26 raças de cachorros pouco ativos para pessoas sedentárias 

Estas raças de cachorros são tranquilas e pouco ativa. São cães ideais para tutores sedentários.

Dizem que, com o tempo, os cachorros ficam parecidos com os tutores. Na verdade, eles se adaptam aos hábitos e à rotina familiar. Alguns cães pouco ativos são perfeitos para combinar com humanos que não são muito chegados a exercícios físicos nem a grandes emoções. 

É importante lembrar que os cachorros “preguiçosos”, mesmo os mais bonachões e pacatos, que preferem passar o dia entre sonecas e lanchinhos, devem ser estimulados a fazer exercícios, para evitar uma série de problemas de saúde. 

Os tutores sedentários também se beneficiam com as brincadeiras e passeios diários. Conviver com um cachorro implica uma série de responsabilidades, como alimentar, agasalhar, brincar e caminhar, mas estas tarefas podem ser divertidas, reduzem a sensação de isolamento e solidão e contribuem para atenuar os males da falta de exercícios. 

Quem não gosta de se exercitar deve ficar longe de um pitbull ou de um husky siberiano, cães atléticos que parecem estar permanentemente ligados nos 220 volts. Mas mesmo estas raças podem ser bem-vindas, se, entre os objetivos da adoção, estiver incluída uma rotina mais saudável. 

As raças de cachorros preguiçosos

A relação a seguir é de cães pacatos, tranquilos e bonachões. Eles dão match com os tutores sedentários, pouco ativos ou que têm pouco tempo para brincar e dedicar-se aos filhos de quatro patas. Todos eles, no entanto, precisam de atenção e de uma rotina leve de exercícios, para garantir a saúde física e mental, o equilíbrio e o bem-estar geral. 

01. Afghan hound 

Ele é grande, bonito, atraente e esbanja charme. É também voluntarioso, independente e definitivamente não é indicado para quem quer ensinar truques sofisticados para o cachorro: o tutor de um afghan hound deve se dar por satisfeito se ele aprender os comandos básicos

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Afghan hound

O motivo para o afghan hound ser ideal pra tutores preguiçosos é que, há alguns séculos, os ancestrais da raça eram soltos nas montanhas do Afeganistão e da Pérsia e estimulados a procurar a caça. Eles perambulavam sozinhos, por conta própria, e horas mais tarde traziam algumas presas abatidas para a aldeia. 

Estas condições determinaram a autonomia da raça, que permanece intacta até hoje, assim como a generosidade. O afghan hound é um andarilho por natureza, mas pode caminhar sozinho, no quintal, sem exigir a parceria dos tutores nos exercícios físicos. 

Outro motivo para ser indicado para tutores pouco ativos é a pelagem do afghan hound: longa, sedosa e fina, ela parece estar sempre em movimento. Desta forma, em passeios curtos, ele dá a impressão de estar correndo, com as franjas laterais (que atingem o chão) se movendo para frente e para trás. Para os momentos de interação, a escovação diária pode ser o “momento a dois” entre estes cães e os humanos da família. 

02. Basset hound 

Os cães da raça também são andarilhos inveterados. Eles já percorreram centenas de quilômetros pelo interior da França farejando presas ao lado dos tutores. O basset hound, no entanto, precisa de atenção e moderação nos exercícios físicos. 

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H. Armstrong Roberts/ClassicStock/Getty Images

O motivo é que ele tem o corpo alongado, com pernas curtas. Estas características anatômicas podem causar problemas ortopédicos, especialmente na coluna vertebral. Um basset hound também não deve ser estimulado a corridas muito intensas, nem a exercícios de superação de obstáculos (como subir uma ladeira íngreme, por exemplo). 

Depois que atingem a idade adulta, os próprios basset hounds limitam a intensidade das atividades físicas, o que quase sempre é encarado como “preguiça”. Ele realmente prefere os momentos de cafuné e sonecas ao lado do tutor, deitados no sofá. 

03. Beagle 

Ele é um cachorro ativo, sempre em busca de novidades. O beagle é um caçador em matilha, adaptado pelos ingleses para a captura de lebres, texugos e raposas. É uma raça barulhenta, que adora latir, mas consegue entender a diferença entre os momentos de trabalho e de descanso. 

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Beagle

Há muito tempo, o beagle deixou de caçar (a caça à raposa foi proibida até mesmo na Inglaterra, onde este esporte sangrento era tido como privilégio da nobreza; na época da proibição, o próprio rei Charles 3º se posicionou contrário à medida). 

