidade. Outros itens são mais duráveis, como comedouros, bebedouros, brinquedos e roupas, mas também precisam ser renovados periodicamente.

As tigelas de alumínio simples podem ser usadas para ração e água, são duráveis, resistentes e, por serem mais pesadas, não deslizam enquanto o cachorro se alimenta. Há produtos a partir de R$ 10. É possível gastar um pouco mais, com itens de aço inox ou até de concreto, suportes (importantes para os cachorros mais altos), etc. Uma tigela de concreto sai por R$ 50.

6) Custos da alimentação de um cachorro adotado

Um pacote de ração de boa qualidade custa, em média, R$ 20 – a despesa total depende do porte do cachorro (os peludos comem o equivalente a cerca de 5% do peso corporal diariamente). Um animal de 10 kg precisa de 500 gramas diárias, enquanto um grandalhão de 30 kg consome 1,5 kg.

Os preços caem nas embalagens maiores – há pacotes de até 20 kg, mas eles são indicados para animais de médio porte para cima. Para os pequenos, retirar pequenas porções acaba comprometendo o estoque, que perde a crocância, o aroma e, se for mal acondicionado, pode embolorar e perder as características nutricionais.

Existem rações mais baratas, mas quase sempre elas não suprem as necessidades nutricionais dos cachorros. Algumas pet shops adquirem pacotes grandes e particionam em embalagens de 1 kg ou 2 kg, mas o estabelecimento precisa ser confiável, já que não é possível saber com certeza a procedência e as condições de armazenamento.

Os cachorros apresentam necessidades nutricionais diferentes em cada etapa da vida e também de acordo com as condições gerais de saúde. Em geral, são mais caras as rações específicas para filhotes, idosos, convalescentes e portadores de doenças crônicas (insuficiência renal, hepática, intolerâncias diversas, etc.).

Eles não são necessários, mas podem conferir um charme extra. É o caso dos hidratantes e perfumes caninos (de R$ 10 a R$ 30), finalizadores para realçar o brilho (de R$ 50 a R$ 70) e outros itens. Os tutores podem optar inclusive por secadores e chapinhas alisantes específicos para os peludos, com preços acima de R$ 200.

7) O gasto com a higiene do cachorro

Os xampus e condicionadores mais vendidos custam de R$ 15 a R$ 30 (embalagens de 300 ml). Há produtos mais sofisticados com preços que ultrapassam os R$ 300. O cachorro também pode precisar de outros itens de higiene, como pós para banho seco e repelentes de insetos.

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Um bloqueador solar fator 30 é fundamental para os cães de pelagem clara, mas pode ser usado em qualquer cachorro, especialmente durante os passeios diários. Os produtos custam em torno de R$ 50 (30 gramas o suficiente para 15 dias de exposição moderada ao sol).

Um limpador de orelhas é outra aquisição fundamental para os cães de orelhas caídas, como o basset hound e o beagle. Uma embalagem de 100 ml custa R$ 15.

8) Gastos com os repelentes

Um repelente de pulgas custa por volta de R$ 100 (tabletes mastigáveis, em embalagens com três itens). Uma coleira com a mesma função custa cerca de R$ 200 e age durante seis a oito meses. É preciso espantar os parasitas que invadem a casa: um repelente de moscas e mosquitos à base de citronela custa R$ 40; para exterminar pulgas do ambiente, há produtos com preços em torno de R$ 50.

Para espantar insetos voadores de forma natural, os tutores podem investir em algumas plantas para afugentar mosquitos e moscas: as mudas de citronela, alecrim, manjericão, alfazema, arruda e boldo-do-chile custam de R$ 10 a R$ 15. Elas não precisam ser renovadas e ajudam a compor o ambiente, mas aumentam o trabalho doméstico com as regas, replantios, etc.

9) O cantinho também tem custos

Neste item, é possível economizar bastante, organizando um cantinho com papelão e roupas de cama da própria família. Quem pretende comprar uma caminha, pode encontrar diversos modelos no mercado, mas precisa se preparar para desembolsar de R$ 80 a R$ 200 ou até mais, dependendo da marca.

O cantinho é importante para todos os cachorros, mesmo os que dormem na cama com os tutores. É uma referência para eles, um refúgio em que eles podem descansar, esconder-se ou apenas uma pausa para pensar na vida (sim, os cachorros também precisam de pausas para reflexão).

Os tutores precisam ter em mente que os cachorros crescem, mas, como o cantinho se torna um fator de segurança, eles sempre voltam para aquele local quando querem ficar sozinhos. O ideal é não gastar muito com camas e cobertas, porque elas precisarão ser renovadas periodicamente.

Para os cães que dormem no quintal, o cantinho se torna obrigatório: é um espaço não apenas para algumas sonecas, mas também para que eles se protejam do frio, da chuva e do vento. Existem modelos de R$ 120 a R$ 300 e o ideal é adquirir uma casa que comporte o animal adulto.

A casinha ou cantinho precisa ser higienizada com frequência. Quase com certeza, este será o local para esconder os pertences e tesouros: o cachorros levarão tudo que encontrarem para o espaço. Os tutores precisam calcular as despesas com a lavagem e eventual renovação das peças.

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