Os cães da raça se acostumaram a viver como acompanhantes dos tutores, inclusive em apartamentos e espaços pequenos. O beagle desenvolve uma série de atividades próprias para ocupar o tempo, mas o ideal é que ele tenha um irmão com quem se divertir e distrair. 

Um beagle sempre se adapta à rotina familiar. Se for introduzido em uma casa grande, com crianças e pessoas de todas as idades, ele estabelecerá relações diferentes com cada membro da família. na companhia de um tutor pouco ativo, ele encontrará meios de preencher o dia a dia, mas estará sempre pronto para brincadeiras, caminhadas e correrias. 

04. Bichon havanês 

Esta raça cubana provavelmente descende de bichons franceses que foram levados ao Caribe no século 16. O bichon havanês é fofo, pequeno e adora a rotina doméstica: alguns tutores chegam a afirmar que ele gosta muito de assistir à TV. 

26 raças de cachorros pouco ativos para pessoas sedentárias 
Bichon havanês

Como todas as raças de pequeno porte, a intensidade dos exercícios físicos indicada para um bichon havanês é de leve a moderada. Ele também não é um cachorro barulhento, preferindo ignorar os estímulos que chegam da rua (ou do corredor). 

Ele requer alguns cuidados diários, como a escovação dos pelos (e também dos dentes, que tendem a ficar encavalados, porque muitos bichons havaneses não perdem a dentição de leite). As brincadeiras, no entanto, podem se restringir a subir e descer do sofá ou escalar alguns degraus. 

Ele é um companheiro perfeito. O bichon havanês precisa ser tosado regularmente, especialmente nos períodos mais quentes, mas adora ficar ao lado dos tutores no sofá ou na cama. É um cachorro obediente e muito apegado, totalmente dedicado à família. 

05. Boston terrier 

Apesar de descender de ferozes cães de briga – os ancestrais foram usados em rinhas para combater ratos –, o boston terrier é um cachorro tranquilo e bonachão. Descendente de antigos buldogues, ele foi levado para o nordeste dos EUA, onde já era adotado como cão de companhia no final do século 18. 

Boston terrier 
Boston terrier

Ele é dono de uma personalidade vivaz e extrovertida com a família – é bastante tímido com pessoas estranhas. Muito amigável e apegado aos tutores, ele teve o porte reduzido durante o século 19, justamente para ser criado dentro de casa. 

Os ancestrais do boston terrier (olde boston bulldogge) eram apelidados de “round heads” (cabeças redondas) e impressionavam pelo corpo atarracado e forte (além da cabeça volumosa): eles atingiam os 20 kg com facilidade, enquanto os cães atuais dificilmente ultrapassam os 10 kg. 

Ele continua sendo robusto, mas o pequeno porte limita as atividades. Outra característica do boston terrier é que ele é muito friorento, preferindo viver em ambientes internos. Gentil e muito amoroso, ele aprende com facilidade. As caminhadas precisam ser curtas, porque este cãozinho não é muito resistente. 

06. Buldogue francês 

No decorrer de milênios, os cachorros foram selecionados de acordo com a utilidade: eles precisavam ser bons na caça, na guarda, no extermínio de pragas, no resgate de presas abatidas, etc. Os animais que fugiam à regra eram eliminados. Muitas raças caninas foram extintas quando deixaram de ser úteis para os humanos. 

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Colin McConnell/Toronto Star via Getty Images

A história do buldogue francês começa assim: os ancestrais eram buldogues ingleses que, nascidos frágeis e sem aptidão para luta, eram desprezados e abandonados, quando não eram abatidos nos primeiros dias de vida. 

Alguns comerciantes franceses, em viagens para as Ilhas Britânicas, no entanto, ficaram interessados nos buldogues minúsculos, que foram levados para o continente, onde fizeram sucesso no século 19 como cães de colo e companhia. 

Consta que o pintor Toulouse-Lautrec (1864-1901) se tornou um fã da raça. Conhecido não apenas pelas obras-primas, mas também pela vida boêmia, o artista circulava pelos cabarés e bordéis parisienses sempre ao lado de um buldogue francês. 

Com orelhas grandes, corpo franzino, gosto pela diversão e pelas brincadeiras, mas poucas aptidões físicas, o buldogue francês se firmou como uma das raças caninas mais populares. Ele é capaz de seguir o tutor o dia inteiro, circulando pela casa, mas fica exausto depois de 15 minutos de caminhada. 

Os cães da raça tendem a ser teimosos e indisciplinados. Por isso, os tutores precisam investir nos comandos de obediência logo que os cachorros são adotados. Bem treinados, eles se tornam animais adoráveis, amigos de todos, inclusive de pessoas estranhas. 

07. Buldogue inglês 

Quem observa um buldogue inglês não consegue imaginar que ele já foi empregado em lutas com outros cães, ursos, lobos e touros (bull, em inglês). Ele já foi muito valente e ainda tende a ser voluntarioso, mas a agressividade simplesmente desapareceu. 

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JOHANNES EISELE/AFP/Getty Images

Um buldogue inglês não gosta de exercícios físicos, tem fôlego curto e quase sempre apresenta deficiências cardiorrespiratórias. Os tutores precisam convencê-los a adotar uma rotina leve de atividades, mas eles preferem as sonecas e carinhos. 

Do passado de lutas, os cães da raça mantiveram apenas a cabeça volumosa e o rosto enrugado, que deixa transparecer certa dominância. Mas eles são tranquilos, bonachões e bons amigos de toda a família e, apesar de serem muito atentos, quase sempre ignoram pessoas estranhas – ou até mesmo gatos que se aventurem no quintal. 

Um buldogue inglês adora cochilar ao lado dos tutores no sofá, onde passaria o dia inteiro se não fosse incentivado a se movimentar um pouco. Os cães da raça são capazes de babar e roncar (fatos também relacionados ao focinho encurtado e à baixa frequência cardíaca). Um dos principais riscos que um buldogue inglês é cair de cabeça no chão, quando o sono pesado chega. 

08. Bull mastiff 

A raça foi obtida a partir de cruzamentos entre buldogues antigos, cocker spaniels, mastifes ingleses e bloodhounds. O objetivo dos criadores era obter um cão de guarda independente e silencioso (o mastife inglês é barulhento), para rechaçar a presença de caçadores nos bosques particulares da Inglaterra do século 19. 

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O bull mastiff é um cão molossoide (de porte gigante), que já foi empregado na guarda, mas atualmente é adotado principalmente para companhia. Ele é forte, inteligente e um excelente guardião, que prefere observar e agir apenas quando necessário. 

Na Inglaterra, no século 19, os invasores de terras não podiam ser mortos, mas identificados, presos e levados às autoridades. O rigor das leis eliminou diversas raças da guarda dos bosques, até que surgiu o bull mastiff, que mantém a capacidade de vigilância, mas nunca reage excessivamente: ele usa apenas a força necessária. 

Os cães da raça parecem ameaçadores, mas, em uma observação mais precisa, percebe-se que eles ficam relaxados mesmo quando estão exercendo funções de guarda e vigilância. Eles preferem afugentar os intrusos apenas pelo porte imenso – e também pela cara de poucos amigos. 

Apesar de ser uma raça tranquila, ela requer adestramento e pulso firme por parte dos tutores, especialmente em casas com crianças e outros pets. O bull mastiff é antes de tudo um bonachão, que adora sonecas, mas não se pode esquecer que ele também é protetor, persistente e obstinado. 

09. Cavalier king charles spaniel 

Este cachorro escocês é antigo: os ancestrais da raça viveram na corte de Charles Stuart, pretendente aos tronos da Irlanda, Inglaterra e Escócia, mas que nunca foi coroado. O “king” ficou apenas no nome da raça. 

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TIMOTHY A. CLARY/AFP/Getty Images

A origem da raça é curiosa: o cavalier king charles spaniel descende dos chamados “cães consoladores”, spaniels de pequeno porte cuja principal função era atrair para a própria pelagem as pulgas que infestavam os seus tutores. Eles também eram empregados para aquecer os pés dos humanos da família. 

Com estas atividades no currículo, o cavalier king charles spaniel se tornou um cachorro amigável, amoroso e muito apegado aos tutores. Ele está sempre por perto, pedindo colo e carinho, mesmo que esteja calor e não haja pulgas para atrair. 

Ele é muito brincalhão, mas prefere atividades de baixa intensidade. Um cavalier king charles spaniel prefere mesmo é ficar ao lado, cochilando e sendo acariciado pela família. Ele é sempre muito atento, mas quase tudo acaba em brincadeiras – até mesmo a chegada de pessoas estranhas. 

O cavalier king charles spaniel é uma das raças mais apegadas aos membros da família. Ele acompanha todos os parentes o tempo todo e não suporta ficar sozinho ou sem atenção. Ele não é o mais indicado para o adestramento, mas, como gosta muito de agradar, pode aprender alguns truques simples. 

10. Chihuahua 

Ele já foi figura central nas cerimônias religiosas de astecas e maias, mas também foi oferecido como sacrifício nesses mesmos rituais e até mesmo usado como ingrediente culinário pelos povos nativos da América. O minúsculo chihuahua é uma das raças mais antigas do continente. 

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De porte diminuto – ele só é maior do que o pequeno cão russo, raça extremamente rara no Ocidente –, o chihuahua tem as atividades físicas naturalmente limitadas. Ele requer poucos exercícios e uma caminhada de 15 minutos é suficiente para fazê-lo gastar toda a energia extra. 

Mesmo assim, os cães da raça são territorialistas e alguns são extremamente possessivos em relação aos tutores, especialmente em famílias constituídas por apenas um humano. Um chihuahua requer treinamento básico desde filhote, para que não se torne destrutivo, ansioso ou muito “mandão”. 

Os cães da raça são atrevidos, corajosos e muito brincalhões, apesar de a disposição para brincadeiras intensas desaparecer em poucos minutos. Os cães de pelagem longa requerem um pouco mais de cuidados por parte dos tutores. A raça é geneticamente propensa a problemas oculares e alguns desenvolvem anomalias no coração, mas o chihuahua é um dos campeões de longevidade no mundo canino. 

Resistente, bem estruturado, corajoso e elegante, ele tem certeza de que é um lobo feroz, mas a estrutura anatômica não permite grandes manifestações de força. Um chihuahua gosta de brincar por alguns instantes, acompanhar os tutores até o portão e escolher um local para observar a paisagem e vigiar a casa. É lá que eles passam a maior parte do tempo. 

11. Chow-chow 

Grande parte dos tutores que escolhe esta raça costuma dizer que o chow-chow é “um cachorro com alma de gato”: ele não gosta de atividades físicas, adora uma soneca e pode tentar se esconder se identificar a presença de estranhos na casa. Definitivamente, ele não é um cão de guarda. Mas há algumas vantagens: ele é muito higiênico e não exala “cheiro de cachorro”. 

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Fotos da China/Getty Images

Na China, sua terra natal, ele já foi empregado como cão de caça, de vigilância, de rinha e de tração, mas os atuais cachorros da raça, que já vivem com humanos há alguns milênios, são mais conhecidos pela língua azul e pela pelagem farta, densa e macia. O chow-chow é um cachorro perfeito para acariciar, mimar e manter sempre por perto. 

Ele é um cão silencioso, independente e reservado, não podendo ser descrito como um animal sociável. O chow-chow é um “cachorro de um tutor só” e costuma deixar bem claro quem é o objeto da sua predileção. 

É preciso adestrar um chow-chow desde filhote, porque ele pode se mostrar dominante e territorialista: não é um cachorro para tutores de primeira viagem. Ele precisa ser incentivado aos exercícios físicos, porque, se depender apenas do chow-chow, ele passa o dia inteiro entre sonecas e cafunés. 

12. Corgi galês 

Nativo do País de Gales, o corgi foi a raça oficial da rainha Elizabeth 2ª (1926-2022), que, quando morreu, mantinha sete cães da raça, criados em um aposento anexo ao seu quarto de dormir. Mas a raça é antiga (há registros do século 10) e já atuou no pastoreio, guarda e extermínio de pragas. 

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Leonard Ortiz/Digital First Media/Orange County Register via Getty Images

São duas variedades: o corgi pembroke (o favorito da rainha) apresenta o focinho e a cauda mais curtos do que o primo cardigan. Em comum, eles têm o peito, abdômen, faces internas das pernas e cauda brancos, enquanto o restante do corpo exibe pelagem em diversos tons de creme, do bege pálido ao dourado. 

Nas duas variedades, a principal característica são as pernas curtas, que não foram desenvolvidas para saltos e longas caminhadas. O corgi galês, na verdade, prefere atividades tranquilas, apesar de ser muito brincalhão e totalmente devotado aos tutores. 

Os cães da raça são protetores, amigáveis, extrovertidos, persistentes, brincalhões e sempre fazem de tudo para agradar os tutores. O programa mais indicado é uma soneca em família, ou um passeio tranquilo até a pracinha. O corgi galês não é atlético, não aceita treinamentos complexos nem atividades muito agitadas. 

13. Dachshund 

É um excelente companheiro para os tutores sedentários. Apesar de precisar de exercícios físicos diários, o dachshund se contenta com alguns minutos diários de brincadeiras e caminhadas. Desenvolvido para caçar marmotas, esquilos e texugos na Alemanha, atualmente ele pode ser considerado “um cachorro de poltrona”. 

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Tobias Hase/aliança de imagens via Getty Images

Os cães da raça também são propensos a problemas ortopédicos. A longa coluna vertebral do “salsicha” pode desenvolver hérnias de disco, bicos de papagaio e outros transtornos, que podem ser evitados com uma rotina de exercícios leves. Um dachshund não deve ser estimulado a atividades intensas, nem a passar o tempo todo sem fazer nada. 

Sendo um caçador de tocaia, o dachshund está sempre à espreita, esperando pacientemente até que as presas decidam dar o ar da graça. É comum ver os cães da raça “admirando a paisagem”, mas eventualmente eles podem capturar um passarinho ou um rato. 

14. Dogue alemão 

Um grandalhão para animar a casa inteira. O dogue alemão é divertido, companheiro, alegre, bem disposto e sempre atento, para garantir o bem-estar e o sossego da família. Mas, talvez em função do grande porte, os cães da raça tenham resolvido que não precisam ser agressivos nem violentos. 

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Certamente, caso um invasor entre no quintal, o dogue alemão irá enfrentá-lo. Ele prefere, no entanto, intimidar os intrusos e apenas em último caso parte para o ataque, sem reações exageradas. Naturalmente, uma única mordida destes cachorros pode causar problemas sérios. 

Em casa, o dogue alemão se mostra totalmente dedicado ao tutor, de quem está sempre próximo. Se for permitido, ele pode se instalar na cama ou no sofá, ao lado da família, nos momentos em que está tudo em ordem. 

É importante, de qualquer forma, manter uma rotina de exercícios de moderada a intensa, ocupando uma ou duas horas diárias na rotina. Tutores muito pouco ativos podem contratar adestradores e passeadores, mas o dogue alemão costuma se divertir sozinho, caminhando no quintal por horas a fio ou caminhando tranquilamente, respeitando o ritmo dos humanos. 

15. Galguinho italiano 

Ele é o menor dos cachorros esgalgados, empregados para corrida e caça rápida. Os machos atingem no máximo 38 cm de altura e são muito leves, pesando em média 5 kg. Mas se engana quem pensa que o galguinho italiano é um animal frágil: os ancestrais da raça convivem com os humanos, há milênios – há ilustrações de cachorros semelhantes em tumbas egípcias datadas de cinco mil anos. 

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É um dos cães mais rápidos do mundo, podendo atingir 75 km/h no sprint. Por outro lado, é também um animal tranquilo e muito reservado. Ele tanto pode caminhar com um atleta olímpico, como acompanhar os passos de alguém com problemas de mobilidade. 

O galguinho italiano não tem problemas em viver em ambientes internos. Ele é um excelente cão de companhia, ao mesmo tempo em que a independência e autonomia lhe permitem passar algumas horas diárias sozinho, enquanto a família está fora de casa. 

Os cães da raça gostam muito de brincadeiras, mas preferem as atividades mais tranquilas. Como regra geral, não há risco de eles desenvolverem sobrepeso ou obesidade se não tiverem treinamento de corrida: o galguinho italiano não é um cachorro guloso e, quando está agitado, corre sozinho de um lado para outro, sempre de forma elegante. 

O galguinho italiano é basicamente um cão de companhia. Ele pode latir para pessoas estranhas, mas apenas para alertar os tutores – o barulho não é uma característica da raça. Dificilmente se mostra agressivo, mas pode ser ciumento, condição que precisa ser trabalhada pelos tutores. 

16. Jack russell terrier 

Ele é dono de uma personalidade marcante, que pode ser traduzida como pura teimosia. Realmente, não é fácil adestrar um jack russell terrier, mas, com paciência e boa vontade, ele é capaz de aprender o básico e até mesmo alguns truques mais simples, especialmente quando é educado pelo tutor, a quem é especialmente devotado. 

26 raças de cachorros pouco ativos para pessoas sedentárias 
Jack russell terrier 

Não se pode dizer que os cães da raça sejam desobedientes: eles apenas querem fazer as coisas de um jeito próprio. É preciso ensiná-los o que é aceitável ou não. De qualquer forma, são cães rústicos e muito resistentes, capazes de se distrair sozinhos – eles não passam muito tempo atrás dos tutores. 

A raça foi desenvolvida na metade do século 19, na Inglaterra, por um sacerdote anglicano que desejava obter um animal imbatível na caça à raposa. O resultado foi uma raça forte, corajosa, inteligente e compacta. 

O jack russell terrier, no entanto, prefere se dedicar a atividades mais amenas. Ele gosta de brincar e acompanha os tutores em passeios curtos, mas, se puder, passa o dia inteiro em casa. Ele é realmente capaz de encontrar brinquedos para se distrair sozinho, apesar de não dispensar a presença da família. 

17. Lhasa apso 

Ele já foi guardião de palácios e templos no Tibete, onde a raça foi desenvolvida (Lhasa é a capital do país ocupado pela China). Naturalmente, em função do porte pequeno, a atividade de vigilância era exercida em matilhas grandes. Eles mantinham os intrusos à distância e, de acordo com os monges budistas, eram capazes de identificar a proximidade de avalanches. 

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Tudo isso ocorreu no início do século 16. Considerados sagrados, os cães da raça nunca eram comercializados: apenas dados como presentes, em um sinal de extremo respeito. Fora da China, os primeiros exemplares de lhasa apso foram identificados no Japão e, a partir do século 19, na Inglaterra, onde fizeram grande sucesso. 

Atualmente, eles são adotados como cães de companhia, mas continuam exibindo as características de vigilância e guarda. Um lhasa apso dificilmente será visto atacando uma pessoa estranha, mas é capaz de fazer muito barulho, para alertar a família, caso perceba alguma coisa errada no ambiente. 

O lhasa apso é um excelente companheiro. Forte e saudável, ele dispensa maiores cuidados. A exceção fica por conta da pelagem, que precisa ser escovada diariamente e tosada com regularidade. 

Estes cães são muito amigáveis, inteligentes, vívidos e sensíveis. Eles podem aprender diversos truques e comandos. São igualmente muito apegados à família. O pequeno porte, no entanto, reduz a capacidade para brincadeiras e correrias. Um lhasa apso típico não caminha mais de 20 minutos sem demonstrar cansaço. Ele não chega a ficar ofegante, mas pode pedir colo para voltar para casa. 

O temperamento independente permite que o lhasa apso estabeleça uma rotina própria. Ele inventa brincadeiras e se diverte sozinho, mas gosta muito da interação com os humanos da família. Ele pode se mostrar um pouco teimoso e disperso, mas a boa educação depende principalmente da paciência e boa vontade dos tutores. 

18. Lulu da Pomerânia 

Ele é pequeno – e quem já deu banho em um lulu da Pomerânia sabe que ele é minúsculo. Mas não é um cachorro frágil. O spitz alemão miniatura ou zwergspitz (nome oficial da raça) está classificado entre os cães primitivos, os cães com características mais próximas aos lobos. 

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Portanto, ninguém deve ignorar as incríveis habilidades de guarda e vigilância da raça. Ele pode ser incapaz de neutralizar um atacante, mas faz barulho suficiente para alertar toda a família (e também a vizinhança), caso alguma coisa esteja fora da ordem. 

O lulu da Pomerânia é sociável, brincalhão e muito animado, mas tudo deve ser limitado ao porte físico. Ele adora a presença dos tutores, especialmente se estiver no colo, tirando uma soneca. Os cachorros da raça são extrovertidos, brincalhões e, com tanto charme para dar e vender, quase sempre conseguem tudo o que querem. 

19. Maltês 

É mais uma raça muito antiga, levada pelos marinheiros fenícios para a Ilha de Malta, no mar Mediterrâneo, onde os cães ancestrais desenvolveram uma raça isolada. O maltês, com o seu cavanhaque típico, é provavelmente o ancestral de todos os bichons, ou barbichons, na grafia original. 

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A raça se tornou popular depois que um exemplar foi adotado pela rainha escocesa Maria Stuart (1542-1587): o maltês se tornou o queridinho das cortes europeias. No Brasil, contudo, ele tem sido visto com mais frequência somente a partir do ano 2000. 

Pequeno, leve e totalmente branco (mas com a pele pigmentada), o maltês parece estar sempre pedindo carinho e colo, mas os cães da raça podem se revelar independentes e cheios de iniciativa. Eles dão trabalho para a manutenção da boa aparência, mas costumam ser saudáveis: criar um cãozinho como estes é mais divertido do que trabalhoso. 

O maltês vive em exercício constante, mas, em função do pequeno porte, toda esta agitação nem sempre é notada. Ele gosta de atividades com os tutores e outros pets, mas sempre encontra meios para se divertir sozinho. Adora colo, mas também tem os seus momentos de isolamento e solidão. 

Apesar da pelagem longa, a raça é considerada hipoalergênica, porque o maltês não apresenta propensão a soltar pelos pela casa. Ele é muito apegado aos tutores – um verdadeiro chicletinho, sempre colado aos calcanhares, mas não pode ser descrito como “pegajoso”, justamente por também gostar de ficar quieto em um canto de vez em quando. 

20. Pinscher miniatura 

Muita gente considera que o pinscher miniatura é metade tremedeira, metade ódio. Efetivamente, ele costuma apresentar tremores (é uma forma eficaz para aquecer o corpo) e não é muito sociável, especialmente com estranhos. 

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Glenn Asakawa/The Denver Post via Getty Images

Com os tutores (ele prefere ser filho único), o pinscher miniatura mostra uma personalidade totalmente diferente. Ele é brincalhão, carinhoso, divertido e está sempre em busca de colo e carinho. Voluntarioso e um pouco dominante, este cãozinho exige treinamento desde que é adotado, para não se tornar teimoso. 

O pinscher miniatura é um cachorro de pelo curto, que quase não dá trabalho para a manutenção da boa aparência. Minúsculo (ele é apenas um pouco maior do que o chihuahua), também pode ser mantido em apartamentos e casas pequenas: alguns minutos de exercícios e uma curta caminhada diária são suficientes para manter a boa saúde e o equilíbrio emocional. 

É muito importante socializar o pinscher miniatura desde filhote. Ele não precisa de muitos exercícios físicos, mas os passeios são excelentes oportunidades para que se acostume com outras pessoas e pets. Os cachorros que crescem isolados podem se tornar mal educados e até mesmo agressivos. 

21. Pug 

Ele é o próprio exemplo da fragilidade. O pug não pode ser descrito como um cachorro resistente e saudável, mas, com a rotina adequada – poucos exercícios, um ambiente adequado para o porte pequeno, sem muitas rampas, escadas e pisos escorregadios e controle na dieta alimentar, pode ser um excelente companheiro por décadas. 

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Nativo da China, ele foi levado para a Inglaterra no século 19, a partir de onde ganhou o mundo. Dos cães braquicefálicos (de cara achatada), o pug é o que apresenta o focinho menos proeminente, o que pode significar alguns problemas de saúde, como insuficiência respiratória e cardíaca. Os transtornos oculares também são relativamente frequentes. 

O pug é um cachorro para ser criado em ambientes internos, sem grandes aventuras. Naturalmente, ele não se presta a adestramentos complexos, nem a exercícios físicos intensos. Uma caminhada curta e alguns minutos com bolinhas e bastões são suficientes para manter a boa forma. Mas o que ele gosta mesmo é de ficar no colo, ou dormindo na cama do tutor. 

22. São Bernardo 

Mais um grandão para a lista. O São Bernardo é um molossoide corpulento e muito pesado – os cães da raça ultrapassam os 90 kg. Ele precisa de uma rotina de exercícios para manter a forma física, mas não gosta de atividades intensas. 

26 raças de cachorros pouco ativos para pessoas sedentárias 
O são bernardo precisa de muito espaço e liberdade para se movimentar.

A raça foi criada para localizar e resgatar vítimas perdidas em trilhas nas montanhas, ou isoladas por nevascas e deslizamentos: a imagem de um São Bernardo portando um barrilzinho de brandy na coleira é um clássico canino. 

Ele não deve ser criado em ambientes pequenos e raramente pode ser admitido na sala de estar ou no quarto, por causa do tamanho descomunal. Um São Bernardo precisa de um quintal amplo para brincar e explorar, apesar de ser naturalmente vagaroso. 

Apesar do tamanho, o São Bernardo é um cachorro tranquilo e dócil: não é incomum encontrar exemplares tímidos. Ele não costuma dar atenção a pessoas estranhas à família – a menos que estejam em perigo –, mas é muito companheiro dos tutores. Inteligente e camarada, é o companheiro perfeito para quem tem espaço para acomodá-lo. 

23. Shar-pei 

Ao lado do chow-chow, ele é famoso pela língua azul. Mas o shar-pei também atrai as atenções em função das muitas pregas de pele que marcam o rosto e se espalham pelo pescoço e o dorso. Ele é suficientemente silencioso para ser um cão de guarda e também é um excelente rastreador. 

Shar-pei
Shar-pei

Muito zeloso com toda a família, característica herdada dos tempos em que atuou no pastoreio, o shar-pei é um bom parceiro para atividades físicas leves a moderadas, mas não tolera exercícios muito intensos e prolongados. 

Na China, onde a raça foi desenvolvida, acreditava-se que a carranca de mal-humorado e a boca pigmentada de preto seriam capazes de afugentar maus espíritos. Por isso, ele deixou os campos de bois e ovelhas para guardar as residências. 

O pelo é curto e quase não dá trabalho, mas as dobras de pele exigem fiscalização, para evitar o acúmulo de umidade e sujeira. Um pouco independente, o shar-pei costuma ser especialmente devotado a um único membro da família e não gosta de dividir espaço com outros pets. 

24. Shih tzu 

No Oriente, ele é o símbolo do amor impossível, fruto do cruzamento de dois povos inimigos. Apaixonados, um príncipe mongol (povo predominante no Tibete) e uma princesa chinesa resolveram cruzar lhasa apsos (símbolos do Tibete) e pequineses (nativos da China), para inspirar a união dos dois povos. 

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Assim nasceu o shih tzu, um cachorro tranquilo, muito companheiro, sem ser um guardião, como o lhasa apso, nem um caçador, como o pequinês. Ele é basicamente um cachorro de companhia e adora partilhar uma rotina tranquila e pacata com os tutores. 

Pequeno e um pouco carente, o shih tzu não é um animal frágil e quase sempre goza de boa saúde. Ele precisa ter os pelos escovados diariamente e ser submetido a tosas frequentes; além disso, é preciso estabelecer uma rotina adequada de exercícios, que pode ser feita em apenas uma hora diária. 

O nome significa “pequeno leão”, mas o shih tzu pode ser tudo, menos um animal feroz. É preciso ocupá-lo (por exemplo, oferecendo brinquedos inteligentes), para que ele não se torne ansioso ou deprimido. A convivência é tranquila e prazerosa, mesmo para os tutores mais sedentários e preguiçosos. 

25. Terra nova 

A raça descende de cães nativos da América do Norte, provavelmente mestiçados com cachorros vikings, levados para o leste do Canadá (a “nova terra descoberta”, ou Newfoundland) a partir do século 10, quando os nórdicos tentaram estabelecer algumas colônias. 

26 raças de cachorros pouco ativos para pessoas sedentárias 
Terra nova

Resistente, forte, rústico e dedicado ao trabalho, o terra nova precisa de exercícios físicos e, naturalmente, de um tempinho com os tutores, para manter o equilíbrio emocional e a boa forma. Os cães da raça são muito curiosos e, por isso, sempre criam brincadeiras novas – e muitas vezes se divertem sozinhos. 

A raça foi levada para a Inglaterra, onde surgiram cruzamentos com outros cães, que reduziram a aparência primitiva (e selvagem) do terra nova. Ele se tornou mais elegante, mas manteve as características básicas. Estes cães gostam muito de esportes aquáticos e os tutores podem entretê-los com mergulhos, brincadeiras com borrifadores e mangueiras. 

Trata-se de um cachorro de grande porte, que demanda adestramento e socialização desde o momento da adoção. Em geral, o terra nova pode ser descrito como “boa praça”, gentil com crianças e, apesar de desconfiado com estranhos, não exibe agressividade. É um excelente companheiro para longas caminhadas, sem pressa de chegar. 

26. Yorkshire terrier 

Este pequeno guerreiro foi desenvolvido para exterminar os roedores que infestavam as galerias das minas de carvão em Yorkshire, que passaram a ser exploradas com mais afinco a partir da Revolução Industrial. O yorkie é um cão de trabalho – e a melhor maneira de manter a boa convivência é manter sempre isto em mente. 

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Danny Lawson/PA Images via Getty Images

Adotado como cão de companhia atualmente, o yorkshire terrier não gosta muito de colo, apesar de recorrer aos braços dos tutores quando se sente cansado (fato que, pelo porte do animal, pode ocorrer depois de uma caminhada pelo quarteirão). 

Ele prefere manter o espírito independente, apesar de ser muito afeiçoado à família. Um yorkie está sempre propondo brincadeiras e correrias pela casa, mas as atividades têm duração bastante curta. Na maior parte do tempo, ele prefere sonecas com o tutor por perto. Estes cães também são excelentes observadores e podem passar bons momentos vigiando a partir de uma janela, por exemplo. 

Os cuidados básicos envolvem a escovação dos pelos longos e finos, momento em que a pele deve ser inspecionada, porque o yorkshire terrier apresenta tendência a alergias e dermatites. Ele pode usar roupas e ser enfeitado com adornos, mas é preciso cuidado para não sobrecarregar o animal com muito peso ou com objetos que dificultem a locomoção. 

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